Capítulo trinta e seis

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De imediato, ligo para o meu pai. Antes que eu pudesse dizer "oi", vejo a mensagem em cima dizendo:

Eu sei que está ligando para o papai mas saiba que eu estou aqui e você não. Não estou para brincadeira, Melanie. Você vai vir me encontrar e eu vou embora.

— ..querida?! Está ai?!

A voz do meu pai me faz ter um nó na garganta. Uma vontade absurda de chorar.

— Estou sim, pai. Queria saber como estão?

— Estamos bem, querida. Como você está?

— Bem. Agora muito bem.

— Quando vem? Eu e sua mãe estamos com muitas saudades de você. — fecho meus olhos.

— Eu vou logo, eu prometo.

— Sua mãe me disse que você passou em Londres. Estou tão orgulhoso de você, minha menina.

— Pai, podemos falar sobre esse assunto depois?! Eu ainda não disse nada a Derek e quero falar com calma. Liguei apenas para saber como estão e para terem muito cuidado.

— Não se preocupe, filha. Nós estamos muito bem. Aconteceu alguma coisa?! Sua voz está tão trêmula.

— Não! É só preocupação de filha.

— Então não se preocupe.

— Tudo bem. Pai, vou ter que desligar. Depois ligo novamente.

— Tudo bem. Eu te amo, minha menina. Muito cuidado ai.

— Eu também te amo. — desligo.

Vai  embora da minha casa agora! Eu vou até você.

Não vou deixar que minha família pague com os meus erros.

As pessoas olham em minha direção. Isso me incomoda mas tenho preocupações maiores.

— Nic, eu vou agora. Vai com Enzo, ok?!

— Você está me assustando. Está se tremendo, aconteceu alguma coisa?!

— Não! — forço um sorriso. — Eu preciso fazer algumas coisas e estou com pressa.

— Eu vou com você!

— Não, fique!

Olho em direção a Derek que estava me olhando. Queria ir lá e beijá-lo para me despedir mas não posso fazer isso agora. Apenas forço um sorriso e passo pela enorme porta como um tiro.

— Melanie..!

Escutar meu nome saindo de sua boca, demonstra sua inquietação.

Eu estou extremamente preocupada com os meus pais, qualquer coisa pode acontecer enquanto ainda estou aqui.

— Oi?

Cada passo próximo a mim, sinto uma vontade louca de me jogar em seus braços e dizer o que está acontecendo. Quero que alguém que me diga o que fazer mas..eu não posso dizer.

— Onde está indo? — tenta manter a postura.

— Embora.

— Ótimo! Eu também.

— Derek, não precisa. Eu sei que você tem coisas a fazer e sinto muito por ter vin..— interrompe-me.

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