Capítulo dezesete

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A noite não foi bem como queríamos. Escutar da boca de Derek que ele está querendo ser o chefão não é algo para aceitar numa boa. Pelo modo que diz exalando uma felicidade pelo olhar, ele está amando em pensar ter o poder.

Não estamos falando de ser o chefe de uma empresa, estamos falando de tráfico. Eu disse que nunca aceitaria isso, não poderia. Vendo pela a vida que Smith tem, mesmo com muito dinheiro, ele é um prisioneiro. O que mais me chama a atenção é o meu pai ter concordado com isso. Eu os conheço e imagino que tem mais alguma coisa atrás disso.

Como já disse outras vezes, eu quero uma vida tranquila, quero uma vida tranquila. Quero aproveitar nossa vida sem correr da polícia, não quero que ele fique no trono.

Depois que me contou sobre o que está fazendo, vejo seus ombros mais calmos. Está de bom humor. Eu não aceito e não vou mudar de ideia.

— Ah, essa vaga já era minha e agora tudo aqui é meu. — diz com um sorriso nos lábios em frente o bar da Jane.

— O que?! Você tirou a Jane como dona? — franzo a testa.

— Não. — sorri. — Somos sócios.

— Como sócios? Você não sabe fazer nada, Derek.

— Obrigado pelo voto de confiança. — sorri. — No meio disso tudo, ela vai ficar protegida.

— No meio disso tudo. — sorrio friamente. — Já sabe o que eu penso.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, desço do carro.

Dizendo Derek, os rapazes estariam aqui e ele me disse que não quer esconder nada sobre mim nesse assunto. Pela primeira vez me neguei a vir mas com tanta insistência vim do meu jeito. Falei que não iria demonstrar simpatia em algo que não concordo.

O que mais me irrita é esse sorrisinho nos lábios. Tenta segurar minha mão mas não aceito.

— Qual é?! Você não pode segurar a minha mão?

— Agora não.

— Loirinha, isso é importante para mim. Quero que tudo que eu sofri nas mãos de Smith tenha valido a pena.

— Agora quer se vingar?

— Não é uma vingança, Melanie. Se fosse só eu que quisesse isso, poderia pensar mais sobre o assunto mas tem tanta gente que quer o mesmo que eu. Pela primeira vez, vejo tantas pessoas me querendo no poder. Eu era um lobo solitário no meio de tanta sujeira, sofria calado, engolia todo o choro que estava preso na garganta e agora eu quero o poder.

— Eu entendo mas não é fácil digerir, Derek.

— Eu queria que a minha namorada também torcesse por mim. Não vou insistir e nem forçar, quero que faça por livre e espontânea vontade. E não se esqueça que quando me conheceu eu não estava de terno e gravata indo para meu brilhante emprego, eu estava no meio disso.

Nos olhamos e não dizemos mais nada. Suspira e vai em direção ao bar.

Eu estou errada em não aceitar?!

Não, não estou.

Não mentiu sobre onde nos conhecemos, uma parte de mim acreditava que poderia mudar. Acreditei que poderíamos ser um casal tranquilo sem tudo isso.

— Droga! — murmuro.

Não aceito mas quero estar ao seu lado mesmo assim. Não sabemos o dia de amanhã e talvez ele possa esquecer toda essa doideira.

Assim que entro no estabelecimento, olho em direção a mesa que eles ficam e estou certa. O que faz meu coração palpitar mais forte é ver Briana tocando no braço do meu namorado. Ele se afasta mas ela se aproxima.

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