Capítulo vinte e dois

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Estávamos no estacionamento encostados na parede. Mason estava tão chateado, sofrendo por dentro. Sua mãe estava nas últimas e mesmo assim não dava nem um pouco do amor que ele merecia. Novamente preferia um homem ao em vez do próprio filho.

— O que o médico disse?

— Ela tem pouco tempo.

Procuro palavras para poder acolhê-lo mas não acho nenhuma. Não sei o que dizer e nem o que fazer.

— Apenas você mesma para fazer com que Blake deixe Los Angeles para voltar. — sorrio.

— Na verdade, foi ele que propôs. — me olha surpreso. — Antes mesmo de dizer, ele voltou. Mason, ele se importa com você e logo vai estar aqui.

— Uau! Derek Blake está mesmo mudado. — sorri de lado.

— Para de ser durão, eu sei que gostou de saber. — empurrou de leve seu braço.

— Você nos mudou, gatinha.

Agora sou eu quem está um pouco envergonhada. O olhar de Mason sobre mim é tão forte.

— Eu não mudei ninguém, vocês que quiseram ser uma versão diferente. — sorrio.

— Como você está em relação a Tyler Brown? — suspiro.

— Bem.

Não queria que meus problemas agora o deixasse ainda pior.

— Fala comigo, gatinha. Vamos desabar juntos. — sorri.

— É tão estranho falar sobre ele e dizer que é o meu pai. No momento, eu não quero ter nenhum contato. Se ele me dissesse no dia em que procurei por ele, seria diferente. Sairia com ele e o escutava mas agora ele quer até me dizer o que devo ou não fazer.

— E vai preferir agora fingir que ele não exista?

— Sim! Foi a minha vida toda assim.

— Eu estive com tanta raiva da minha mãe esses anos e quando ela me procurou pedindo ajuda, pensei que ela tinha mudado e queria que antes de morrer ter resolvido as coisas com ela. Não foi o que aconteceu, isso me deixa ainda pior. E o que eu quero é ir logo viajar e esquecer tudo isso. No seu caso, gatinha, seu pai mesmo errando ele quer resolver isso e dizer o que deve ou não fazer é achando que você é a criança que ele abandonou. Mas agora você é uma mulher incrível, forte, corajosa e a parte que eu mais gosto é o seu coração gigante. Dê uma oportunidade para ele.

— Sua mãe não merece você, Mason. Eu achava que pelo menos na morte as pessoas se arrependeria das coisas que já fizeram mas tenho pena dela por não ter você.

— Foi a vida toda assim. Eu apenas queria que isso não me machucasse mais.

No momento em que olha para o céu que agora está escuro, vejo sua dor e o que faço é abraçá-lo. Leva um leve susto mas me prende em seus braços.

Parece que nós dois estávamos precisando disso.

Como pode alguém, uma mãe. Estar nas últimas e mesmo assim em nenhum momento se arrepender sobre tudo que já fez com o filho. Suas únicas palavras é perguntar sobre o paradeiro de alguém que não está nem ai para ela.

— Mason, qual é o nome da sua mãe? — sorri de lado.

— Andrea. — sorri. — Me lembrei que não comprei nada para você comer. Vamos na área de alimentação e eu pago algo.

— Eu até negaria mas estou faminta. — sorrio.

O hospital é mesmo de outro nível. Além de enorme, muito organizado e limpo, tem uma "praça" de alimentação exemplar.
Eu queria mesmo comida mas não vai ter. Pedi uma salada, frango, e um suco. E para acompanhar minhas lombrigas, pedi um pudim.

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