Depois de você..

Capítulo trinta e quatro

Tento pensar rápido em todas as possibilidades de como descobriu mas nada vem na mente.

— Diz!

— Como sabe disso?

— Porra! Você escondeu isso só de mim ou só eu não sabia que os dois vão se casar para morar em Londres?!

— Mason, fala baixo por favor. Eu imploro.

— Por que?

— Derek não sabe. — levanta uma sobrancelha.

— Como não?

— Eu não tive coragem de dizer que ganhei a bolsa para Londres. Eu ia dizer mas me pediu em casamento e foi uma loucura atrás da outra e até agora não consigo dizer olhando nos olhos dele.

— Se não consegue dizer é porquê vai.

— Não! Quer dizer, não sei. Eu quero ir e também quero ficar. Eu não quero ficar sem o que tenho agora e eu sei que não vou ter tudo o que quero.

— E quando iria me dizer? Pensei que éramos próximos o suficiente.

— Mason, eu ia dizer mas não consegui pelo mesmo motivo. Eu também não quero perder você.

— Então não vai! Fique!

Eu também quero ficar.

Agora o que fica querendo martelar na minha cabeça é como soube já que fiquei quieta e tenho certeza que Charlie não diria. E se for o suposto Andrew que está querendo me tirar do sério.

— Como soube?

— Isso agora não importa, eu quero que você resolva logo. Se decida se vai ou não, Melanie. Eu não quero me despedir.

— Eu não vou, Mason. Eu vou e quero ficar. Agora eu quero saber como soube!

— Recebi uma mensagem de um número com a sua aprovação e uma passagem.

— Passagem?

— Sim.

— Eu quero ver.

Sem entender, me mostra os PDF em seu celular.

Não estava de brincadeira mas por que Mason e não Derek?!

Isso não me importa mais, eu vou ficar ao lado das pessoas que eu amo.

— Por que está olhando assim?! — me observa. — Quem me mandou isso, Melanie?

— Eu..eu não sei.

— Por que saiu ontem sem dizer nada a ninguém? — guarda o celular.

Não gosto de me sentir acurralada, não sei o que dizer ou fazer.

— Eu quis respirar um pouco!

— Tem certeza ou também recebeu algo ameaçador?!

— Mason..— sorrio. — Eu tenho certeza.

— Parecia saber bem quem me mandou a mensagem.

— Eu não sei e não teria como saber. — segura-me pelos ombros.

— Olhe nos meus olhos e diga que não tem nada de errado acontecendo.

— Mason, não tem nada de errado. — me solto. — Vocês são neuróticos.

— Desde quando aprendeu a mentir olhando nos olhos?

— O que quer que eu diga?! Quer que diga que tem algo de errado, então tem! — minha voz sai mais alta. — Quer que eu diga que tento tirar minha cabeça de alguns problemas mas a dor vinda do meu peito diz que não é possível. — me sento na cama.