A única coisa que Ella buscava era a vingança. Sua vida toda tinha sido traçada justamente para o momento ideal de por seus planos em prática. Sem nada a perder, durante seu último ano em Hogwarts ela finalmente resolve agir. O único empecilho que E...
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Maio de 1979: Ella:
Regulus segurou a porta enquanto eu passava por ele para chegar ao lado de fora do três vassouras, descendo os degraus de madeira que rangeram. Eu o observei passar na minha frente ao descer também e senti meu os ombros relaxarem, sem ter me dado conta, até esse momento, de como estava tensa. Eu noto que Regulus se move com a elegância de um Black, mas balanço a cabeça de leve, tentando afastar esse pensamento. O céu está escuro e aveludado e as estrelas já brilham imponentes. Uma camada de neve cobre o chão, umedecendo meu sapato fechado, e uma brisa gelada paira no ar. Regulus e eu caminhamos lado a lado, o som de nossos passos perdendo-se em meio às vozes vindas em sua maioria de dentro dos pubs e bares da região.
- Sinto muito por não te ter procurado depois que terminamos, nem escrito uma carta, pelo menos. - Regulus diz enquanto caminhamos sem uma direção exata.
- Não tem problema. - Eu digo, embora no início tenha tido sim. Infelizmente sou uma pessoa orgulhosa, e após ter saído daquele jeito da mansão naquela noite não tive coragem de procura-lo para deixarmos tudo mais claro, mas pensei que ele fosse fazer isso.
- Tem, sim. - Ele replica. - Mas eu pensava no assunto, em nós, o tempo todo. - Suas mãos se esfregam uma nas outras, numa tentativa de mantê-las aquecidas. - É só que, todas as vezes que me sentava para escrever não sabia como iria começar.
Quase dou risada e conto-lhe sobre minhas tentativas de escrever e mandar uma carta para si também. Todas as vezes que começava a escrever, eu relia tudo e me parecia errado. Então eu rasgava o papel e prometia a mim mesma que recomeçaria do zero no dia seguinte. Mas sempre acabava deixando para o dia seguinte. É bom saber que não fui só eu quem passei por isso.
- Não tenho mágoas com isso. - Eu comunico.
- Porque já tinha me esquecido? - Regulus supõe de forma errônea.
Tenho vontade de sacudi-los pelos ombros e gritar que a última coisa que conseguiria fazer é esquecê-lo.
- Não. - Eu neguei após a vontade de sacudi-lo passar. - Eu também tentei escrever para você, mas não consegui.
- Você não pode estar falando sério. - Ele sorri com a coincidência.
- Mas estou. - Asseguro até que uma ideia me vem à mente. - Você quer tomar um chá?
- Acho que a dedos de mel está fechado essa hora. - Sua voz soa ligeiramente divertida, o que me faz virar os olhos.
Está estupidamente frio e nós congelaremos se continuarmos andando por aí sem rumo, por isso fiz uma proposta até que ousada. Pena que Regulus é muito tonto e não entendeu a princípio.
- No meu apartamento. - Eu esclareço com um tom de voz irônico.
- Ah sim, claro. - Ele imediatamente aceita, balançando a cabeça em um sinal óbvio de sim, como se sua resposta não fosse o bastante.