Março de 1978:
Ella:Sinto todo o sangue drenar do meu rosto à medida que entro na masmorra, essa que antes nem sabia existir, embora devesse ter imaginado. Voldemort me guiou e me fez entrar numa sala com uma janela enorme. Horrorizada, observo Regulus contido contra uma cadeira dentro do quarto ao lado. Eu sei que ele não pode me ver através do vidro duplo e, ainda assim ele parece estar olhando diretamente para mim. Um movimento no canto da sala atrai minha atenção para longe da pessoa que assombra meus pensamentos dia e noite. O medo faz meu coração disparar quando um comensal mascarado entra na sala onde ele está.
- Olá, Regulus. - O comensal ri. - Eu andei ouvindo que você irritou o Lord. Você sabe o que isso significa, certo? - Ele brinca com sua varinha. - Significa que eu tenho de fazer algo para que você aprenda a não repetir os mesmos erros.
Eu já tinha ouvido falar de comensais serem torturados quando eles não cumprem alguma ordem ou falham numa missão, Regulus provavelmente fez um dos dois presumo enquanto oscilo entre fazer algo incrivelmente estúpido para tentar salvá-lo ou seguir as ordens da minha razão me dizendo para não interferir. Se eu mantiver a cabeça abaixada e a boca fechada ficarei bem, sei disso, entretando, isso significa não fazer nada enquanto o comensal pune Regulus. Sufoco um grito de angústia e luto contra minha vontade de fazer algo quando o comensal lança um crucio nele. É horrível assistir a pessoa por quem estou secretamente obcecada ser torturado, me faz sofrer por ele.
- Sabia que se importava com ele, srta. Sinclair. - A voz de Voldemort interferiu meus pensamentos, me fez lembrar que ele esta ao meu lado, todo esse tempo me observando minuciosamente.
Tudo o que posso fazer é ficar parada, sinto que, se ficar parada posso impedir que seja verdade, posso fingir que está tudo bem, mas o grito de dor que Regulus solta não facilita isso.
- Não sei do que você está falando. - Eu minto.
Os olhos de Voldemort, normalmente enfadonhos, estão intensos e seus lábios finos estão torcidos em um sorriso raro que me deixa apavorada por dentro.
- Eu não deixo nada passar, sempre os vi junto nos jantares aqui. - Seu olhar percorre o comprimento do meu corpo antes de retornar ao meu rosto.
Eu agito minha cabeça.
- Ele é só conhecido, andamos juntos por ele ser primo de Narcisa. - Murmuro, rezando para que ele acredite na mentira, o que não aconteceu.
- Seu conhecido.. - Voldemort especula com ironia. - Não cumpriu uma simples ordem e é isso o que acontece quando um comensal da morte se recusa a matar uma pessoa. - Ele sorri e coloca a mão em meu ombro. - Se for se juntar a nós, srta. Sinclair, terá que se lembrar disso.
Ele parece honestamente chateado, mas eu sei que não posso lê-lo. O problema com um mentiroso realmente excelente é que tem que presumir que ele esta sempre mentindo. E embora eu queira muito fugir do toque dele, me mantenho parada como uma estátua e apenas olho de volta para a janela. Regulus esta tentado proteger a si mesmo contra o comensal da morte e os feitiços que pretendem causar-lhe dano sério enquanto ele está atado por cordas mágicas que o seguram e o mantém preso na cadeira. O sangue já escorre do seu nariz, e ele não parece mais assim tão orientado com o que está acontecendo. O comensal o atinge com um novo feitiço semelhante com um chicote, o fez gruinhir de dor, e eu olho para Voldemort depressa, antes que meus joelhos enfraqueçam.
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Mudando o destino- Regulus Black.
FanficA única coisa que Ella buscava era a vingança. Sua vida toda tinha sido traçada justamente para o momento ideal de por seus planos em prática. Sem nada a perder, durante seu último ano em Hogwarts ela finalmente resolve agir. O único empecilho que E...