A única coisa que Ella buscava era a vingança. Sua vida toda tinha sido traçada justamente para o momento ideal de por seus planos em prática. Sem nada a perder, durante seu último ano em Hogwarts ela finalmente resolve agir. O único empecilho que E...
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Final de abril de 1979: Regulus:
Fiquei perplexo com o rancor na voz de Ella e tentei desesperadamente pensar em alguma forma de contornar a situação, mas ela se foi antes que eu pudesse alcançá-la. A raiva penetrante na voz dela parecia uma faca me perfurando. E agora sozinho sinto a raiva crescer dentro de mim, revirando meu estômago. Não é raiva de Ella, nem de mim mesmo. Dessa vez é dirigida a mulher cuja presença sempre conseguira ditar minha vida. Eu preciso resolver, dar um basta nessa situação. Eu então marcho pelo salão até a sala separada onde minha mãe está sentada na companhia de Narcisa e duas amigas, tomando champanhe. Ela sorri e eu sinto mais raiva ainda. Como ela pode oferecer dinheiro para Ella?
- Reggie, estamos tendo uma conversa de mulher aqui. - Narcisa ri ao me ver entrar, mas não lhe dou ouvidos.
- Agora não, Narcisa.
- O que houve? - Minha mãe questiona com uma preocupação que sei que é por conta dos olhares atentos das duas senhoras ao seu lado, não pelo meu bem-estar.
- Quero falar com você. - Eu mantenho o olhar firme nela.
- Magnólia vai ser avó, Regulus. - Ela da a notícia, bebeticando seu champanhe com muita calma. - Estávamos a parabenizando e você está sendo mal educado.
Ela diz que estou sendo mal educado como se eu fosse um garoto de seis anos me comportando mal. Era assim, não era? Era assim que tinha sido sempre?
- Homens são ansiosos, e depois dizem que nós mulheres que somos. - A tal Magnólia brinca.
- Ele logo se acalma. - Minha mãe ri, fazendo pouco caso da minha explosão.
- Vamos conversar agora. - Eu decreto com ódio desse seu comportamento.
O único sinal de que ela me escutou dessa vez é a fúria flamejante em seus olhos. Ela me olha ultrajada, seus olhos cravados em mim como se não acreditasse na minha petulância.
- Não sei com quem você acha que está falando para decretar coisas dessa maneira, Regulus. - Ela diz.
- Você ofereceu dinheiro para Eleanor me deixar? - Eu vou direto ao ponto, lutando desesperadamente para me controlar.
- Esse não é o momento adeq.. - Narcisa tenta dizer, pálida ao ouvir o que acabei de perguntar para minha mãe.
- Não! - Eu a ímpeço antes que ela pense em dizer que qualquer besteira para tentar me acalmar. - Ela vai responder agora, Narcisa. - Asseguro, olhando para minha mãe em seguida. - Você ofereceu dinheiro para Eleanor?
Minha mãe ainda está sentada e as outras duas mulheres ao seu redor apresentam o temor que eu queria que ela sentisse, mas minha mãe esta completamente controlada, isso apenas aumenta a intensidade da minha raiva.
