A única coisa que Ella buscava era a vingança. Sua vida toda tinha sido traçada justamente para o momento ideal de por seus planos em prática. Sem nada a perder, durante seu último ano em Hogwarts ela finalmente resolve agir. O único empecilho que E...
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Final de maio de 1978: Ella:
- Oh. Meu. Merlin. - Eu ofego ao sair da lareira e ver o estado da minha casa.
Ao me ver Régulus deu um sorriso sem graça, abaixou minha varinha e parou de fazer o feitiço para limpar a louça suja que evidentemente não foi ele que causou. Ele não estaria com uma carranca se tivesse sido ele.
- Desculpa? - Sirius larga o saco de lixo assustado e se vira para a sala assim que ouve minha voz.
Eu olho o estado cozinha de boca aberta e faço cara feia para as pilhas de pratos sujos dos dois lados da pia. E o fogão... eu forço os olhos para longe dele com um tique nervoso no olho. Meu olhar vooa para o de Sirius, percebendo que ele simplesmente me observa calado, esperando minha explosão.
- Você é um porco. - Eu acuso sem nem mesmo cogitar que Regulus está envolvido nisso, ele nunca fez tanta sujeira assim, e mesmo se fizesse eu sei que limparia. - Já ouviu falar em feitiços de limpeza, Sirius?
- Eu só estava tentando fazer o café da manha para meu querido irmão. - Sirius pede com a cara mais deslavada que já vi em minha vida.
Faz exatos três dias que Sirius está nessa rotina caótica de dormir aqui todos os dias e voltar para Hogwarts para assistir as aulas e participar das refeições, até que tem funcionado. Remus chegou a me contar que Sirius, como desculpa, disse para o colega de quarto deles Peter Pettigrew, que está com um romance secreto com uma lufana e por isso anda um pouco sumido. Os meninos o ajudam a cobrir a mentira para que Peter não descubra que ele não está mais passando as noites no dormitório, sempre fecham a cortina e bagunçam a cama de Sirius para fingir que ele chegou em algum momento e dormiu. É bem trabalhoso, eu diria. Sua sorte é que hoje, embora seja um dia de semana, não terá aula por conta do jogo entre a corvinal e lufa-lufa.
- Mal posso esperar para ver o resto da casa. - Meu sarcasmo é muito óbvio.
- Nós já estamos dando um jeito nessa bagunça. - Regulus tento contornar a situação na defensa do irmão.
- Você o ajudou nisso? - Eu pergunto perplexa.
Talvez Regulus seja como aqueles cachorros, dócil e educado quando é sozinho, mas com a presença de um novo cachorro acaba se rebelando. Essa analogia faz sentido, até eu perceber que estou comparado os dois com cachorros.
- Claro que não. - Ele nega evidentemente se sentindo insultado por eu pensar que ele é tão porco quanto o irmão.
- Foi um acidente, errei o feitiço e a massa da panqueca explodiu do nada. - Sirius justifica.
A irritação me aflige antes de eu decidir sair para o quintal dos fundos para não acabar esganando um deles, não sem antes bater a porta com força. Ao sair eu olho ao redor, a grande extensão de rio me distrai embora as árvores pesadas alinhadas do outro lado chamem mais minha atenção. Decidida a não entrar no chalé e ajudá-los com a limpeza, pego a cesta jogada ao lado do degrau da varanda e vou em direção a plantação de ervas que uso para fazer algumas poções. No fundo até achei que seria uma boa ideia ele ficar aqui até resolvermos tudo, só para fazer companhia para o Regulus, mas Sirius é imprudente e desleixado, nada parecido com o irmão.