11- Não estou lutando para morrer!

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Já chega de brincadeira pequena, você esta morta. -Diz o cara que deles parece ser o mais velho, vindo para cima de mim.

Poderia dizer o mesmo pra você. -Eles correm em minha direção erguendo as espadas e as adagas, eu corro em direção contrária, chegando à direita da sala eles me acompanham, aponto a arma para eles e atiro.

Acerto de primeira o homem do meio na cabeça assim que me viro. Por puro reflexo atiro três vezes no cara da ponta na esquerda e acerto o braço do cara, o ombro e o terceiro tiro e ultimo vai à barriga o fazendo cair. O terceiro cara já esta em cima de mim depois que eu faço isso, ele joga o próprio corpo contra mim usando o peso para me derrubar, mas logo atrás esta a parede e eu apoio a minhas costas ali erguendo um pouco mais a arma e fazendo o cano dela chegar a seu coração, que era na altura da minha cabeça. Eu atiro no coração dele e ele não tem muita reação a não ser quando ele vai caindo no chão e tentando segurar meu pescoço. O quarto cara pega a espada mirando em meu coração, mas quando eu levanto a arma para atirar ele bate o cabo da espada na minha mão com uma força enorme, fazendo com que eu solte a arma e ela caia no chão.

Ele me acerta um soco na boca fazendo o meu corpo se virar para o lado com o impulso, ele aproxima bem o corpo do meu para me puxar para cima e me bater, mas ele logo é surpreendido, eu rasgo o seu rosto com um caco de vidro que estava espalhado por ali, fazendo com que a minha mão sangre um pouco ao pegar, mas ela já estava machucada mesmo. Ele se contorce de dor e eu pego uma flecha que estava jogada no chão e enfio em seu pescoço fazendo jorrar mais sangue em mim do que já tinha.

Quem é o próximo? -a cada segundo eu tremia mais, minha respiração estava rápida como um corcel, meu nariz e minha garganta estavam queimando pelo cheiro ruim e a força que eu botava neles para respirar e meu coração batia rápido como um raio de luz quando atinge a terra. Mas eu vou conseguir.

Você esta muito confiante para o meu gosto. -Só sobraram dois. Pego duas espadas no chão ao meu lado. São eles. O cara sanguinário que tinha um problema na perna e o que tentou arrancar o meu olho, o marcos. Eu tinha que tentar pelo menos. vamos La.

Eles correm em minha direção e só desse jeito já da pra ver a diferença. Marcos pula e arruma a espada do alto em direção a minha cabeça, enquanto o outro vem pela minha frente em posição de ataque. Eu corro pela sala, mas levo um escorregão quando sinto alguém colocar o pé na minha frente, olho para cima e vejo Jason rindo.Foi ele!

Levanto e fico de pé, vejo o marcos e o outro cara conversando baixo, até que o marcos vem na minha direção em frente reta pronto pra atacar, fico parada e espero, espero e espero. Marcos da um sorriso quando esta a cincos passos de mim e quando ele vai me golpear eu percebo pelo tamanho, força e agilidade que eu não tenho chances de sair na mão com ele, então pulo para o lado passando o pé na frente de marcos. O marcos caiu para frente enterrando o corpo nos chifres do touro a sua frente.

Eu caio sentada no chão, olho para aquela cena e não sinto nada, nenhum pequeno sentimento de culpa, pena ou remorso. Estou olhando para o cara que me torturou sorrindo, que me torturou. Estou olhando para o homem que quis arrancar meu olho. Não estou olhando para um homem e sim para um monstro, um monstro que a causa da sua morte sou eu. Começo a tremer quando percebo que só falta um, um cara pra eu dar o fora.

Olho para o Jason que esta com varias reações e emoções estampadas no rosto. O Jason sabe que eu posso sair daqui, se eu estiver certa ele não esperava que eu fosse matar todos e se eu matar esse último homem só vai restar à gente nessa casa e ele não vai ter escolha a lutar ou me deixar ir. O cara manco vem pra cima quando eu penso em me esquivar ele me da um soco seguido de um chute na costela e outro chute no rosto. Ele me pega pelo pescoço e olha no fundo dos meus olhos.

Reino de cinzasOnde histórias criam vida. Descubra agora