Após a pequena confusão de mais cedo cessar e de Hunter explicar que apenas fora visitar Eda e não estava perseguindo a cubana, Luz finalmente soltou King e pôde adentrar à casa de sua tia-avó. Era um local bem mais simples do que aparentava ser por fora, mas também parecia aconchegante. A pequena sala de estar tinha um estilo hippie, com várias corujas de madeira e plástico enfeitando o local, o que acabou despertando a curiosidade da garota.
-Ahn, porque vocês têm tantas corujas de brinquedo aqui?
- Corujas são criaturas incríveis, criança. Elas simbolizam sabedoria e inteligência, além de que trazem sorte, o que ajuda bastante às vezes. Não concorda?
- Bom, a mamãe sempre dizia que essas aves traziam azar, fora que falam que o canto delas anuncia quando alguém vai morrer então, não, eu não concordo. Agora, se me dá licença, eu tô indo conhecer o meu quarto sozinha. - assim que a garota girou os calcanhares, virando-se de costas para sua tia e seu primo de segundo grau, deu de cara com uma pequena ave, que voava na altura de seu rosto. Claramente, ela havia se assustado com a situação e correu para se esconder atrás da mulher mais velha, que, junto ao seu filho, se divertia com a situação.
- Parece que alguém acabou de conhecer o Hooty, minha pequena coruja de estimação. - o pássaro voou para perto de sua dona, acomodando-se em seu ombro e recebendo um pequeno carinho da mesma. - Aliás, acho que o senhor deveria estar dormindo à essa hora.
Luz tinha uma expressão indecifrável em seu rosto enquanto saía de perto da mulher e a observava acariciar aquele espécime cuja função era dar azar.
- Me diz que essa coisa não vai encostar em mim, por favor?- Luz tentava se afastar o máximo possível do animal.
- Que? O que tem ele, Luz? Ele é muito bem tratado, fora que não é a primeira coruja que eu já criei, então eu tenho bastante experiência no assunto.
- Você já teve outros?! - a garota pareceu surpresa com a revelação. - "Quem em sã consciência iria preferir adotar uma coruja, ao invés de qualquer outro animal, até cobras são mais preferíveis que essa coisa."- pensou.
-Bem, só um, o Owlbert, só que ele já estava um pouco velho quando o adotei. Mas essa coisinha aqui não vai me abandonar tão cedo, não é Hooty?- o pequeno animal soltou um piado em resposta à pergunta de sua dona. - Bom garoto!
-Olha, dá pra parar de falar com esse bicho estranho e me dizer onde fica o meu quarto? - Luz cruzou os braços, impaciente e até um pouco constrangida com aquela situação.
-Tudo bem, eu já vou. - a mais velha pegou a pequena coruja em suas mãos e a entregou ao seu filho. - Leve ele para a gaiola para que volte a dormir, depois vá pro seu quarto, okay?- o garoto fez que sim com a cabeça e saiu em busca da gaiola do animal.
Enquanto isso, Edalyn conduziu sua sobrinha-neta até o andar de cima, onde se localizaria o quarto da mesma. Ao chegar ao local, a mais velha tirou uma pequena chave do bolso, abrindo a porta de madeira de eucalipto e dando passagem para que a outra adentrasse o lugar. Era um quarto grande e espaçoso, mas também parecia muito bagunçado, fora o odor desagradável de poeira e cocô de coruja que empestava todo o local.
- Como a senhora espera que eu consiga dormir aqui?! - a mais nova ficou incrédula ao ver a zona que era aquela área. - Esse lugar tá imundo!
- Bom, acho que eu vou ter que apresentar as regras da casa pra você, criança. A primeira: Seu quarto, sua bagunça, ou seja, você limpa! Vou buscar um balde com água e um esfregão pra você. - a mulher girou os calcanhares e saiu, sendo barrada mais na frente pela sobrinha.
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Ugh! you again...(Lumity beta)
أدب الهواة"Onde Camila decide mandar sua filha para a Inglaterra após um pequeno incidente na escola"