Capítulo dez

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Bakugou levantou-se e foi buscar o pedido.

- Você acha que sou ignorante e briguenta? - perguntei quando Bakugou sentou-se minha frente

- Acho. - respondeu tirando a fatia de pão de cima do hambúrguer e colocando molho de pimenta que estava sobre a mesa - Por quê?

- Minha mãe disse que a culpa de eu mudar muito de escola é só minha...

- Ela tá certa. Quer dizer, a gente só se conhece a... três ou quatro dias sei lá, e no seu primeiro dia já levou suspensão - mordeu um pedaço do hambúrguer

- É... ela disse isso também... - tomei um gole de refrigerante

- Mas porquê disso agora? Não dá comer calada?

- Foi mal. - mordi o primeiro pedaço do hambúrguer - É que eu não tenho muita gente para conversar sabe... todos se afastaram

- Se você não calar a boca eu vou para outra mesa.

- Ah, vai se foder, nem tô pedindo pra você ficar aqui.

- Tá vendo?! Você tem que aprender a se controlar

- Como se VOCÊ soubesse se controlar.

- Eu tento, mas é difícil com uma garota enxendo o saco enquanto eu só estou tentando comer a porra de um hambúrguer!

- Que maldade, Kazinho...

(referência </3)


- Come logo Kimi, ainda tenho que te levar na sua casa.

- Tá bom, estressado. - revirei os olhos e mordi outro pedaço

- Tá sujo.

- Aqui? - apontei para o meu nariz

- É. - passei a mão - Ainda tá - passei a mão novamente - Ainda - de novo - Ainda.

- Caralho! - esfreguei meu nariz com um guardanapo

- Brincadeira, tava tirando uma. - riu

- Te odeio.

- Eu também te odeio. Agora come calada e vamos embora.

Bakugou terminou de comer seu hambúrguer primeiro, depois ele partiu para as batatinhas que logo acabaram, eu estava quase terminando meu hambúrguer quando o vi pegar minhas batatas.

- Ei!

- Foi só uma.

- Sua mão tá cheia!

- Não mais. - colocou todas as que estavam em sua mão dentro de sua boca

- Nojento

- Isso é nojento? - começou a mastigar de boca aberta perto de mim

- Sim, e muito! - ri

Comi o último pedaço seguido das batatas que sobraram.

- O refri você termina no caminho, vamos. - se levantou pegando os skates

- Que pressa é essa, menino? - me levantei também

- São quase sete.

- Ah, você dorme as oito... esqueci. Vamos então.

- Tsc. - estalou a língua no céu da boca

Saímos da lanchonete e seguimos caminho até minha casa. Quando cheguei o carro dos meus pais já estava na calçada, deu um certo frio na barriga pensar na possível bronca que vou levar por ter passado o "dia" fora. O importante é que foi legal pelo menos...

Novo Eu, Novo Você - Katsuki BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora