A sirene soou. Em questão de segundos as quatro patrulhas estavam perfiladas no hangar, enquanto seus comandantes estavam no quartel general esperando as ordens de seu superior.
- O que houve senhor? – o comandante da primeira patrulha, Drew, deu um passo à frente, após pedir permissão para falar.
- Temos atividade excessiva ainda, assim não poderemos liberá-los – o general Schalf apontou para um painel onde um ponto vermelho indicava a área em funcionamento.
- Mas, não é raro que isso aconteça, senhor, logo, qual o motivo da urgência? – Drew quis saber.
- Hoje, é imprescindível que esteja em repouso, Drew. Por isso, preciso que desliguem o córtex pré-frontal – ele disse decidido – Com todo o cuidado, danos não serão perdoados. Avise-me quando o trabalho estiver concluído.
- Sim, senhor – Drew fez uma reverência e saiu rapidamente em direção à nave. Os seus três tripulantes já estavam no interior dela, sentados em seus lugares. Eram treinados para isso, assim não houve atrasos e saíram logo que Drew entrou.
O general pediu que as escotilhas fossem levantadas e viu, do posto de comando, a nave partir para a sua missão. Não era todo o dia que eles precisavam agir desta forma, hoje, porém, a atividade acima do normal havia sido causada por estimulantes, de modo que exigia uma medida drástica, ou seja, uma intervenção.
- Ligue-me à nave – o general ordenou para a responsável pelas comunicações, Nap. A mulher, com agilidade, estabeleceu os sistemas de comunicação com a pequena nave. Fez um sinal com o polegar para cima, quando conseguiu, indicando que o general já podia falar e que seria perfeitamente ouvido.
- Drew? – o general testou o rádio, falando no microfone que tinha acoplado ao capacete.
- Estou na escuta, senhor – Drew respondeu imediatamente, ao ouvi-lo.
- Estou vendo no radar que estão próximos, já pensou em qual a ação tomará dessa vez?
- Senhor, há tanta atividade aqui que podemos verificar várias sinapses. Por isso, peço permissão para desligar a chave central de energia, pois acho que é o mais indicado.
- Permissão concedida. Aja com cautela – o general ordenou e os contatos cessaram por alguns minutos.
Quando a atividade estava muito alta, como era o caso, o risco era a nave ser atingida por ondas beta. O piloto conseguiu se desviar de todos os riscos possíveis e quando estavam no ponto exato para a intervenção, avisou ao comandante.
- Ao meu comando libere os raios teta – Drew ordenou, olhando também o radar à sua frente. Esse era o procedimento para a desaceleração. O nível de alerta era impressionante, se houvesse um relaxamento qualquer, as ondas emitidas seriam alfas – Agora! – ele ordenou e viu o piloto apertar um botão, liberando a primeira rajada de onda teta. Pelo jeito seria necessário mais três, já que a primeira não surtiu o efeito desejado.
- Relatório de atividades – Drew gritou para o seu segundo tripulante, outro oficial responsável pelo relatório das atividades que aconteciam ao redor. Estas lhe apareciam em tempo real, através de um painel no qual tinha os olhos vidrados.
- Pálpebras pesadas, bocejos frequentes, mas atividade ainda acelerada – o oficial informou.
- Dê dois disparos seguidos e aumente a potência dessa vez – Drew ordenou para o piloto e este fez o solicitado. Com a ordem executada, Drew voltou-se para o oficial mais uma vez – Relatório de atividades.
- Segurem-se todos! – o oficial gritou, fazendo com que seu comandante e os outros dois tripulantes se prendessem em seus assentos para não serem arremessados longe, segundos antes de a nave ser sacudida violentamente de um lado para outro.
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Fugaz
Short StoryO que é o conto, além de um retrato fugaz da realidade? Um momento apenas, congelado no tempo que corre. Reúno aqui alguns contos, uns breves, outros nem tanto, que já fizeram parte de outras coletâneas. Um modo de passar o tempo e pelo tempo, faze...