Capítulo 12. Lua Cheia.

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Hoje é o dia do meu ritual, um dia em que simplesmente eu tenho que ficar na floresta a partir de determinado horário para os meus poderes malucos e descontrolados não prejudicarem ninguém. Estou indo para a floresta, mas estava sentindo alguém me seguir, olhei algumas vezes para trás, mas não vi ninguém. Posso estar sendo paranoica desde o acontecido com o Henrie, aquilo realmente me assustou muito, não sei o que eu faria se o Landon não tivesse chegado na hora. E não sei como agradecê-lo por tudo, por ser tão gentil e compreensivo comigo, sei que isso não é motivo de agradecimento, mas não tem muitas pessoas na minha vida que agem como ele. Não sem segundas intenções. E ainda tem a questão de nosso desejo desenfreado, que parece que vai nos enlouquecer. Toda vez que nos beijamos eu posso sentir o quanto ele me quer, e mesmo assim ele continua esperando meu momento; isso me faz querê-lo ainda mais. Só preciso esperar essa fase da lua cheia passar.

Na floresta me sentei próximo à cachoeira e fiquei aguardando o momento em que iria começar a brilhar e meus poderes iriam começar a se manifestar de forma desordenada até a manifestação dos novos.

Sentei na margem do rio, as árvores estavam caladas. Acho que elas também estão sentindo meu descontrole e minhas emoções a flor da pele. Hoje mais cedo tive uma pequena discussão com a minha mãe sobre hoje; ela acha inadmissível eu não ir para casa em um dia como hoje e eu acho inadmissível ela me tratar como uma criança.

Minutos, talvez até horas se passaram e eu ainda sentia uma sensação estranha, hoje é lua cheia e a lua estava linda. Ainda olhando a lua ouvi um barulho próximo, olhei e vi uma pessoa se aproximando. Era um lobisomem, metade homem, metade lobo.

— Ora, ora se não é nossa Musa, então eu estava certo e você é mesmo uma ninfa — falou o lobisomem com uma voz estranha.

Quando ele saiu das sombras consegui ver quem era, Henrie. Pelos deuses! Ele é um Lobisomem.

— Henrie? – perguntei espantada.

— O que foi Musa está espantada com o que? Achou que fosse só você a sobrenatural dessa universidade?

Não achei isso, mas não achei que ele fosse um lobisomem.

— O que você quer, Henrie?

— Além de te partir em pedaços? Quero mostrar ao Landon e a você que ninguém escolhe nada por mim. Eu te queria, mas você me rejeitou, vou te mostrar que esse seu glamour não está com nada.

Landon? Como assim?

— O que o Landon tem a ver com isso?

Ele sorriu de lado e não me respondeu, começou a vir na minha direção mostrando as presas.

Eu ia morrer!

Fechei os olhos e esperei o ataque ou a dor do baque, mas ouvi um uivo, abri os olhos e o lobo que sempre me visita estava lá olhando ferozmente para o Henrie.

— Você acha que pode salvá-la? Eu vou te destruir antes mesmo de você pensar — Henrie falou rosnando e investindo contra o lobo.

A briga foi caótica, eu não conseguia entender o que estava acontecendo e estava apavorada. Quem era aquele lobo e por que ele estava me protegendo desse jeito?

O lobo deu uma mordida da perna do Henrie derrubando-o e pulando em cima do garoto já muito machucado e com o rosto um pouco desfigurado. O lobo iria morder sua garganta, mas Henrie o agarrou pelo pescoço o derrubando no chão e o fazendo voar alguns metros. Henrie levantou cambaleante e foi em direção ao lobo que não perdeu tempo e voou em cima do rival mordendo seu ombro e derrubando o ele novamente no chão, intensificou a mordida deixando o garoto finalmente desacordado.

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