Elise Winsk e o Torneio Tribruxo

Os campeões

Harry estava extremamente emburrado naquele dia, nem mesmo o fatídico episódio de Fred e Jorge ganhando barbas idênticas ao envelhecerem alguns anos para tentar colocar o nome no Cálice tirou seu mau humor. Seus pais haviam saído de Hogwarts na noite passada, sem sequer lhe dirigir qualquer explicação, não haviam nem mesmo respondido a carta que enviara noite passada, indagando de forma nada sutil o episódio com Elise Winsk noite passada.

Elise Potter. A droga da francesinha, de alguma forma, era sua irmã. Logo seus pais, as duas pessoas que ele mais admirava no mundo por trás de algum segredo muito grande. Ainda assim, Harry esperava - torcia! - que tivessem uma ótima explicação para a situação.

- Harry!

Uma figura ruiva o envolveu pela cintura, Ayla com as bochechas coradas, o cabelo acaju igual o da mãe caindo livres pelos ombros.

- McGonagall me elogiou hoje! - anunciou, alegremente. Provavelmente havia acabado de sair da aula, ainda usava os óculos de armação dourada bem fina. Ao contrário do irmão ela podia ficar sem óculos quando não estava estudando.

- Que bom. -  ele afagou a cabeça dela - Estou esperando Rony e Hermione para irmos até o Hagrid.

- Vi Mione com aquela menina da floresta hoje. - o coração de Harry acelerou um pouco, pelo menos os irmãos ainda não sabiam - Acho que ela e os amigos compraram os broches da F.A.L.E. - contou, satisfeita - Eu disse a vocês que iria dar certo esse negócio da Hermione.

- Que seja, os elfos não querem ser libertos. - disse Rony.

- Não tem como discutir com você de qualquer forma. - disse a garota - Vejo vocês no jantar.

- Cadê a Hermione?

- Aqui! - a garota veio correndo, a juba castanha oscilando atrás de si. Ela parou com as mãos no joelho, ofegando - Corri da biblioteca até aqui!

- Sei. - disse Harry, já começando a andar - Se divertindo com minha irmã?

- O quê? - grasnou, corando - Oh, Harry! Eu não sabia que ia ficar chateado, estávamos falando sobre a F.A.L.E.

- Não fiquei chateado! - protestou - Vamos logo.

- Você deveria conversar com ela. - sugeriu a amiga, o alcançando.

- Meus pais nem conversaram comigo ainda, Hermione.

- Vocês poderiam se juntar para interrogá-los. - propôs Rony.

Harry não respondeu. Não era uma ideia tão ruim, porém não saberia como Elise reagiria ou se ela já. Porque se soubesse haveria uma grande chance de odiá-lo por sequer reconhecê-la, ele também se odiaria por nem ao menos conhecera irmã que seus pais... abandonaram? Um nó na garganta se formou na garganta dele, não conseguia imaginá-los na posição de pais negligentes, sua casa sempre fora repleta de amor, cuidado, atenção e preocupação, não apenas com os filhos como com qualquer pessoa que se relacionassem.

Quando bateram à porta de Hagrid ouviram os ganidos de Canino do lado de dentro, Hermione arfou quando o meio-gigante abriu a porta. Estava com os cabelos em um ângulo estranho, lambidos para trás com um produto preto viscoso, usava também vestes horrorosas  e uma flor horrível no bolso  do paletó. Hermione arregalou os olhos, mas se absteu de comentários.

- Ora, até que enfim! - ele abriu espaço para o trio entrar - Achei que tinham esquecido onde eu morava. Entrem, entrem.

- Estávamos realmente ocupados. - disse Harry se sentando à mesa, Hagrid começou a ferver água

- Os explosivins, hm, como estão?

- Lá nos canteiros de abóbora

Enquanto os servia, Hary reparou nos olhares que Hagrid disfarçadamente lhe dirigia e depois nas três xícaras usadas na pia.