nineteen.

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Os dias que se seguiram passaram rapidamente, e, com eles, nossas férias também se foram

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Os dias que se seguiram passaram rapidamente, e, com eles, nossas férias também se foram.

À um mês atrás, quando dei minha última aula, não imaginei as surpresas que esse período de "descanso" me trariam, muito menos imaginei que ao final de tudo, voltaria para casa com o pai de minha filha junto a mim, mas, obviamente, não poderia estar mais contente por isso.

No momento, minha vida parece perfeita. Tudo está correndo como o planejado e honestamente digo que não tenho do que reclamar.

Voltei a dar aulas dois dias atrás, e confesso não ter percebido o quanto isso me fez falta durante as férias.

Os professores que lecionam junto a mim costumam dizer que alguns alunos são pestes enviadas para testar sua paciência, e isso até pode ser verdade, mas tudo se torna mais divertido quando você ama o que faz.

Acho que, de fato, não vivo sem aquelas crianças.

Mingyu, por outro lado, inciou suas atividades no consultório, e pelo que tenho ouvido dele, também levando em conta seu brilho no olhar e sorriso de orelha a orelha, tem se dado muito bem com seus novos pacientes.

É verdade que ele ainda precisa se adaptar ou reacostumar com a vida agitada de Seul, mas não acho que isso será algo difícil.

Não para alguém que viveu dezoito anos de sua vida aqui.

Já Jiwoo retornou a escola hoje, e, ao contrário do que eu esperava, não me pareceu tão contente.

Eu sempre me orgulhei em dizer que minha filha ama estudar e nunca suportou a ideia de precisar faltar as aulas, então, vê-la tão irritada e descontente era algo novo para mim.

─ ele disse que eu era bonita, papai! ─ ela exclama, com indignação na voz. Cruzando seus braços diante do peito, me olha atentamente, e preciso me esforçar para não rir de sua expressão irritantemente fofa ─ foi o primeiro dia daquele tampinha na escola e ele já fez uma coisa dessas?

─ e o que você fez? ─ questiono curiosa, observando quando a expressão de Jiwoo se torna orgulhosa, talvez recordando-se de sua travessura.

─ eu belisquei ele!

─ essa é a minha garota! ─ Mingyu, que até então estava tomando banho, surge de repente no quarto, como costuma fazer, enquanto passa uma toalha por seus fios úmidos, em um ato muito atraente, mesmo que não seja a intenção ─ escute, estrelinha, se esse garoto te incomodar novamente, diga a ele que seu papai tem um taco de baseboll e vai usar, se necessário, okay? ─ inocentemente, Jiwoo assente, abraçando a perna do mais alto, que afaga seus fios escuros com a mão livre.

─ Mingyu! ─ exclamo, chamando sua atenção, não conseguindo conter um riso abafado ─ o menino tem apenas cinco anos. Tenho certeza de que seu taco de baseboll pode esperar.

𝖺𝖿𝗍𝖾𝗋 𝗍𝗁𝖾 𝗌𝗍𝗈𝗋𝗆 | 𝗺𝗲𝗮𝗻𝗶𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora