Capítulo 8 - Cálido

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Após trinta minutos da universidade até o centro, havíamos chegado a casa da Paula. Seguimos em silêncio até o apartamento dela que ficava no quinto andar. Nesse meio tempo fiquei perdida em meus devaneios, imaginando o rumo que aquilo iria levar, se ela finalmente daria uma chance ou iria mudar do nada e me afastar mais uma vez.

- Pode ficar à vontade. – Disse assim que abriu a porta. Ouvi um latido e logo uma cadelinha apareceu abanando o rabo e se apoiando nas pernas da Paula. - Essa é a Pudim. Está comigo desde que me mudei.

- Oi, Pudim! – Falei me agachando e fazendo carinho no pelo macio e que exalava um cheiro muito bom.

Retirei meus sapatos e adentrei ao apartamento, que era muito organizado e bem iluminado graças a uma vidraça gigante que dava visão ao centro da cidade e ao lago que era ponto turístico da cidade.

- Uau! – Falei ao me aproximar e observar a vista.

- Quando comprei esse apartamento levei em consideração está vista. – Disse.

- Muito linda.

- Vou preparar um almoço para nós. Você gosta de alguma comida em específico? – Perguntou-me.

- Eu sou muito fã de lasanha. – Falei.

Paula começou a preparar a comida e abriu um vinho. Aproveitei e coloquei minha playlist em um tom baixo enquanto a observava cozinhar. Percebi que na cozinha dela havia inúmeros livros de receitas.

- Você realmente é fã da culinária. – Comentei ainda admirada com os inúmeros livros.

- Aprendi a cozinhar com a minha avó. De início eu quis cursar gastronomia, mas acabei passando no vestibular para outra coisa, isso me frustrou durante muito tempo, mas aceitei. – O celular dela começou a tocar, ela suspirou e mostrou a tela, o nome era relacionado a eventos científicos. – Eu preciso de dez minutos. Você sabe fazer brigadeiro? Você gosta?

- Eu amo chocolate, e sei fazer sim.

- Ótimo, deixo essa missão contigo. – Me entregou a espátula e se retirou da cozinha.

Consegui fazer o brigadeiro e o coloquei na geladeira enquanto esperava pela Paula. Respondi algumas mensagens das minhas amigas que já imaginavam mil canários possíveis. Logo a professora voltou e se desculpou pela demora, estava resolvendo os últimos ajustes para o evento que ela organizava. Almoçamos enquanto ouvíamos a playlist que ela havia escolhido e que eu conhecia pouquíssimas músicas, mas acabei me interessando e sincronizamos uma para que pudéssemos ouvir juntas e saber qual música a outra estava ouvindo.

Após o almoço fomos para o quarto dela onde ficava a Televisão maior e a convenci de assistirmos um filme recém lançado de terror. Deitei a minha cabeça sob a barriga dela enquanto recebia um cafuné. Durante o filme trocamos muitos beijos, mas conseguimos prestar atenção no filme.

- Nossa, estou decepcionada! – Falei chateada com o desfecho do filme. – No trailer parecia ser incrível.

- Mas não foi ruim, eu gostei. – Paula falou sorrindo e se esticando para pegar o controle, mas me pegou de surpresa com um beijo intenso.

Só interrompemos para aumentar o som da nossa playlist e ajeitar nossas posições. Eu sentia as mãos dela adentrarem dentro da minha camiseta, o que fez o meu corpo reagir. Levantei o suficiente para me sentar no colo da minha professora, que sorriu com o gesto e retirou por completo a minha blusa, me beijando em seguida. Minhas mãos adentraram no cabelo dela e aproveitei pra puxar de leve e deixar o pescoço dela exposto para que eu pudesse beijá-lo, o que a fez cravar as unhas nas minhas coxas.

Fomos interrompidas novamente com o celular dela tocando, olhamos sincronizadamente para o aparelho e na tela mostrava o nome de uma pessoa e na frente o nome da universidade. Paula bufou frustrada, levantei-me das suas pernas e tentei diminuir o volume da música que tocava.

- Você ainda ficaria comigo sabendo que essas coisas acontecem com frequência? - Perguntou quando voltou ao quarto. Jogou o celular na cama e voltou a se sentar perto de mim. Desviei os olhos da TV e lancei um sorriso.

- Oras. – Falei voltando à posição anterior, ela sorriu e mordeu o lábio inferior. Voltamos os beijos e não foi difícil conseguir a tesão de momentos atrás.

Estremeci quando minha professora afastou meus cabelos para o lado e passando a língua em uma linha reta até minha orelha, me causando um arrepio não só no corpo, mas também na minha intimidade. Agarrei-me mais ao seu corpo.

Enquanto ela desabotoava o feixe do meu sutiã, aproveitei para prender meu cabelo em um coque. Ela passou as mãos nos meus seios desnudos, descendo até meu abdômen. A empurrei devagar para que ela não batesse a cabeça na cabeceira da cama e continuei sentada nas suas pernas, a camiseta dela possuía botões, então abri o suficiente para abocanhar seus seios. Sentia suas unhas curtas encravadas nas minhas costas enquanto ofegava. Desci meus beijos até chegar a calça jeans que deu um trabalho para retirar, o que causou risos. Afastei suas pernas e mordi o lábio inferior ao ter a visão que eu ansiava desde que a tinha visto. Primeiro distribuí beijos pelo lado externo das coxas e logo parti para o lado interno e finalmente me deliciei com o gosto dela. Ela estava bastante excitada, o que fez meu corpo reagir ainda mais, principalmente ao ouvir os gemidos enlouquecidos da Paula, além da mão dela puxando meu cabelo cada vez mais forte enquanto se aproximava do ápice. Assim que senti a minha professora prender minha cabeça entre suas pernas e se contorcer na cama voltei para cima e a encontrei com um largo sorriso no rosto que também estava bastante avermelhado. Tomei seus lábios, sendo pega de surpresa em seguida quando ela acabou invertendo as posições.

Confesso que assim que cheguei ao meu ápice, fiquei me questionando se ela já havia transado com outras mulheres ou assim como eu, só seguiu os impulsos.

- Posso te fazer uma pergunta? – Perguntei. Eu ainda estava deitada sob sua barriga enquanto recebia cafuné. Ouvi um "uhum", então prossegui. – Quando você se descobriu bissexual? – Perguntei. Paula era bastante reservada e só descobri sobre a sexualidade dela porque ela demonstrou interesse.

- No ensino médio... - Respondeu com um suspiro cansado. – Eu estudava em um colégio católico, então aquele sentimento que começou a florescer em mim me assustou muito e escondi até chegar na universidade, quando conheci pessoas que tiveram a coragem de assumir quem realmente eram. Mas até hoje eu não consigo falar disso abertamente, só os íntimos sabem disso.

Fiquei calada, era nítido nas ações dela o quanto ela escondia aquilo, talvez por causa da família, trabalho ou colegas da universidade. Infelizmente depois de alguns minutos eu precisei ir para casa, precisava organizar minhas tarefas e havia minha mãe me esperando. Sai do apartamento da Paula com a dúvida de como ela iria reagir nos dias seguintes.

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Espero que tenham gostado, não sou muito de escrever cenas calientes ksksjk obrigada pelos comentários ❤️

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