4→ “eles me machucam e não percebem”
As horas foram se arrastando e quando dei por mim, já haviam se passado 3 dias do acontecido e Garry precisava ir.
— me liga se precisar de algo. Te amo, Lil - envolvi minhas mãos em seu rosto e o puxei para um beijo calmo.
— faça uma boa viagem e não se esqueça de mim! - pedi, arranhando com a unha feita, a ponta de seu nariz.
— e tem como te esquecer? - ele questionou, puxando me para si. - meus pais querem te ver no final de semana!
o sorriso desapareceu do meu rosto, e me afastei de seus braços.
— não sei se estou afim de me machucar, mais do que já me machuquei essa semana - avisei. Garry pôs as mãos no próprio cabelo.
— Lil, meus pais mudaram. Eles sabem pelo momento que você está passando, só querem conversar - tentou, ele. Respirei fundo, não queria discutir com Garry.
— aposto que foi você a insistir para que eles me recebessem novamente. Eu faço tudo por você, mais não me peça tamanha humilhação de novo. - digo, paciente. Garry beijou minha testa e foi embora, sem mais dizer.
Entrei no banheiro e esqueci do mundo. A última conversa com Garry rondava a minha mente – será?. O fato de ter sido humilhada por eles, não iria mudar.» flashback on› março de 2019 [17:34 AM]
Garry tinha passado de uma simples companhia, para a melhor de todas. O que era apenas carnal, tinha tomado um novo rumo. Eu me sentia segura, protegida. Comecei a contar as horas para vê-lo, comparava sua agenda com a minha para conseguir tempo para conversarmos. Meu apartamento com o passar dos dias, começava a ter o cheiro dele. Minhas peças vintages escuras, davam espaço para camisetas claras e moletons masculino no closet. Minha decoração se modificava com coisas novas que ele trazia. Aos poucos minha vida foi ganhando tonalidade e como eu esperei por ela!
Garry viria me ver, pelo que me recordo. Sentei a mesa naquela tarde e sem conseguir me concentrar, checava o celular em busca de mensagens novas a cada 5 segundo.
– " estou chegando " - era sua última mensagem, ele mandou a 20 minutos. Sem perceber, eu mordera todos os bocais de minhas canetas.
— onde você está? - perguntei, instantes depois choveu mensagens no meu celular. Eram todas dele. Lembro-me de todas as carnes do meu corpo, se estremecerem.– " preciso de ajuda! "–
– " no jardim abandonado atrás do seu condomínio "–
– "Lil, por favor!" –
– " AGORA! " - li a última mensagem e me desesperei. Esquecendo completamente as dores que sentira naquele dia, desci os 4 lances de escada correndo. Meu coração bateu tão acelerado que achei um nó formado em minha garganta, ser ele tentado sair. Esqueci casaco, bolsa e celular no apartamento. Minha única preocupação era Garry. – ele estaria ferido? – ofusquei tais pensamentos e me concentrei em correr.— EI, LIL! VOCÊ NÃO PODE CORRER ASSIM, GAROTA! - me alertou seu Antony, quando "voei" pela portaria do prédio, chegando a rua.
Quando cheguei ao jardim abandonado – que era apenas um vasto campo atrás de prédios velhos –, vi um corpo no chão. Em passos lentos, me aproximei do corpo.
— Garry? - o toquei, ele continuava imóvel. – Garry fala comigo! Garry, por favor!
Eu já chorava, achando ter o perdido. Quando se virou para mim, Garry sorria. Em suas mãos uma aliança brilhava, dentro de uma caixinha decorada.
— Mini Baby, aceita namorar comigo?
Eu o odiei tanto nesse dia, chorei tanto, o bati tanto, fui feliz...tanto!— FILHO DA PUTA! Seu, seu....ARGH! - gritei, batendo em seu peito sarado. Garry me pôs de pé, eu ainda chorava. — é... óbvio que aceito! Ah, eu te odeio!
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🖤De repente ele🤍
Teen Fiction→é uma história de amor? Vcs decidem! ↓ ❤🩹 » *"Eles dizem que não tenho mais chances"* « 🖤→ Lílian Death, ou simplesmente, Lil Death. Sou uma garota como todas as outras; a diferença é que as outras garotas podem ter mais tempo que eu. ↓ Nunca fo...