Cap 3

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3 → “seus olhos pintaram o meu céu ”

» Flashback on› Moscou, fevereiro de 2019 [17:39 AM]

Conhecia Garry a um mês, ele se tornara uma companhia deveras boa para mim. Ele estava de férias em Moscou e passava mais tempo comigo, do que em seu hotel. Íamos ao cinema, ao parque, pedalávamos por aí; ele me fazia rir. Não transamos desde o dia que nos vemos pela primeira vez. Não por falta de vontade – notava por várias vezes o olhar quente dele sobre mim, especialmente quando trocava o curativo na minha barriga –, mais por que eu realmente não me sentia disposta a isso. Ele não me cobrava como os meus pais, não me rejeitava como os outros caras com quem saía e não me dizia coisas inúteis como os meus médicos. Ele simplesmente estava lá, isso era o suficiente para mim.

— Garry, deixa pra mim! - exclamei. Havíamos chegado de um bar – não, não fomos beber – onde assistimos um jogo de basquete ao vivo, dos Estado Unidos.

— não, chega de pipoca pra você! - disse ele, revirei os olhos e comecei a saltar, tentando inutilmente pegar o balde com pipoca. Garry era mais alto que eu, sempre foi.

— me dá logo ...- comecei a tossi pelo esforço.

— te avisei, não? Chega de pipoca! - ele falou, fiz cara de dengo. – ah, sem essa Lil. Sabe que não resisto!

— é exatamente isso que eu quero! Que você pare de resistir! - falei com tanto ênfase, que a minha voz saiu rouca, quase sexy. Garry entendera o recado e me deu o que a tempos eu implorava. Seus lábios se encaixaram aos meus perfeitamente, seu corpo me prendeu contra a ilha da cozinha; suas mãos desceram a minha cintura. Acariciei seu rosto e sorri aliviada quando o beijo parou.

— você realmente quer isso, Lil? - ele me dera poder de escolha e graças a Deus, eu o escolhi.

— deixo um cara desses no meu apartamento por mês e acha que só quero amizade? - perguntei-lhe e antes de ouvir resposta, o beijei. Colados, andamos até a cama - que antes era bem mais longe que hoje, troquei exatamente por isso. Durante o trajeto, fomos nos despindo.

— camisinha na cômoda de baixo - avisei, costumava por lá antes - agora tenho por toda a casa. Ele assentiu e sorrio, tentando me beijar e abaixar para pegá-la, tudo ao mesmo tempo. Fiquei rindo da cena.

— vai ficar rindo aí, ou vai me ajudar a por essa droga ? - brigou ele, eu rir ainda mais. Garry também riu, mais continha ironia na sua risada, desejo em seu olhar. Calmamente ele desceu seus beijos a minha intimidade. Fechei os olhos, agarrando firme a colcha.
Eu gemia com as investidas, sua língua afiada me chupava com vontade. Sentia cada centímetro dela; entrando e saindo de mim. O jeito com que ele apertava meus seios e chupava, me enlouquecia. Se não bastasse só a sua língua, tinha seus dedos que exploravam. Não demorei a me derreter em sua boca!

— v-você é bom nisso - comentei, ele riu satisfeito.

— abra os olhos, Lil. - pediu, neguei com a cabeça. Era algo meu, não abri os olhos nesses momentos. Uma estratégia que o meu inconsciente achou para não sofrer com os olhares estranhos que lançavam para o meu corpo cada vez que eu dormia com alguém. Garry acariciou meu rosto, sentia seus lábios no meu ouvido. — abra os olhos para mim, Lil. – ele insistia. Seus lábios quentes estavam a centímetros dos meus, sentia sua respiração ofegante no meu rosto. Seu membro roçava a minha intimidade e me perguntei por quanto tempo resistiria.

— não consigo! - declarei, choramigando. Ele puxou meu lábio inferior, suas mãos se entrelaçaram as minhas.

— consegue sim! Confio em você, abra os olhos meu bem. - e eu os abri. O Garry que me encarava risonho, me conquistou! – viu? Não é tão difícil!

🖤De repente ele🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora