Cap 6

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“ eles me cansam!”

Varei a noite ao som dos Queens, Coldplay, imagines Dragons e bandas russas dos anos 90. Resolvi dá um novo ar ao meu quarto, menos tabelas com dietas e remédios e mais pôsteres motivacionais. Mais glitter, mais cor!
Kina me mandou mensagem perguntando se eu não iria a festa; falei que não, estaria ocupada demais trepando com o meu namorado – usei exatamente essas palavras –, um "ok" e "legal, curti aí ", foram ditos por ela.
Estava terminando de redecorar a última parede – decorei com fotos minhas e do Garry –, quando um som entridente invadiu a música que ouvia.

— “ Gales →  'Meu Pai' ” — brilhava na tela do celular. A última ligação que recebera do meu pai tinha 5 meses. Esperei até que desse caixa postal e voltei a colar fotos na parede. Outro toque entridente, dessa vez resolvi atender. Colocando o celular entre o ombro e o ouvido, falei:

📞 oi, pai

📞 Filha – sua voz era mansa, uma característica típica dele. Por mais puto que ele estiver, você nunca verá sua voz alterar.

📞 Papai, o que houve? - insisto, pela demora em sua resposta. Ele soltou um suspiro trêmulo do outro lado da linha, senti náuseas na hora.

📞 Sua mãe, Lil...

*Um zumbido tomou conta do meu ouvido de modo que não pude  escutar mais nada*

[•••]

— aqui, Lil. - Garry me entrega um copo d'água, bebo sem hesitar. – notícias?

— não, ainda não! - respondi, acomodando minha cabeça em seu peito. Minha mãe teve uma crise, de acordo com o meu pai, e foi levada ao hospital para um pequeno procedimento de urgência. Ele estava fora da cidade e pediu que eu viesse; de começo inventei mil desculpas, mas...ela é a minha mãe, afinal. Liguei para Garry no caminho e ele fez questão de me acompanhar.
•••
O médico apareceu no corredor às cinco da manhã em ponto. Eu estava completamente exaurida.

— trago ótimas notícias. Sua mãe ficará bem, Sra. Death! Só temo que ela irá dormi pelas próximas quatorze horas, então sugiro que vão descansar. - o gentil médico, diz.

— iremos descansar, senhor - Garry diz, me ajudando a ficar em pé.
Eram cinco e quarenta, quando abri a porta de casa. O hospital era deveras longe e o trânsito da cidade não ajudou muito

— Lil, Lil... calma! - Garry me põe no colo, quase desmaiei em seus braços. Quando senti o tecido macio do meu travesseiro, apaguei.
•••

— fazia tempo que eu não dormia tanto - comentei, limpando a boca com o guardanapo. Quando acordei – duas e meia da tarde –, fui recebida com um farto almoço. — vida, isso tava... perfeito! Obrigada por ter ficado.

— nunca iria te deixar aqui - ele diz, arfando meus cabelos. – agora sou eu que preciso descansar um pouco.

— opa, te ajudo! - me prontifei, Garry riu se apoiando em mim. Deitamos um por cima do outro na enorme cama, no centro do quarto. Ele começou com suas mãos bobas e seus beijos enlouquecedores.
🔥→  Alternando boca e pescoço, ele me excitava com seus beijos molhados. Desci minhas mãos a minha intimidade e massagiei devagar, por cima do moletom.

— posso ajudar? - pergunta ele, a voz carregada de desejo. Seus dedos não demoraram a se juntar aos meus e logo estavam entrando e saindo de mim. Eu gemia entre os beijos; não demorei a gozar em sua mão. Sua boca assumiu a liderança, me chupando com precisão. Suas mãos massageavão meus seios rapidamente.  Mordia os lábios, segurando firme os lençóis e vez ou outra, seus cabelos.

— Garry... t-tá muito... sensível - murmurei, ele riu passando a língua por toda a extensão da minha vagina. Gozei seguidas vezes, mais ele não parou...

— eu sei que você gosta dessa tortura - sussurrou, ele tinha total razão!
Sem aviso prévio, ele me penetrou. Não sei se por fazer muito tempo que a gente não transava, mais aquilo doeu.

— Garry...- gemi seu nome, sei que o excita. Suas estocadas eram fundas, lentas e dolorosas.

— ah, aí!  - resmungou ele, quando ferir suas costas. Minhas unhas estavam realmente muito grande, o que estava causando um belo estrago.
Comecei a ofegar, sentindo o orgasmo vim, fechei os olhos e me deixei invadir.

— só...mais um pouquinho, baby - sussurrou Garry no meu ouvido, ele continuava a me penetrar. Fiquei por cima para agilizar, pois eu mesma estava cansada de tantas provocações. Com um último gemido rouco, Garry gozou.
Foi tudo tão rápido, que não nos preocupamos em sair um do outro na hora H.

— nossos momentos são os melhores - comentou ele, acariciando meu seio nu.

— são sim! Só que...deixa pra lá - digo, Garry fixou o olhar em mim. – ok! E só que deveríamos ter tido mais responsabilidade na hora H. Tipo, você não deveria ter ficado tanto tempo ' dentro de mim'. Se é que me entendi?

— entendo sim! Mas, Lil... só uma vez, não tem problema - ele diz, tranquilo.

— Você sabe que...- ele suspirou, me dando as costas. – desculpa...

— não se desculpar. Foi inresponsabilidade minha - ele diz, sem se virar.

— não por isso....por não poder realizar o seu sonho - murmurei, encarando o teto preto do meu quarto. Garry voltou o olhar em minha direção.

— Lil, está com você é muito mais do que eu sonhei - tentou, ele. Senti o pinicar das lágrimas no canto dos olhos, mais elas não chegaram a descer. Garry abraçou minha cintura, descansando sua cabeça em meu seio.

— você fala isso pra não me deixar pior. Você sabe que eu tenho razão. Eu tô te prendendo, não estou? - pergunto fugando.

— não, não está! Lil, por favor. Isso tá começando a me cansar - ele sentou na cama, de costas pra mim.

— cansado de ficar comigo, eu sei - choramiguei, Garry bufou.

— Não, Lil para de por palavras na minha boca, caramba! Poxa, eu te amo. Tô com você por amor e não por pena. Acha mesmo que estou com você só por prazer? Eu te amo como nunca amei ninguém, será que dá pra ver isso e parar de duvidar de mim? - questionei ele, com um Q de frustração no seu tom de voz. Levantei, vestindo sua camisa.

— não estou dizendo isso, é só...

— é só que você está esperando ser humilhada por mim, não é? Lil, entenda pelo amor de Deus. Não sou como as pessoas que você conviveu! Não vou te julgar! Não vou te machucar! Não vou te xingar ou dizer o quanto você é inútil. Porque você não é, e sabe disso.  Para de me ver como os caras que cê pegava antes. Eu não sou assim! Você me magoa, sabia? Todas as vezes que me compara com seus exs, ou quando diz que estou indo pra cova com você.  Tem que parar de agir dessa forma, Lil! - Garry confessa, me senti muito pequena. 

— descul...

— Para de pedi desculpas, Lílian! - eu me encolhi ainda mais na cama. Ele suspirou profundamente, jogando os cabelos pro lado.  – sabe o que mais me chamou atenção em você, na primeira vez que nos vimos?

*Neguei com a cabeça*

— sua força de vontade! Mesmo com mil problemas, com os diagnósticos, com as palavras obscenas dos médicos, você não se abatia. Sorria até mesmo com o nome engraçado dos exames que você era obrigada a fazer. Você vivia, Lil! - Garry pegou uma camisa no closet e vestiu apressado.

— onde cê vai? Não tá terminando comigo, né? - pergunto, entrando em sua frente. Ele segurou meu rosto entre as mãos e sorriu.

— você é tão ingênua, Lil - e me beijou, saíndo em seguida. Me restou apenas sua camisa, e seu cheiro nos meus travesseiros o restante do dia.
_*Por mais que ele diga não, eu sei que estou sendo egoísta. Estou o prendendo a minha vida, entrelaçando-o a minha provável morte, não consigo o deixar!*_

→ *opiniões?* ↓ 🤔❤‍🩹

🖤De repente ele🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora