Cap 10

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10→ “Furacão...¡¿!”

— senhores passageiros estamos chegando ao nosso destino final, sejam bem vindos a Malibu! - a voz da aeromoça me despertou. Coçei os olhos um brilho diferente ofuscou a minha visão, era a aliança de noivado que Garry me dera. Fiquei encarando a jóia por minutos inteiros, até ele despertar.

— ainda inacreditada? - pergunta Garry, o avião pousava aos poucos.

— se eu estou assim, imagina os seus pais e os meus. - comentei, lembrando da chamada de vídeo que fizemos pouco antes de embarcarmos, quatro horas atrás. Gamesha e Rodolf coitadinhos, quase infartaram. Meus pais como sempre foram neutros e insensíveis, nos desejaram felicidades somente.

— foi a decisão mais rápida e certa que eu tomei em toda a minha vida! - ele diz, confiante; a mesma confiança que me fez aceitar seu pedido. Sorri, entrelaçando nossas mãos.

[•••]

Pelo pouco que vimos de Malibu durante o caminho para o hotel, é ensolarado, verde e de uma brisa espetacular.
Passei direto para o banheiro quando chegamos no quarto. Mais uma vez o meu relógio biológico bugou.

— quer ajuda aí? - pergunto, ajudando-o a tirar sua camisa. Garry tinha arranhões fundos nas costas, consequências da noite anterior. Depois de voltarmos ao hotel, ontem, as coisas saíram...do controle 😏. 

— pegou pesado hein, mini baby - Garry diz, olhando suas costas no espelho do banheiro.

— quem mandou me foder com tanta força? - questionei, mordendo os lábios. Garry me prendeu contra a parede, beijando meu pescoço.

— não peguei nem tão pesado, aquilo foi só... aquecimento - sussurrou ele ao meu ouvido, mordi sua orelha.

— Então me dê seu máximo! - exigir, o beijando. Garry me pôs sentada, abrindo minhas pernas levando sua mão a minha intimidade. Um toque entridente o fez parar.

— Ah, que porra! Tenho que atender, continuamos depois - ele diz, me levantando.  — é da faculdade

— vai lá, eu tomo banho sozinha. - digo, deixando o roupão cair. Garry encarou meu corpo por alguns segundos – quanto mais tempo demorar, mais vai perder 😏

— J-já tô indo ...ah minha nossa, que namorada gostosa eu tenho - ele saiu murmurando, fiquei rindo sozinha.
Após um ligeiro banho me deitei na enorme cama, Garry ainda não havia voltado. Chequei meu celular, tinha muitas notificação; entre elas, uma mensagem de um contato desconhecido chamou minha atenção.

— "você vai me pagar, Lil. Curta esse tempo com o bosta do seu namoradinho" –
Me assustei ao ler, imediatamente meu cérebro se lembrou de Paul, digitei.
•••
— " Paul, é você seu escroto?" – o contato não demorou para responder.

— " Te importa saber? Tudo que eu sofri por sua causa, você vai pagar Lílian Nádia Death!" - me desesperei ao ler a última mensagem, pulei da cama jogando o celular sobre ela.

— não pode ser, não pode...- choramiguei. Cenas da agressão de Paul a mim, invadiram a minha mente: os beijos, carícias, chupões, os toques nas minhas partes íntimas, tudo. No misto de desespero e medo comecei a ofegar, minhas pernas começaram a perder o equilíbrio, sentei abraçada aos meus joelhos. Minhas mãos começaram a tremer, um zumbido tomou conta do meu ouvido. Alguém começou a gritar.

— Lil? LIL...- Garry entrou no quarto e me abraçou, só quando ele pousou minha cabeça em seu peito soube, era eu a gritar.

› flashback on→ Moscou, 2008↓

Eu só tinha sete anos quando tive minha primeira crise de ansiedade.
Era noite, meus pais haviam chegado de uma festa a qual eu não era bem vinda. Estava no meu quarto e escutei vozes altas, meus pais discutiam em seu quarto. Andei até lá, abraçada ao ursinho de pelúcia que ganhei da minha babá na época.

🖤De repente ele🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora