7 de janeiro. Sete dias desde o início de 2015 e sete dias desde a morte de seu pai.
Aquele bastardo, ele pensa amargamente. No ano anterior, Derek Hale deixara bem claro que o odiava até as entranhas, aproveitando todas as oportunidades para jogá-l...
NOTAS IMPORTANTES: Nessa linha de tempo existirão algumas variações importantes, tanto historicamente como nas inter-relação entre os personagens. Toda a família Hale morreu no incêndio. Peter e irmão de Robert - pai de Derek. Peter e Derek são os únicos sobreviventes. Peter nunca ficou catatônico. Derek (um Alfa) ainda mora na mansão.
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Stiles olha fixamente para a caneca em suas mãos. O café dentro dela, intocado, há muito esfriou.
É sete de janeiro. Sete dias desde o início de 2015 e sete dias desde a morte de seu pai. Seus olhos estão inchados e a garganta em carne viva de tanto chorar, seu espirito está quebrado, literalmente estilhaçado pela dor. Ao piscar ele observa outra lágrima cair no líquido escuro abaixo rompendo a superfície em uma infinidade de pequenas ondas.
"Feliz ano novo, merda."
Era sua última semana em casa e ele mal correto tempo passar. Os últimos dias foram um borrão. Em alguns momentos ele chorava baixinho na cama de seu pai, com o rosto contra os lençóis, como se pudesse sufocar a realidade e o mundo exterior.
Os ataques de pânico o reduziram a uma sombra trêmula e hiperventilante caída no chão do quarto onde adormeceu, acordando horas depois com dores em todo o corpo, se perguntando se seria capaz de sobreviver ao dia seguinte.
Algumas vezes ele se sentava em frente à TV e olhava fixamente por longos períodos até perceber que nem mesmo uma ligara.
Alem disso ele tem quase certeza de que não escova os dentes desde o ano passado.
A Sra. McCall sempre vinha a sua casa e ficava batendo a porta até que ele a abrisse e, então, o envolvia em um abraço caloroso. Ela entrava com cautela, reparando na casa silenciosa, com olhos mareados, antes desviar o olhos e lhe oferecer o seu melhor sorriso. Em seguida, ela murmurava uma série de palavras reconfortantes e deixava tupperwares e caçarolas de refeições caseiras à mesa, que agora estavam empilhados em sua geladeira, intocados. Ele se sentiu mal por desperdiçar a comida.
Mas a ausência de seu pai tornava o ar denso, pesado e errado.
Scott mandava mensagens para ele todos os dias. Lydia e os outros também, mas não com frequência. Era tudo que podia fazer, já que ele se recusava a atender suas ligações. Seu telefone tocou do amanhecer ao anoitecer. A tela rachada se iluminava com frases curtas de 'Como você está?' e 'Eu estou aqui se você precisar' e 'Venha jantar, nós vamos buscá-lo' ... as mesmas frases de novo e de novo, até que ele não aguentou mais, e desligou o aparelho. Ele sabia que ver qualquer um desses rostos conhecidos só pioraria as coisas. Iriam olhar para ele de forma diferente, com pena gravada em suas feições e os olhos cheios de incerteza. O tratariam como se ele como se ele fosse feito de vidro, pronto para se estilhaçar ao menor toque. Mas essa descrição não estava muito longe da verdade.