7 de janeiro. Sete dias desde o início de 2015 e sete dias desde a morte de seu pai.
Aquele bastardo, ele pensa amargamente. No ano anterior, Derek Hale deixara bem claro que o odiava até as entranhas, aproveitando todas as oportunidades para jogá-l...
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Derek sabe que algo está errado no momento em que chega à varanda.
A maneira sutil como seu pescoço formiga quando sua bota atinge o primeiro degrau e o nó em seu estômago - mas é o suficiente para fazê-lo parar e entrar na casa um pouco mais rápido do que o normal.
Stiles estremece quando a porta se abre, os olhos arregalados e vidrados enquanto voam para cima encontrando os de Derek. Ele está sentado no chão ao lado da pia da cozinha, os braços em volta dos joelhos, os pés descalços contra ladrilho. Ele rapidamente passa o braço sobre os cílios e trêmulo se atrapalha para levantar, seus joelhos não funcionam e ele simplesmente cai contra os armários.
"Stiles," Derek deixa escapar alarmado, abandonando a sacola da loja de conveniência no balcão. Ele rapidamente se agacha e procura por algum ferimento, mas não vê nenhum e nem sente cheiro de sangue, a única coisa no ar é o odor forte de dor, espesso e pesado.
"Ei, ei! O que aconteceu?" Ele exige saber e agarra os ombros de Stiles para fazê-lo olhar para cima.
Stiles enxuga as bochechas furiosamente e crava os dentes nos lábios, piscando para ele com olhos doloridos. Ele ainda com suas roupas molhadas, úmido da chuva, os braços pálidos e frios com pele arrepiada sob os dedos de Derek. Notas amargas de constrangimento saem dele em ondas.
"Eles-" Stiles murmura, tapando a boca com a mão para acalmar um soluço. "Eles pegaram de volta."
O coração de Derek afunda como uma pedra. Stiles nem precisa terminar - só há uma coisa que "isso" pode ser.
"O quê, quem pegou o quê de volta?"
"Richard," Stiles encara os joelhos e lambe os lábios, que estão vermelhos e brilhantes de umidade. "O departamento. O distintivo, eles - eles pegaram o distintivo de volta."
A cozinha fica um silêncio pesado, exceto pela chuva lá fora. Derek fica imóvel, a boca entre aberta antes de voltar a fechá-la. Suas narinas dilatam-se silenciosamente.
"O que?" Sai num tom escuro e pesado. Ele estuda Stiles atentamente, que cerra os punhos com força.
"Ele veio logo depois que você saiu", explica Stiles, os olhos saltando entre Derek e os nós dos seus dedos. Ele ainda treme com pequenas fungadas, a boca apertada com força. "Vingança pela noite de ontem, eu imagino. Ele disse que pertencia à delegacia e entrou com uma queixa para conseguir um mandado, e ele ... eu n-não pude fazer nada. Eu não tive escolha."
A última linha é quase inaudível, como se seus pulmões ficassem sem ar. Ele passa a mão no rosto e esfrega a testa, como se tentasse apagar as rugas. Não funciona, e é estranho como a ação é semelhante à que o xerife costumava fazer. Derek olha para o chão, quieto e com raiva. Ele solta os ombros de Stiles, inclinando-se suavemente para trás para apoiar seu peso nos calcanhares.
