7 de janeiro. Sete dias desde o início de 2015 e sete dias desde a morte de seu pai.
Aquele bastardo, ele pensa amargamente. No ano anterior, Derek Hale deixara bem claro que o odiava até as entranhas, aproveitando todas as oportunidades para jogá-l...
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Stiles acorda com um cheiro diferente.
Não é um cheiro ruim, apenas ... Não é o dele.
Ele registra vagamente o som fraco da chuva contra a janela, o suspiro quente do edredom contra seu corpo sonolento. Suas pálpebras estão grudadas daquele jeito que só acontece depois de uma boa noite de descanso, e seus membros estão aninhados como pedra entre a penugem macia dos cobertores. Ele respira fundo pelo nariz e afunda mais o rosto no travesseiro sentindo o cheiro de lençóis secos, sequóia e ...
Derek.
Seus olhos se abrem apenas para descobrir que não é seu quarto. É do Derek. Ele está na cama de Derek. Sob a colcha de Derek, que está aninhada sobre ele.
Ele pode estar sonhando, ainda.
Stiles vira com um solavanco se apoiando nos cotovelos, quase caindo do colchão no processo. Ele estremece ao ver a poça de baba no travesseiro de Derek e ouve seus batimentos cardíacos dispararem nos seus ouvidos. O coelho de pelúcia esta tombado sobre os lençóis.
Porco.
Ele se encosta na cabeceira da cama e com cuidado o pega. Para um pelo tão chamuscado ele é incrivelmente macio em sua mão, desbotado de uma forma que sugere que já foi rosa chiclete. Ele olha as orelhas queimadas enquanto os eventos da noite passada retornam - a tempestade, comida chinesa, subir as escadas no escuro, jogar 'candy crush' em seu telefone, fechar os olhos por apenas um segundo e então ... Nada. Ele deve ter adormecido.
O que ele não tem é tempo para se envergonhar porque a em seguida ele se lembra que Richard veio e pegou o distintivo. Depois disso, um momento de confusão quando ele percebe que seus olhos ainda estão pesados de sono. Ele dormiu e não teve pesadelos. Nem mesmo um. Ele olha de volta para o coelho de pelúcia em suas mãos que o encara sem piscar, com um pequeno sorriso costurado sob o nariz carbonizado.
Huh.
"Obrigado, amigo", ele murmura. Em seguida, ele lambe os lábios e coça a cabeça, porque está falando com um bichinho de pelúcia.
Ping, ping, ping ...
A origem do barulho é uma caneca quase cheia no chão com uma goteira constante. Mas isso só chama sua atenção por alguns segundos porque ele percebe vozes fracas vindas do andar de baixo.
Primeiro ele congela, porque eles nunca têm convidados a menos que seja Scott ou Lydia, mas os tons baixos não combinam com nenhum deles. Ele força os ouvidos para sintonizar e não consegue distinguir as palavras.
Ele gentilmente coloca Porco na mesa de cabeceira e joga os pés para fora da cama, indo até a porta. Ele a abre silenciosamente, abafando o ruído esganiçado da dobradiça com a palma da mão e, na ponta dos pés, atravessa o corredor e desce as escadas, evitando os pontos que rangem no quinto e segundo degraus. As vozes ficam mais claras à medida que ele se aproxima da sala de estar, elas vêm da cozinha. Do terceiro ao último degrau ele segue com o ouvido contra a parede para ouvir as vozes. Um é de Derek, baixo e calmo do jeito que ele só fala quando está tentando conter sua raiva, e o outro pertence a ...