🐺 Capítulo 9 🐺

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Desde aquela viagem de carro com Sienna, minha cabeça tinha virado uma teia emaranhada de pensamentos e emoções

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Desde aquela viagem de carro com Sienna, minha cabeça
tinha virado uma teia emaranhada de pensamentos e
emoções. Tentei meditar, mas não consegui clarear
minha consciência. Sempre que ficava assim, tinha que
apelar pros velhos hábitos.
Eu precisava de uma bebida.
O Housman's era o meu lugar preferido quando eu
precisava fugir. Era um antigo bar escondido em um
beco. Não tinha nada do brilho e do glamour dos bares
e clubes populares, mas isso que eu amava nele.
Eu nunca tive que me preocupar com um lobo da Casa
da Matilha entrando pela porta ou qualquer outra
pessoa que pudesse me reconhecer.
A mulher atrás do bar era uma doce senhora chamada
Clementine. Ela me tratava como uma filha, sempre
fazendo questão de me agarrar pela mão e me perguntar
como eu estava.
Ela sabia que eu só a visitava quando precisava
resolver alguma coisa, e cara, eu tinha muita coisa
para resolver.
Sienna era como uma irmã mais nova para mim. Eu via
muito de mim mesma nela, e quando ela se acasalou com
Aiden, meus sentidos de cura me disseram que ela
precisava de alguém para ajudá-la a viver na Matilha.
Eu cresci naquele mundo e podia ajudá-la de uma
forma que sua mãe e sua irmã não conseguiam.
Claro que a ironia não passou despercebida. Eu
tinha 25 anos e não estava acasalada, praticamente uma
solteirona nos anos de lobisomem, aconselhando uma
garota de 20 anos sobre como planejar uma família e
lidar com seu companheiro.
Depois de minhas aventuras fracassadas com Aiden e
Josh, eu estava impaciente para encontrar meu
companheiro. A cura era um trabalho solitário. Fui a
quem todos procuraram, mas para onde a Curandeira
deveria ir quando tinha problemas?
Era isso que eu estava tentando descobrir no
Housman’s.
Tomei um gole da minha bebida.
Escorreu pela minha garganta e espalhou seu fogo
pelo meu peito. Mas em vez de parar ali, seu calor
continuou descendo pelo meu corpo, estabelecendo-se
entre minhas pernas em um inferno inesperado.
Porra, a Bruma está perto.
Enquanto as explosões pulsavam na minha virilha,
examinei o bar.
Nenhum dos homens estava me olhando.
A Bruma pode deixar as lobas com tesão, mas ainda
deve haver alguma atração entre os amantes.
Eu me virei e examinei as cabines. O frio na
barriga começou a percorrer todo o meu estômago. Isso
não poderia estar certo.
Eu estava olhando para um casal que estava se
tocando. Eles não eram amigos, eu sabia disso, mas por
que minha Bruma estava me puxando em direção a eles?
Eles devem ter sentido o quão excitada eu estava
ficando porque a mulher parou de beijar o pescoço de
seu parceiro e olhou em minha direção.
Nós nos olhamos, e então ela sussurrou no ouvido de
seu homem. Ele me deu uma olhada e sorriu antes de dar
sua resposta.
A mulher se levantou e caminhou em minha direção.
Ela tinha cabelos crespos e ruivos e uma linda pele
cor de café. Seus quadris balançavam de um lado para o
outro em um ritmo hipnotizante.
Talvez ela queira apenas pedir uma bebida no bar.
Olhe para a sua bebida. Não faça contato visual.
— Meu parceiro e eu não pudemos deixar de notar
você.
Merda.
Meu rosto corou quando me virei para encará-la. —
Eu sinto muito. Eu não queria ficar olhando.
— Gostou do que viu? — ela perguntou com um sorriso
brincalhão.
Espere, o que ela quer dizer?
Antes que eu pudesse pensar em uma resposta, minha
Bruma explodiu.
Eu agarrei o balcão para me manter de pé. Algo
nessa mulher e no seu homem fez meu corpo derreter.
Olhei para o parceiro dela, um dominante alto e
musculoso com cabelos castanhos esvoaçantes e barba
áspera.
Eles eram tão lindos e sexy. Eu nunca tinha feito
nada assim antes, mas nada sobre isso parecia errado.
— Gostei muito, — respondi, tocando a mão da
mulher.
Nós três caímos na cama, arrancando as roupas um do
outro em um frenesi acalorado. Eu agarrei o homem e
comecei a beijá-lo, mas a pressão quente dos lábios da
mulher em meus seios me fez ofegar.
Antes que eu percebesse, entreguei meu corpo às
suas mãos e lábios. Eu me torci e flexionei sob o
intenso prazer que agarrou cada músculo e terminação
nervosa.
Eles se revezaram entrando em mim. Ele com seu
pênis e ela com seus dedos e sua língua.
Senti tudo apertar e uma pressão começar a crescer
dentro de mim.
Eu estava com tanto calor, quase delirando. Minha
pele estava coberta de suor e eu mal conseguia
recuperar o fôlego.
— Eu vou gozar! — Eu gritei.
Eu agarrei a mulher e puxei seu rosto para o meu.
Nós fechamos os lábios, nossas línguas se tocaram
alegremente, sensualmente.
Naquele instante, tudo foi liberado em uma violenta
erupção e ondas de contrações quentes sacudiram meu
corpo. Todo o ar saiu correndo dos meus pulmões e
minha boca se abriu, mas não consegui gritar.
Agarrei-me a ela e ela me abraçou, olhando para mim
com seus olhos escuros e reconfortantes.
O orgasmo me deixou completamente mole. Eu me
sentia como se tivesse acabado de correr uma maratona
e as únicas partes de mim que ainda funcionassem eram
o coração e os pulmões.
— Você se divertiu? — ela perguntou.
— Você está brincando? — Eu disse, ainda
recuperando o fôlego. — Sim. Eu me diverti muito.
— Bom. Nós também, — ela respondeu, sorrindo. Ela e
seu parceiro deitaram-se um de cada lado meu e
acariciaram meu corpo suavemente com a ponta dos
dedos.
Fiquei lá por meia hora e os observei fazer amor
enquanto recuperava minhas forças. Por alguma razão,
eu me sentia à vontade com eles de uma maneira que
nunca havia experimentado com nenhum de meus amantes
anteriores.
Quando saí, os dois ofereceram um beijo de
despedida.
— Talvez a gente volte a ver você, — disse a
mulher, puxando-me para seu abraço.
Eu a cheirei uma última vez.
Eu não queria ir embora.
— Sim, eu adoraria, — respondi, segurando-a com
força.

Os Lobos Do Milênio ( LIVRO 2 )Onde histórias criam vida. Descubra agora