🐺 Capítulo 16 🐺

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Eu estava sentada no chão do elevador, minhas pernas abertas, a blusa desabotoada, o suor escorrendo pelo meu peito e em meu decote

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Eu estava sentada no chão do elevador, minhas pernas
abertas, a blusa desabotoada, o suor escorrendo pelo
meu peito e em meu decote.
E meu novo terapeuta estava parado ali na minha
frente, completamente confuso.
Tem como estar mais desesperada do que isso?
— Sienna... você está bem? — ele perguntou.
Eu me levantei, tentando ignorar as ondas de prazer
implacáveis que ainda estavam me balançando.
— Estou bem, — eu disse rapidamente. — Posso usar
seu banheiro?
Mantenha a calma!
— Claro, fica no final do corredor, à esquerda, —
respondeu ele, ainda parecendo preocupado.
Passei por ele imediatamente, mas cada passo me
deixava mais tonta.
Concentre-se em outra coisa!
A entrada da cobertura era adornada com estátuas de
mármore grego, que pareciam ter sido realmente
importadas do Partenon.
Na verdade, todo o seu apartamento estava repleto
de arte rara de diferentes épocas ao longo do tempo.
Como ele conseguiu tudo isso?
Acho que ser um vampiro tem suas vantagens.
Virei à esquerda no final do corredor e dei de cara
com o banheiro. Depois de entrar, fechei a porta e
tranquei-a.
A Bruma se espalhou por cada centímetro do meu
corpo, me fazendo desistir.
Eu precisava de Aiden ao meu lado. Eu precisava de
Aiden — dentro de mim.
Era difícil demais aguentar.
Eu deslizei para o chão e respirei fundo.
Tudo que eu queria fazer era mergulhar meus dedos
no meu sexo e fazer ali mesmo, mas resisti.
1, 2, 3... e respira.
1, 2, 3... e respira.
1, 2, 3... e...
A Bruma finalmente começou a diminuir e, com ela,
minha ansiedade.
Meu corpo parecia que tinha acabado de retornar da
guerra — uma guerra que quase perdeu.
Essa é a ÚLTIMA vez que vou adiar o sexo durante a
temporada.
Eu vim aqui para fazer terapia, não para criar mais
razões para precisar dela.
Konstantin deve achar que sou louca.
Levantei-me e endireitei minhas roupas enquanto
caminhava até o espelho. Eu estava completamente
bagunçada.
Eu rapidamente abotoei minha camisa e amarrei meu
cabelo em um rabo de cavalo.
Dá pro gasto.
Eu destranquei a porta e voltei para o corredor. Eu
vi Konstantin sentado no que parecia ser um
escritório. Era tão impressionante quanto sua entrada.
Quadros e artefatos adornavam as paredes. Os móveis
pareciam ter vindo do Palácio de Buckingham. As
prateleiras estavam cheias de centenas de livros
grossos.
— Você realmente leu tudo isso? — Eu perguntei,
entrando no escritório e passando meu dedo pelas
lombadas do livro.
— Sou mais velho do que pareço, — disse ele com uma
risada. — Tive muito tempo.
Konstantin apontou para uma cadeira em frente a ele
e eu me sentei.
— Você está... melhor? — ele perguntou hesitante.
— Sim, é que eu precisava muito fazer xixi, — eu
respondi, tentando me esquivar.
Konstantin sorriu para mim e juntou os dedos. —
Desculpe pela inconveniência. Eu não tive a chance de
montar meu escritório ainda, então estou conduzindo
minhas sessões em casa por enquanto.
— Não precisa se desculpar. Este lugar é
deslumbrante, — eu disse.
Houve um momento de silêncio enquanto Konstantin me
estudava. Era como se ele estivesse tentando me ler,
como se eu fosse um de seus livros.
— O que a traz aqui, Sienna?
Bom, acho que vamos direto ao assunto.
Eu me sentia um pouco estranha por não saber como
as sessões de terapia funcionavam.
— Eu... eu não tenho certeza, — eu disse.
Konstantin assentiu. — Tudo bem. Não há respostas
certas ou erradas. Na verdade, você não precisa ter
respostas. É por isso que você está aqui.
Isso me fez sentir um pouco melhor, mais à vontade.
— Acho que... me sinto perdida, — eu disse.
— Como assim?
— Bem, você meio que acertou em cheio quando estava
na minha galeria outro dia.
Konstantin não falou, apenas ouviu, então
continuei.
— Tornar-me Luna, forçada a ser o centro das
atenções, sem saber quem são meus pais biológicos...
— Seus pais, — disse Konstantin, me detendo. —
Diga-me sobre eles.
— É esse o problema... eu não posso. Não sei nada
sobre minha origem.
— Você não tem nenhuma memória deles?
— Nenhuma, — respondi. — Eu tentei cavar o mais
fundo que pude para encontrar nem que seja um
fragmento de memória, mas nunca consegui.
— Isso deve ser frustrante, — Konstantin disse, em
um tom simpático.
— Eu sempre quis saber quem eram meus pais
biológicos, mas não pensava muito nisso, — disse eu. —
Mas quando me tornei Luna, esse meu desejo só
aumentou.
— Você acha que esse desejo veio à tona como
resultado de sua relação com a mídia? — Perguntou
Konstantin.
Eu concordei. — Quando eles começaram a fazer
perguntas... surgiram todas aquelas que eu tinha medo
de fazer a mim mesma.
Konstantin já estava começando a chegar à raiz dos
meus problemas.
Eu deixei isso me afetar por muito tempo, e só
falar sobre isso já estava me deixando mais leve.
Inclinei-me para a frente e olhei Konstantin
diretamente nos olhos. — Você disse antes que usa seus
poderes para ajudar a desbloquear a mente das pessoas.
Para encontrar coisas que eles nem sabiam que estavam
lá.
— Sim, — disse ele. — Mas não é tão fácil assim. O
processo pode ser um pouco... intenso. Não é para
todos. Você deve ter certeza absoluta de que pode
lidar com isso.
Eu não queria que isso me impedisse mais.
Eu precisava da verdade.
Mas será que eu estava pronta de verdade para isso?

Minhas patas batiam no chão lamacento enquanto eu ziguezagueava para dentro e para fora da floresta densa

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Minhas patas batiam no chão lamacento enquanto eu
ziguezagueava para dentro e para fora da floresta
densa.
Adorei a sensação do vento soprando em minha pele.
A sensação dos meus sentidos em seu ponto máximo.
A emoção da caça.
Eu sempre tinha pressa em sair em patrulha com meu
beta, mas ainda mais quando envolvia uma perseguição —
e esta noite, não tínhamos a menor ideia do que
estávamos perseguindo.
— Josh, você está vendo alguma trilha? — Eu
perguntei, me comunicando através de nossa conexão
mental.
— Nenhuma — respondeu ele, disparando de um arbusto
próximo e se juntando a mim em minha perseguição. —
Não acho que essa coisa esteja a pé — se é que ela tem
pés.
— Estou sentindo o cheiro de alguém logo à frente.
Há mais de um cheiro, — eu disse, farejando o ar. — Um
é definitivamente um lobisomem. Mas o outro...
No ano passado, eu me tornei ciente da existência
de outras criaturas, algo anteriormente conhecido
apenas pelos Lobos do Milênio, e com o que Raphael me
contou sobre o quão perigosos os vampiros podem ser...
Eu estava pronto para tudo.
Seguimos em direção a uma clareira. — Estamos quase
che...
De repente, um raio de luz explodiu em toda a
floresta, nos cegando completamente. Foi como se o sol
tivesse parado bem em cima de nós.
Perdi o equilíbrio e bati em uma árvore, rolando no
chão. Eu ouvi Josh uivando; deveria ter acontecido o
mesmo com ele.
— Que porra foi essa? Josh, continue uivando para
que eu possa te encontrar!
O flash sumiu de repente, mas minha visão ainda
estava se ajustando.
Quando meus olhos finalmente voltaram ao normal, eu
vi que Josh já havia se transformado, ele estava nu e
deitado no chão. Me transformei na forma humana e o
ajudei a se levantar.
— Você se machucou, amigo?
— Apenas alguns arranhões. — Josh sorriu. — Acho
que precisamos informar que é proibido tirar fotos com
flash por aqui.
— Mantenha seus sentidos alertas. Podemos estar sob
ataque — eu rosnei quando comecei a me transformar
novamente.
— Aiden, espere! — Josh me parou. — Atrás de você.
Eu me virei para ver o que Josh estava olhando.
Uma mulher, deitada sozinha na clareira, gravemente
ferida e mal conseguindo sobreviver.

Na maior parte do tempo, não me deixava desconfortável ver meus dois ex-namorados juntos

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Na maior parte do tempo, não me deixava desconfortável
ver meus dois ex-namorados juntos.
Mas quando eles atravessaram a porta do meu
escritório na Casa da Matilha completamente nus,
carregando uma mulher igualmente nua, eu fiquei mais
desconfortável do que nunca.
— Jocelyn, precisamos de sua ajuda, — Aiden gritou,
colocando a mulher machucada e ensanguentada na minha
mesa. — Ela não está se movendo.
— O que foi que aconteceu? — Eu gritei.
— Não há tempo para explicar, — respondeu Josh. —
Ela está gravemente ferida. Ela não vai sobreviver se
você não fizer algo agora.
Ele estava certo. Não era hora de explicações. Eu
entrei em ação e coloquei minhas mãos acima de seu
coração, transferindo um pouco da minha energia para
ela.
Ok, pelo menos há batimento cardíaco.
Quem quer que a tenha atacado assim deveria ser um
verdadeiro monstro.
Ao examiná-la em busca de mais ferimentos, percebi
que, apesar de sua aparência selvagem, essa mulher era
incrivelmente bela.
Quando abri suas pálpebras para verificar suas
pupilas, engasguei de surpresa. — Meu deus, ela é...
— O quê? — Aiden questionou.
— Ela é uma loba ômega.
Uma ladra. Uma loba sem Matilha.

Os Lobos Do Milênio ( LIVRO 2 )Onde histórias criam vida. Descubra agora