🐺 Capítulo 30 🐺

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Depois do incêndio, nossa vida ficou um caos absoluto

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Depois do incêndio, nossa vida ficou um caos absoluto.
— Aiden, saia do maldito banheiro. Eu tenho que
urinar! — Selene gritou, batendo na porta. — Eu tenho
um bebê inteiro pressionado contra minha bexiga, todo
dia.
— Selene, você pode por favor não gritar com meu
chefe? — Jeremy disse cautelosamente.
— Ele não é seu chefe aqui, Jeremy. Ele é família,
— minha mãe disse em um tom alegre enquanto ela
passava por mim com três cargas de roupa suja.
— Não, quando ele está no banheiro, ele é meu
inimigo mortal, — Selene amuou. — Aiden, SAIA.
Era um bom tipo de caos.
A porta do banheiro se abriu e Aiden estava parado
na porta, recém-saído do chuveiro, vestindo nada além
de uma toalha, as gotas de água ainda grudadas em seu
abdômen brilhante.
Graças a Deus, a Bruma passou.
— Minha nossa senhora dos lobos, — Aiden rosnou. —
Pronto. Dá pra relaxar?
— Essa não, — murmurou Jeremy baixinho. Os olhos de
Selene saltaram tanto de sua cabeça que pareciam que
também estavam grávidos.
— Nunca. Diga a uma mulher grávida. Que está
prestes a explodir. Para relaxar, — ela quase uivou,
passando por ele e batendo a porta do banheiro atrás
dela.
Aiden apenas encolheu os ombros. — Ah, Melissa,
pode adicionar isso à sua pilha, — disse ele, puxando
a toalha e jogando-a no cesto que ela carregava.
Ele caminhou pelo corredor completamente nu
enquanto eu olhava, mortificada.
Era um caos bom, sim, mas eu não via a hora de
nossa casa ficar pronta.
A casinha dos meus pais tinha ficado completamente
lotada desde que Selene e Jeremy decidiram ficar até o
bebê nascer, o que aconteceria a qualquer momento.
— Sienna, venha me ajudar com os sanduíches, — meu
pai chamou da cozinha.
Quando me juntei a ele, ele me lançou um olhar de
preocupação. Ele tem feito muito isso desde que nos
mudamos.
— Como você está, querida? Está tudo bem? Estamos
tornando nossa casa confortável para você e Aiden?
Porque se você precisar de alguma coisa, apenas...
— Pai, estou bem, de verdade. Vocês têm sido
incríveis, abrindo sua casa para nós enquanto
reconstruímos a nossa.
Não tinha contado à minha família tudo o que
aconteceu com Konstantin, mas eles sabiam o
suficiente.
Eu deixei de fora os detalhes sobre meus pais
biológicos porque sabia que isso iria quebrar seus
corações e, honestamente, ainda não estava pronta para
falar sobre isso.
Aiden, por outro lado, sabia de tudo.
Foi difícil no início reviver o que havia
acontecido comigo. Eu me senti tão violada e traída
pelo que Konstantin fez.
Ele tinha me usado. Ele tentou me manipular, me
destruir mentalmente, destruir Aiden fisicamente, e
ainda incendiou nossa casa inteirinha, mas no final
das contas, nosso vínculo de acasalamento era mais
forte.
Não seremos destruídos tão facilmente; ele sabia
disso agora.
E ele estava lá fora em algum lugar — em um estado
enfraquecido, talvez, mas ainda escondido nas sombras.
Isso fazia meu sangue gelar.
Josh havia estabelecido uma força-tarefa anti-
vampiro depois de tudo o que aconteceu.
Era uma quase obsessão para ele caçar Konstantin,
mas até agora, haviam se passado quatro semanas sem
nem mesmo uma pista.
A vigilância de Josh me fez sentir mais segura, mas
também triste. Ele costumava ter muito tempo livre
antes...
Enquanto eu silenciosamente cortava vegetais ao
lado de meu pai, isso me fez pensar sobre o paradeiro
de meu pai biológico, seja ele quem for. Mas apenas
por um momento.
Eu sorri para meu pai e apertei sua mão. Não
precisei procurar meu pai. Ele estava bem do meu lado.
Aiden entrou na cozinha, felizmente totalmente
vestido, e abriu uma cerveja. — Quer uma, Robert?
Ele parecia mesmo estar gostando de todo esse tempo
forçado em família. E eu não poderia culpá-lo. Ele
nunca tinha vivido isso.
— Eu adoraria, — disse ele, pegando a cerveja e
batendo contra a de Aiden.
— Ei, não me deixe fora disso, — eu disse, pegando
minha própria cerveja.
Selene entrou arrastando os pés com a ajuda de
Jeremy e afundou na mesa.
Mamãe trouxe uma torta de maçã da sala de jantar
que fez Aiden começar a babar.
— Resfriada recentemente no peitoril da janela,
assim como minha mãe costumava fazer, — disse Aiden.
— Aiden, coloque essa língua de lado, — eu ri. —
Você não olha nem para mim desse jeito, a menos que
esteja sob efeito da Bruma.
— Todo mundo tem uma bebida?, — meu pai perguntou
enquanto levantávamos nossas garrafas no ar.
— Eu bem que queria, — suspirou Selene, segurando
seu estômago.
— A que devemos brindar? — Aiden disse, olhando ao
redor da sala.
Eu não sabia o que faria sem essas pessoas
incríveis em minha vida. Eles me ancoraram e me
trouxeram de volta à costa quando Konstantin tentou me
afogar.
As pessoas nesta sala eram de onde vinha minha
verdadeira força.
— À família. — Eu sorri.
Enquanto me arrumava para dormir, olhei para meu
reflexo no pequeno espelho que meus pais haviam
comprado para mim quando era uma garotinha. Eu me
senti infantil ao usá-lo agora.
Tanta coisa mudou nos últimos dois anos.
Eu ainda não tinha me acostumado a ficar no meu
quarto de infância com Aiden também, mas ele estava
totalmente fascinado por tudo isso...
Minhas pinturas em aquarela desleixadas da escola
primária.
Minha extensa coleção de troféus de atletismo.
Os bichinhos de pelúcia que eu rasguei em pedaços
quando era apenas um filhote.
Eu o peguei lendo um dos meus antigos diários
quando nos mudamos pela primeira vez, e ele quase se
juntou àqueles pobres brinquedos de pelúcia em sua
morte.
Mas agora, ele estava deitado na minha cama de
samba-canção, olhando para o mural de estrelas que eu
pintei no teto quando tinha quinze anos. Sua sincera
expressão de admiração me fez amá-lo ainda mais.
Eu rastejei em cima dele e dei-lhe um beijo
apaixonado.
A Bruma pode ter passado, mas eu ainda tinha
necessidades.
— Tem gente procurando encrenca, — ele rosnou,
sorrindo e me erguendo contra a cabeceira da cama.
— E eu sempre consigo encontrar — eu rosnei de
volta, agarrando a tenda levantada em sua cueca.
Ele me jogou na cama e não perdeu tempo em puxar
minha calcinha para baixo e espalhar minhas pernas.
A barba por fazer de Aiden esfregou contra a parte
interna das minhas coxas enquanto ele mergulhava em
meu sexo com sua língua.
— Isso, vai, — eu murmurei, agarrando meus lençóis.
Aiden se sentou e empurrou minhas pernas abertas
ainda mais, batendo seu pau duro contra a minha
entrada.
Ele provocou meu sexo, empurrando a ponta, em
seguida, puxando de volta.
— Mais, — eu disse sem fôlego.
— Você quem sabe — Aiden rosnou, colocando a mão
levemente no meu pescoço.
Soltei um gemido suave, que se transformou em um
grito agudo quando ele entrou em mim, alargando e
acertando todos os pontos certos.
Uma vez que ele entrou no ritmo, suas estocadas
pareciam o paraíso. Minha boceta estava prestes a
explodir de prazer.
— Aiden, eu vou... porra... eu vou...
Meu abdômen se contraiu e minhas costas arquearam
enquanto eu gritava.
— Tô gozando. Caralho, tô gozando…
— ESTÁ VINDO, — minha mãe começou a gritar, batendo
na porta do meu quarto.
— O BEBÊ ESTÁ NASCENDO!!!
Apesar de minha sobrinha escolher o momento mais
estranho possível para entrar neste mundo, eu estava
muito animada para conhecê-la.
Meus pais ansiosamente agarraram as mãos um do
outro enquanto sentavam com Aiden e eu na sala de
espera. Já haviam se passado duas horas desde que
Selene entrou em trabalho de parto.
— Sabia que a sala do zelador fica ali virando o
corredor? — — sussurrou Aiden, deslizando a mão pela
minha perna. — Poderíamos terminar o que começamos.
Eu dei um tapa na mão dele. Homens. Sempre pensando
em foder.
Embora eu tivesse que admitir que não seria a pior
maneira de matar o tempo.
Jocelyn de repente empurrou as portas duplas de
uniforme, sorrindo de orelha a orelha.
— Quais as novidades? — Minha mãe saltou da
cadeira.
— Uma menina feliz e saudável. Ela está pronta para
conhecê-los agora, — Jocelyn disse, nos levando para o
quarto de Selene.
Jeremy pairava sobre sua esposa e filha com
absoluta admiração e devoção em seus olhos. Selene
segurou sua linda garotinha — minha primeira sobrinha
— nos braços. Seu rosto estava molhado de lágrimas.
Eu caí no choro. Dominância que se dane. Fiquei
muito feliz por ela.
Aiden agarrou minha mão. Ele quase parecia ter os
olhos um pouco embrumados. Quase.
— Qual é o nome dela? — minha mãe arrulhou,
observando o lindo pacote de uma neta na frente dela.
— Meu deus, não pensamos em nenhum ainda, — Selene
disse, abruptamente explodindo em lágrimas. — Ela não
tem nome!
— Querida, está tudo bem, não chore. Vamos pensar
em um. Temos tempo, — ele disse, nervosamente tentando
consolá-la e entender seus hormônios erráticos.
Uma visão de repente surgiu em minha mente —
cabelos ruivos esvoaçantes, olhos ferozes. Alguém
importante, que merece ser homenageado.
— E se fosse... Vanessa? — Eu sugeri.
Os olhos de Selene brilharam. — Isso... esse é
perfeito. É lindo. Mas por que Vanessa?
— Por nada, — eu disse enquanto Aiden me olhava,
entendendo tudo. — Eu só acho que combina.
— Eu também, — ela respondeu, bocejando, suas
pálpebras ficando pesadas.
— Certo, a mamãe e a pequena Vanessa precisam
descansar um pouco, — Jocelyn ordenou. — Todos nós
podemos admirar a bebê de manhã.
Jocelyn tocou levemente meu ombro quando eu estava
prestes a sair. — Tenho outro paciente que preciso
verificar, se você quiser se juntar a mim.
Eu balancei a cabeça enquanto meu estômago se
retorceu em nós.
Ela parecia tão tranquila dormindo — exceto que ela
não estava realmente dormindo, pelo menos não por
vontade própria.
Ah, Michelle, isso é tudo culpa minha.
Enquanto Michelle permanecia imóvel em sua cama de
hospital, uma onda de culpa tomou conta de mim. Se não
fosse por mim, ela nunca teria ido para a casa de
Konstantin em primeiro lugar e ele nunca a teria usado
para tentar me machucar.
Jocelyn agarrou minha mão quando comecei a chorar.
— Não se culpe, — disse ela. — Às vezes, as pessoas
entram em nossas vidas e mentem, e essas mentiras
contaminam todos ao nosso redor.
— Mas e se eu tiver ajudado a espalhar essa doença?
— Você estava apenas tentando encontrar respostas
sobre o seu passado. Tenho certeza que Aiden entende
isso, — ela respondeu, olhando para longe. — Ele não
quer nada mais do que proteger você.
— Talvez ela só estivesse tentando proteger você
também, — eu disse delicadamente enquanto observava
Jocelyn enrijecer.
— Não, — Jocelyn respondeu vagamente. — Mas prefiro
não falar sobre isso.
A porta se abriu e Josh entrou pesadamente, com uma
expressão triste e cansada. Ele estava com a barba
cheia e olheiras.
Ele não havia desistido de procurar Konstantin por
um momento sequer, desde que Michelle entrara em coma.
— Ah, eu achei que não tinha ninguém aqui, — Josh
murmurou, sem fazer contato visual comigo.
— Nós vamos sair, — Jocelyn disse suavemente. — Me
avise se você precisar de alguma coisa.
Enquanto Jocelyn me conduzia para fora da sala, me
virei por um segundo para ver Josh encostar sua testa
na de Michelle.
Eu não vou deixar você fazer isso sozinho, Josh.
Nós o encontraremos. E nós a traremos de volta.
Aiden colocou o braço em volta do meu ombro enquanto
caminhávamos pela garagem para a casa dos meus pais. O
sol estava começando a nascer sobre as copas das
árvores.
— As coisas vão voltar ao normal, Sienna. Sua
família sempre estará lá para ajudar, com as coisas
boas e ruins. Nossa família sempre estará lá para nos
ajudar, — Aiden me assegurou.
— Claro, — eu disse, forçando um sorriso e
inclinando minha cabeça em seu peito.
Nada dentro de mim parecia normal desde que
Konstantin havia invadido minha mente e corpo, mas eu
não queria preocupar Aiden.
Eu sentia um poder desconhecido dentro de mim, um
que eu não entendia...
E estava crescendo a cada dia.
Rowan
Quando os raios do sol nascente caíram sobre sua
cabeça, seus magníficos cabelos ruivos ficaram em
chamas. Ela era linda, quase uma imagem espelhada.
Eu a observei caminhando com seu companheiro, e
isso despertou em mim uma emoção que estava adormecida
há muito tempo.
— Ela se parece... com a mãe.

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⏰ Última atualização: Nov 14, 2021 ⏰

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