Capítulo 12 - LOUIS TOMLINSON'S POV

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Quando acordei naquela manhã de segunda feira, depois de um fim de semana bem atribulado que terminou inclusive com um incêndio na minha cozinha, todos esses detalhes que poderiam me causar dor de cabeça, sumiram com o perfume dele que estava por toda parte daquela cama, inclusive em mim.

Era um aroma de baunilha com algo cítrico que me fez imediatamente relembrar dos ótimos momentos que dividimos na noite passada. Me fez relembrar dos seus longos cabelos, tocando em meu rosto enquanto ele estava por cima de mim naquela dança de corpos e sensações na qual mergulhamos, entre aqueles lençóis, na noite passada. Lençóis esses que agora cobriam meu corpo nu. 

Com isso, esperava virar na cama e encontrar o corpo de Harry também nu, coberto apenas por aqueles lençóis enquanto ele me presenteava com aquele sorriso adorável com covinhas e dentinhos de coelho que me encantou desde a primeira vez que eu vi, porém ele não estava lá. Seu lado estava vazio. Confesso que fiquei um pouco decepcionado, mas logo me atentei para o bilhete que tinha na mesinha do meu lado da cama e quando peguei, lá estava a explicação que acalmou meu coração. 

"Hey, Doutor Tomlinson! Bom dia. Queria ter podido acordar ao seu lado para agradecer a ótima noite que tivemos, mas minha mãe me telefonou cedo. Ela precisava de mim na floricultura. De todo jeito, ainda consegui preparar um café e comprar umas coisas na padaria aqui perto. Está tudo na cozinha, fique a vontade, mas por favor, não tente cozinhar nada pelo bem da atmosfera que não aguenta mais a fumaça dos seus incêndios em cozinhas… Brincadeira! Não faz esse biquinho emburrado e revira os olhos pra mim, mocinho…" 

Fiquei assustado, pois era exatamente essa expressão que eu estava fazendo. Como podia parecer que eu e Harry nos conhecemos a tanto tempo se não faz nem uma semana que vi ele pela primeira vez? Acho que de todos os mistérios rondando Harry, esse era o maior para mim. Mas bem, continuando…

"Enfim, imagino que você tenha aula para dá hoje, então, tomei a liberdade de trazer Clifford para a floricultura comigo. Não se preocupe, eu sei que sou desastrado às vezes, mas eu vou cuidar muito bem do Cliff. Eu e ele somos curly, nós nos entendemos. E é isso! Fique a vontade. Espero que não fuja ou esteja se sentindo mal por ontem. Eu não sei porquê você se sentiria mal, mas é minha mente insegura falando. De todo modo, aconteça o que acontecer, podemos resolver com uma boa conversa mais tarde. Beijos! Tenha um ótimo dia, sunflower." - H. 

Quando acabei de ler, só então percebi que estava sorrindo feito um bobo para aquele bilhete e foi nesse momento que aparentemente caiu a ficha de tudo que tinha acontecido nos últimos quatro dias. A forma maluca que Harry entrou na minha vida, me seguiu até em casa, sabia meu nome, o nome do meu cachorro e mesmo assim eu não apenas tinha deixado ele entrar na minha vida mesmo sabendo que toda a explicação dele sobre tudo era uma grande mentira, mas também tinha dormido com ele. Como tudo aquilo foi acontecer? Por que me deixei levar pelos meus instintos de uma forma tão intensa? Ou melhor, que instintos eram aqueles? Por que eu sentia aquela confiança por Harry mesmo depois de tudo que ele já aprontou?

Enfim, muitas perguntas vindo ao mesmo tempo na minha mente, principalmente para um pobre professor que mal tinha acordado numa segunda feira e já ia ter que correr para não se atrasar para a aula. Assim, calei um pouco meu surto e comecei a focar em me arrumar, tomar café e sair para a faculdade o mais rápido possível. Por sorte, mesmo não tendo mais minha casa por enquanto, eu ainda tinha meu carro e o apartamento de Harry também não ficava tão longe da faculdade. Então, logo cheguei no campus e fui correndo direto para a sala de aula. Por ironia do destino, a mesma sala na qual vi Harry pela primeira vez o que com certeza não contribuiu para todos aqueles surtos sobre eu e Harry continuarem rondando minha mente durante toda a aula.

Na hora do almoço, resolvi contatar Liam, o bombeiro chato da noite passada para resolvermos logo sobre a reforma que precisava ser feita na minha casa. Por sorte ele logo respondeu e marcamos de nos encontrar naquele momento em um restaurante ali perto. Quando eu estava no carro, dirigindo até o restaurante, recebi uma ligação de Harry e por mais que naquele momento, tudo estivesse confuso na minha mente, eu não me aguentei, imaginei logo ele sorrindo enquanto estava esperando eu atender e foi impossível me conter, eu nunca poderia ousar desfazer aquele sorriso. Então, atendi, colocando no viva voz para não me atrapalhar na direção. 

De Repente Apenas HarryOnde histórias criam vida. Descubra agora