Enemies... or not

━━ Sete;

━━ PARIS FICOU SURPRESA por Chat Noir ser o responsável por destruir o akuma naquele dia. Ninguém imaginava que em algum momento o loiro faria aquilo, mas a atitude do Noir deixou todos surpresos, além de felizes.

Incluindo Ladybug.

Marinette, quando finalmente pode se transformar para purificar o akuma, ficou contente em descobrir que Adrien havia sido o principal responsável por derrotar o vilão com uma pequena ajuda de Rena Rouge e Carapace.

Então, quando finalmente purificou a borboleta, ela pediu em segredo que Alya e Nino fossem até Emma. Ela queria conversar com Adrien a sós. Ele merecia ao menos algumas palavras gentis por ter ajudado os heróis daquela vez.

Aproximou-se dele, que estava apoiado em uma das grades da Torre Eiffel. Tocando o braço do loiro, teve a total atenção do Agreste para si.

— Agiu bem hoje.

Ela murmurou de uma forma muito política e educada. Adrien soltou uma risadinha.

— Eu não seria injusto com você.

— Eu sei que seria caso não soubesse que eu fosse a Ladybug. — Ela se encostou ali, olhou-o. — Mas eu estou feliz que você.... ao menos ainda se importa com nós. Você poderia....

— Sim. — Adrien suspirou. — Eu poderia ter pego os seus Miraculous, mas....

— Mas não pegou.

— Exatamente. — Ele desviou o olhar. Ela soube que ele estava pensativo. Colocou a mão sobre o ombro dele.

Com a ponta dos dedos, logo conseguiu que as mãos chegassem ao rosto do loiro. Virou-o, sorrindo de uma maneira até mesmo bobinha.

— Gatinho.... — O apelido pareceu deixar Adrien surpreso. Ela quase riu. — O que tanto está pensando?

— Em nada muito importante.

Ele mentiu. Na verdade estava pensando no quão bom foi a sensação de ver os habitantes de Paris o olhando como se ele fosse mesmo um herói e não tendo medo por ele ser um vilão. Certo, alguns ainda pareciam desconfiados e ele realmente não os culpava, mas....

Aquilo o fez sentir uma sensação tão boa....

— Eu sei que não está sendo sincero, mas.... — Ela suspirou. — ....quando e se quiser conversar, eu estou aqui, tudo bem?

Adrien sorriu.

— Tudo bem. — Ele deu de ombros. — Podemos ir para casa, agora? Temos que passar nos seus pais, antes.

A Dupain-Cheng franziu o cenho.

— Por que?

Adrien deu de ombros.

— Emma está esperando uma surpresa. Eu disse isso para que ela pudesse acreditar em mim como Chat Noir.

Marinette riu. Ela achou fofa a atitude de Adrien ao ponto de realmente não sentir vontade de brigar por aquilo.

[....]

— Então ele me deixou em casa.

Emma usou todo o tempo do jantar para contar como Chat Noir havia sido uma boa pessoa ao deixá-la em casa e como Alya e Nino apareceram com rapidez ali e ficaram conversando com ela até Adrien e Marinette chegarem com um bolo inteiro de morango que Sabine e Tom prepararam para Emma.

A loira parecia animada, aquilo fez um brilho aparecer no olhar de Adrien. Um brilho que Marinette percebeu aumentar quando Emma disse que talvez Chat Noir não fosse um vilão de verdade. Um vilão não teria a tratado tão bem e ainda quebrado um vidro para deixá-la em segurança.

— E eu o avisei que você iria ficar muito brava por causa do vidro.

— Eu realmente ficaria se Ladybug não tivesse consertado. — O olhar da mestiça recaiu em Adrien por um momento. Ele desviou o olhar para soltar uma risadinha. — Mas.... fico feliz que ele te tratou bem. Ele teria que se entender comigo se fizesse o contrário e eu posso dizer que sou bem amedrontadora quando se trata de você.

— Concordo. — Adrien murmurou. Estava sentado em uma das banquetas ao lado de Emma e com o laptop em sua frente. Emma estava ainda distraída com um prato de bolo, assim como Marinette que também estava sentada do outro lado da loirinha. — Quando sua mãe engravidou, ela conseguia amedrontar fotógrafos para que não ficassem fotografando sempre. Lembra, amor?

Marinette soltou uma risadinha.

— Seu pai também não era tão calmo. Quando alguns oportunistas tentaram ficar acampados em frente do local onde morávamos na época, ele ameaçou processar todo mundo que ficasse na porta esperando para fazer fotos de quando eu fosse para a maternidade.

— Não que não quiséssemos que as pessoas soubessem sobre você. — Adrien murmurou. — É que.... queríamos privacidade. Você era pequena, ainda nem havia nascido e queríamos dar o direito de você se manter um pouco mais reservada.

— Eu sei. — Emma deu de ombros, comeu mais um pedaço do bolo. — Mas se um dia eu tiver um irmão, vocês vão ter que me aturar postando foto dele todo dia no meu Instagram.

Adrien e Marinette riram.

— Aham, certo mocinha. — Marinette levou um pedaço do bolo até a boca. — Não vai comer, Adrien?

— Estou esperando você me oferecer um pedaço.

A Dupain-Cheng soltou uma risadinha. Pegou um pedaço com o garfo e esticou o braço até conseguir colocar o bolo na boca do Agreste. Adrien soltou uma risadinha assim que comeu.

— Seus pais fazem bolos incríveis ainda. — O loiro se levantou. — Vou trocar de roupa e já volto. Acho que Emma merece uma maratona de filmes depois de se comportar tão bem hoje. O que acha, Mari?

Marinette assentiu.

— A gente vai arrumar a sala então. — A Dupain-Cheng se levantou. — Vamos, Emma?

A loira assentiu, sorridente e com algumas ideias.