━━ Seis;

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━━COMO DE COSTUME, todos os domingos eram passados em família

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━━COMO DE COSTUME, todos os domingos eram passados em família. Marinette, Adrien e Emma almoçavam na casa de Sabine e Tom e então passavam a tarde em um parque próximo ao condomínio em que viviam. Naquele domingo não foi diferente.

Enquanto Emma conversava com algumas crianças que conhecera a pouco, Adrien e Marinette estavam sentados lado a lado em um banco. De relance, se olhavam. Eles não sabiam muito o que dizer.

Desde que descobriram sobre a identidade secreta do outro, Marinette e Adrien ainda não haviam conversado direito sobre aquilo. Se provocavam? Sim, mas quando ficavam realmente sozinhos era como se não soubessem o que dizer.

— O dia está realmente bonito. — Adrien murmurou, parecendo querer puxar algum assunto. —Será que vai ter algum akuma hoje?

Marinette o olhou.

— Falando nisso, temos que falar a respeito de Emma. — Marinette suspirou. — Quer dizer.... não sabíamos desse lance de sermos heróis, vilão, enfim.... precisamos decidir o que vamos fazer quando formos brincar de lutinhas. Com quem vamos deixar ela? Não podemos mais deixar ela sozinha igual fazíamos.

Adrien suspirou. A esposa tinha razão.

— É.... você tem um bom ponto. Podemos deixar ela com seus pais e....

Um repentino alvoroço no meio do parque atraiu a atenção deles. Não foi necessário muito para eles perceberem que era um akuma. Marinette saiu correndo sem pensar duas vezes na direção onde Emma correra. Adrien foi atrás.

— Marinette, espera!

Ele tentou puxá-la, mas o akumatizado foi mais rápido. Um feixe de luz e Marinette ficou congelada, envolta por uma camada de gelo como o Capitão América quando foi encontrado no mar. Adrien não precisou de muito para saber que, certamente, era algum fã dos quadrinhos, principalmente pela roupa que usava.

— Adrien Agreste! — A akumatizada gritou e riu. — Preparado para ficar bem gelado?

O loiro bufou. Mais uma réplica dos poderes da Climatizadora. Hawk Moth estava ficando um pouco menos criativo.

Adrien não respondeu, correu e por sorte não foi pego pela akumatizada. Conseguiu se esconder em uma parte do parque e então respirou fundo. Plagg saiu repentinamente do bolso de sua calça.

— É.... que situação.

O kwami murmurou. Adrien massageou a testa.

— Realmente. — O loiro suspirou. — Mas agora eu preciso ir atrás da Emma. Plagg, me transforme!

Rapidamente, Adrien se transformou em Chat Noir. Começou a correr pelos arredores em busca de Emma. Antes de qualquer coisa, ele precisava deixá-la em segurança. Sentiu-se um tanto chateado por não conseguir fazer o mesmo com Marinette, mas daria um jeito de ajudá-la após deixar Emma segura.

Sabia que ela não o desculparia se algo acontecesse com a filha deles. Ele não se desculparia também.

Quando encontrou ela, a loira estava quase que encurralada pela akumatizada. Puxou-a pelo braço antes de voltar a correr. Emma se assustou, mas passou os braços ao redor do pescoço daquele que logo saltou com ela para uma árvore.

— Que-Quem.... — Ela arregalou os olhos ao ver quem a puxava em direção a saída do parque. — Chat Noir?!

Ele não soube se ela sentia medo, alívio ou surpresa. Adrien suspirou, segurando-a antes de puxar o bastão de metal das costas e estendê-lo. Por sorte, conseguiu tirá-la com segurança do parque. Quando percebeu, estava com Emma no prédio onde moravam. Agora ele tinha que saber onde deixá-la.

— Sim, eu mesmo. — Ele parou com ela na varanda do apartamento deles. — Preciso que.... você fique segura. Então.... fica no seu quarto e não saia de lá até seus pais aparecerem.

— Por que eu deveria seguir o que os vilões falam? Mamãe diz que devo seguir o que pessoas legais dizem e você não é legal.

Emma cruzou os braços. De alguma forma aquilo mexeu com Adrien. Ele ficou um tanto quanto sem saber o que dizer.

— Mas.... no momento eu sou a pessoa mais velha e responsável aqui então você deveria me ouvir principalmente porque foi sua mãe que falou para eu te trazer aqui.

A loira arregalou os olhos.

— Onde estão minha mãe e meu pai?

Chat Noir ficou sem saber realmente o que dizer.

— Eles.... eles estão vindo para cá.... — O loiro murmurou. — Com uma.... surpresa de bom comportamento caso você siga o que o tio Chat Noir disse.

— Hm, ainda não sei se devo confiar em você....

— Em....garota eu só quero te ajudar! — Ele resmungou. — Então, faz isso. Seus pais chegam já, já. Quer saber, eu vou te acompanhar. Vamos lá....

Adrien foi até a porta da sacada. Tentou abrir, mas estava trancada. Ótimo, ele pensou. Bufou, pegou o bastão e usou-o para quebrar o vidro, assim girando a chave que estava pelo lado de dentro da porta. Emma arregalou os olhos.

— Mamãe vai ficar muito brava.

Sim, Adrien sabia disso. Marinette iria reclamar por horas se aquela porta não voltasse ao normal.

— As joaninhas vão dar um jeito nisso, fica tranquila. — Ele empurrou a porta, deixando-a aberta para Emma. — Vamos lá, mocinha.

Emma o seguiu após fazer uma careta. Ele a levou até o quarto e fechou a porta. Voltou até a varanda e parou ali. Ficou um pouco pensativo enquanto pensava no que fazer.

Bem, ele não tinha muito o que fazer. Podia pegar os Miraculous da Ladybug e então tentar pegar os do Hawk Moth, mas ele realmente não podia trair a confiança da Marinette daquela forma. Se ele fosse pegar o Miraculous dela, pelo menos que fosse de uma forma mais justa.

Por isso ele suspirou.

Sua única opção era derrotar o akuma.

Enemies... or notOnde histórias criam vida. Descubra agora