28 | fight

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⚠️(+16) atenção: capítulo com conteúdo maduro!

Aidan estava encostado no carro dele. O garoto tinha as mãos na minha cintura, enquanto eu me encontrava no meio das suas pernas. Não nos beijávamos. Apenas nos olhávamos e ficávamos ali, perto um do outro.

- Você vai me levar pra outro lugar agora?

- Ao paraíso. - Ele diz, em uma pequena risada.

Não contestei. Entrei no carro de Aidan e o vi dirigir pelas ruas, agora quietas, da capital da Pensilvânia. Nem parecia que a horas atrás elas estavam agitadas e cheias de carros.

Em pelo menos quinze minutos chegamos no prédio. Aidan fez a mesma coisa que a outra vez, entregou as chaves para o chofer e subiu comigo o elevador até chegar a cobertura.

- Que porra é essa?

Foi o que eu falei ao ver o apartamento coberto de velas. Algumas aromáticas e outras coloridas, mas todas velas. Olhei para Aidan e ele só sorriu, chegando por trás de mim.

- Você merece essa noite, não acha? - Ele diz, com os lábios roçando a pele sensível do meu pescoço.

- O que você está aprontando, Aidan?

Impossível que ele responda, porque assim que me viro para ele, Gallagher ataca meus lábios como se estivesse com fome. Perco o fôlego, e só deixo ele me guiar para sei lá onde ele estava me levando.

O quarto era escuro, e quando chegamos lá, eu e ele já estávamos completamente nus. Como sempre (comecei a pensar que essa era a marca registrada dele), Aidan me deitou na cama calmamente, levanto suas mãos até o meio das minhas pernas e me provocando um calor intenso.

Suspirei pesado, afundando na cama abaixo de mim. Olhei para Gallagher e o vi duro. Levei minha mão para o seu pau e comecei a estímula-lo. Eu e ele, gemendo por conta do prazer que estávamos sentindo.

- Vamos logo, porra. - Eu reclamo, e escuto Aidan rir do meu desespero.

Ele entrou dentro de mim e um suspiro de prazer foi dado pelo garoto. Aidan começou a se movimentar, rápido, rápido demais até. Mas não reclamei, até porque estava gostando.

Aidan passou sua mão por baixo de mim e me segurou pela cintura. Com a outra mão, ele entrelaça a sua na minha, um pouco mais acima da minha cabeça. Nossos corpos estavam praticamente colados, e isso fez com que nos broxassemos diversas vezes.

- Puta que pariu. - Dessa vez quem fala é ele, e começa a se movimentar mais devagar. Quase morro de ansiedade.

- Você quer me matar, porra? - Reclamei.

Ele levou os lábios na direção do meu pescoço, deixando marcas bem visíveis lá. Não me importei se ficaria as marcas ou não, eu lidaria com isso depois. Agora, quero me concentrar em uma só coisa: ele.

Um suspiro pesado saiu dos lábios de Gallagher, e em resposta, apertei sua mão contra a minha. Ele desceu seus lábios em direção aos meus seios, os massageando e me fazendo, novamente, ir a loucura.

Ficamos calados o resto do tempo todo. Apenas a mão dele entrelaçada na minha, os beijos, os toques e a respiração. Senti os dedos de Gallagher viajaram por cada canto inexplorado do meu corpo. Lugares onde nem mesmo Caleb  tocou.

Senti o líquido dele entrando em mim, quente e rápido. Eu sabia que não tínhamos usado camisinha, mas vim preparada. Além de tomar anticoncepcional, trouxe a famosa pílula do dia seguinte.

Aidan caiu cansado ao meu lado. Os dois com corpo suado por conta da transa. Como sempre.

- Você quer comer alguma coisa? - Ele se virou pra mim e perguntou.

- Ainda não. - Respondi sem fôlego. - Mas eu ainda preciso de tempo.

- Para o que?

- Não consigo levantar. - Respondo. - Acho que as minhas pernas não funcionam ainda.

Ele dá uma risada. Daquelas gostosas de ouvir. Olhei para ele, que estava com o sorriso aberto e olhando pra mim.

- Tudo no seu tempo.

Aidan responde, vindo na minha direção e me dando um beijo. O corpo todo estava suado, e puta merda, aquilo era a coisa mais gostosa dele. Esse homem por inteiro era incrível, na verdade.

- Que horas vamos voltar amanhã? - Eu perguntei.

- De manhã. - Ele diz.

Aidan se levanta da cama, ainda nu, e sai pela porta do quarto. Não o vi o resto da noite toda.

[...]

De manhã, sai do quarto usando a camiseta dele. Eu ainda estava com um sorriso enorme nos lábios (confesso que eu esperava um lindo café da manhã ou algo do tipo, mas não achei Aidan em todo perímetro do apartamento).

Respirei fundo, indo em direção ao quarto onde dormimos ontem a noite. Eu não iria passar por isso de novo, eu não deixaria eu passar por isso de novo.

Vesti a minha primeira roupa que eu vi e peguei a mochila, andando pelo corredor da cobertura em direção ao elevador.

Puta que pariu, eu não acredito que isso aconteceu. Não acredito que isso aconteceu de novo, e que eu deixei que isso acontecesse. Sai do elevador e fui em direção a porta do hotel, não ligando pra ninguém que queria falar comigo.

Sai pela porta automática do prédio do pai de Aidan. De longe, vi Gallagher andando em direção ao prédio. Me enchi de raiva assim que vi ele.

Na calçada do prédio, estendi a mão chamando um táxi. Não estava muito longe, e foi o tempo suficiente para que Aidan conseguisse chegar perto de mim.

- O que você está fazendo? - Eu escutei a voz dele, cansada pois ele estava correndo.

- Indo pra rodoviária. - Eu digo. Aidan trava o maxilar e fecha a minha porta com força antes mesmo que eu conseguisse entrar no táxi.

- Pra que, porra? - Ele diz - Eu falei para você que eu iria te levar.

- Você foi embora, Gallagher. - Digo, a raiva transparecendo em meu corpo. - Me deixou sozinha naquele apartamento e noite toda. Pela terceira vez.

- sn...

- Você saiu sem dar desculpas... - Digo. Eu estava com raiva. Ódio. Queria matar Aidan ali mesmo, mas ainda continuei apoiada na porta do táxi. - Quando que vamos falar disso, hein? - Digo. - Você sempre vai embora, deixando as coisas mais difíceis ainda. Aidan, você nunca aprende.

- Se você me deixasse explicar...

- Explicar o que porra? - Pergunto. - Nossa relação tóxica pra caralho? Ou o fato de que você ir embora naquela que seria a noite mais perfeita da minha vida, segundo você?

Aidan não responde nada. Ele ficava plantado em pé na minha frente, e de raiva, entro no táxi e fecho a porta que nos separava.

- É, foi o que eu pensei.

Essa foi a última coisa que eu disse pra ele. Em seguida, o taxista arrancou o carro e dirigiu até a rodoviária da cidade. O meu erro, foi achar que aquilo tinha sido o final de tudo.

𝟱𝟬𝟱 ✗ aidan gallagher (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora