📍Penn State, Pensilvânia
O ônibus chegou em Penn State na hora do almoço. Desci do mesmo, e pedi um Uber até a entrada do campus. De lá, fui caminhando até o ponto de ônibus onde Noah disse que iria me buscar.
Vi o carro dele de longe, e já me preparei para entrar. O moreno sorriu e me deu um beijo na bochecha assim que eu entrei no carro.
- Segredo de Estado? - ele pergunta em relação ao que eu estava fazendo horas atrás. Faço que sim com a cabeça e ele suspira.
- Segredo de Estado. - respondo, forçando os olhos por conta da claridade. Viro meu rosto para a direção dele e decido falar: - Eu estava com o Aidan.
- Eu imaginei. - Noah responde, usando só uma mão no volante e a outra encostada na sua perna. - Não achei ele no dormitório.
- E a Millie? não sentiu falta de mim?
- Ela estava ocupada demais ajudando a banda pro show da semana que vem.
- Ah, mais uma coisa... Decidi durante a minha viagem de volta, que eu não iria ao show da Scorpio. - Suspirei pesado, olhando para Noah ressentida. Eu recebi o mesmo olhar de volta, como se ele entendesse o que se passava na minha cabeça.
Você quer que eu avise para a Millie? - ele pergunta, virando o volante para a direita.
- Não. - respondo. - Eu digo para ela.
Noah parou na porta do meu alojamento. Com um sorriso fraco, me despedi do mais velho e sai do carro.
Peguei as chaves da porta em mãos e abri o portão, e quando estava prestes a entrar, ele gritou:
- Se cuida, e me liga se precisar.
Dou um aceno de despedida para ele, que sai cantando pneu. Subo as escadas rapidamente e nem me atrevo a olhar para a porta de frente a minha.
Meu apartamento estava arrumado, surpreendentemente. E quando eu já estava dentro da banheira, com sais e água quente, decidi ligar para Millie, avisando que eu não iria mais ajudar no show.
- Oi sn. - ela ri - Que estranho, você nunca me liga.
- Eu não vou conseguir ir ao show, Millie. - Respondo. A linha fica totalmente silenciosa.
- Aconteceu alguma coisa? - ela se preocupa. - Tudo bem, você não precisa se preocupar.
- Eu estou bem. - agradeço. - E obrigada pela preocupação.
Desligo a chamada depois de nós duas nos despedirmos. Mergulhei na banheira, achando que assim seria mais fácil esquecer o que aconteceu nesse final de semana.
Eu queria esquecer dele.
Esquecer de vez.Mas eu não conseguia.
[...]
- Você está pronta? - Caleb pergunta para mim. Eu estava sentada no sofá do alojamento dele, observando toda a movimentação de jogadores de basquete.
- Eu vou seguindo o ônibus de vocês com o carro. - respondi. Caleb sorri, e me entrega as chaves da SUV dele.
Descemos as escadas todos juntos, tomando o corredor só para nós.
Como o carro de Mclaughlin era grande (grande o suficiente para caber metade da sua fraternidade ali), conseguimos ir até a quadra de esportes sem fazer mais de uma viagem.O ônibus amarelado já estava à espera deles, e quando vi, Caleb estava me beijando na frente do time todo, se despedindo de mim por quatro horas.
A viagem em si foi rápida. Por algum milagre divino, o trânsito não estava pesado e conseguimos chegar todos em um horário bom. Recebi um crachá escrito "Staff" assim que pisamos no ginásio esportivo.
Eu usava um moletom preto e calças jeans. Era inverno e já fazia frio essa hora do dia (quatro horas da tarde de uma sexta-feira).
A quadra estava lotada, tanto de torcedores de Penn State como do time adversário. Me sentei atrás do banco de reservas do time da minha faculdade, esperando a hora que eles entrariam e começariam a jogar.
Os amigos de Caleb entraram e eu gritei de um por um. Ele foi o último, entrando com uma camisa extra em mãos. Achava que ele iria colocá-la no lugar da outra, mas em vez disso, a jogou para mim e mandou um beijo no ar.
Ouvi a plateia ir a loucura, e em seguida, coloquei a camisa de número 25 em cima do meu moletom preto.
Caleb estava arrasando, fazendo mais pontos do que eu achava que ele poderia fazer. No final do primeiro quarto, a diferença era só de dois ponto da gente pro time adversário.
- Você é o que, namorada dele?
Me assustei com a voz ao meu lado. Era um cara mais velho, usando terno e um crachá de Staff também. Presumi que aquele era o técnico da faculdade.
- Não. - respondo.
- Ele melhorou bastante depois de você. - ele diz, apontando para o corredor. Me levantei do banco e comecei a acompanha-lo. - E isso fez muito bem pro time. Então, obrigado.
O homem entrou por uma porta preta, na parede ao contrária onde estávamnos. Um suspiro alto saiu por entre meus lábios e eu segui devagar para onde eu estava sentada.
O segundo e terceiro quarto foi decisivo. O jogo sempre mudava de liderança, e nessa altura do campeonato, eu não conseguia nem ficar sentada onde eu estava.
- Isso, vamos! - Gritei, e vi Caleb piscar para mim. A lembrança da primeira vez que nos vimos veio até a minha cabeça, e quando eu vi, já estava sorrindo.
O jogo acabou um quarto depois.
Ganhamos por um ponto de diferença. 123 a 122. Mídia, imprensa, fotógrafos, e outras mil e uma coisas aconteceram em menos de um minuto. Continuei sentada onde eu estava, não prestando atenção em nada importante.- sn, vem aqui!
Caleb me chama do meio da quadra. O local ainda estava cheio de torcedores e do time, e foi exatamente por isso que eu andei timidamente até onde ele estava.
Mas de repente Caleb me teve em seus braços e o mundo parou. Seus lábios se encostaram no meu em o que parecia ser uma música clássica. Eu ouvi a plateia vibrar atrás de mim, e quando vi, eu já não estava com vergonha alguma.
- Ela, amigos. - ele diz em um sorriso. - Se ganhamos esse jogo de hoje, foi por causa dela. Meu amuleto da sorte.
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𝟱𝟬𝟱 ✗ aidan gallagher (hiatus)
Fanfiction손 ˖ ✹ ࣪˖ ❛ 𝟱𝟬𝟱 𔘓 🎸 ◗ 𔘓 𖥻 𝖺𝗂𝖽𝖺𝗇 𝗀𝖺𝗅𝗅𝖺𝗀𝗁𝖾𝗋 𝖿𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼𝗍𝗂𝗈𝗇❕𓂃 ࣪˖ 𖦹 𐄪 ❝ Ficando longe do quarto 505, você não se apaixona pelo guitarrista da banda. ❞ Foi a primeira coisa que falaram para sn assim q...