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Me sinto suja.
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Enquanto você me manda mensagem, eu recebo outra do seu amigo. Me divirto com a situação inesperada. Principalmente porque os dois me atraem.
Não é como se isso fosse culpa minha. Nunca dei motivos para tais elogios e insinuações. Mas já que eles se sentem a vontade para compartilhar seus desejos, aproveito a diversão.
Nunca digo o que realmente quero para eles. Até porque, eu não quero nada. Mas, por que não aproveitar um pouco?
Eles sabem bem o que penso, sempre disse desde o início. Se acham que ao passar do tempo algo mudou, então a culpa é somente deles. Não minha.
Enquanto um é fofo dizendo: você me daria um selinho? O outro é mais atrevido: Se quiser vir aqui em casa para a gente assistir juntos, me avise.
Mas não, nenhum deles é quem eu realmente quero. Eles são doces, atraentes e seriam bons amantes. Mas eu sou um pássaro livre, e amarras não são de minha natureza.
O vento é o que eu quero. Quando ele se acalma, eu me despeço.
Aventura é o que o meu interior anseia. Quando ela termina, procuro outro livro para ler.
O frio no estômago é o que eu desejo. Se ele não vem ou já se foi, preciso ir embora.
Paixão momentânea, é ela quem eu realmente preciso. Porque sempre está lá quando eu necessito do seu amor passageiro.
