Morra!

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Morra!

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Intensa pressão,
amotoando as minhas inseguranças em um enorme caixão.
Para suportar tudo,
deleto as palavras inflamáveis direcionadas a mim desnecessariamente.
As quais carregam o intuito de ferir e destruir tudo o que demorei a construir.

Mas é irremediável.
Morra!
Elas são como fogo.
Queime!
Parece quê falam como respiram e não sentem o pesar no meu peito.
Desapareça!
Mas é assim, palavras são de graça.
Infelizmente, vidas também não custam trilhões para serem tiradas.
Não para nós.

Imagine quê,
indiretamente,
uma única palavra sua pode causar a morte de alguém.
Quanto vale isso para você?

As vezes até eu faço com quê doa,
pois me pego repetindo-as para mim.
Nojento!
Você já chegou ao ponto de acreditar no quê falam?
Como pode ser assim?
É esquisito sentir como se você tivesse culpa,
quando não deveria tê-la.
Você deveria morrer!

É como dizem:
Quantas pessoas tiram a sua vida apenas por malditas palavras?
E eu te pergunto, quantas são e qual o seu valor?
Infinitas e porra nenhuma!

Encharcada de memórias,
até o pescoço e narinas,
eu me sinto sufocada e observo a realidade entrando pelas brechas estreitas de mim.
Intensamente fatal e belamente surreal,
essa sensação de paz e terror carrega uma magia tão complexa e inexplicável que nem percebo a falta de ar e vida.

Porca!
Existem formas mais dolorosas de matar.
Imundo!
E não é preciso de arma para isso.
Pecadora!
Até porque dentro de nós,
existem pequenas armas fatais.
Aberração!
As quais todos os dias são usadas para nos punir.
Morra!
Seja por nós,
ou pelos outros.

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Aquelas Pessoas E Suas (Malditas) PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora