Eu sou Lilith

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(...)

Eu sou Lilith.

. . . . . . . . .

É estranho essa sua forma de amar.
Mas aí,
eu parei para pensar quê a culpa não é nossa.
Deve ser o destino que cria toda essa história.

Mas a culpa é sua,
de toda a birra,
de toda a insistência,
de toda a história de que não posso ir,
quê você precisa de mim,
quê você não tem uma vida sem mim aqui,
no nosso jardim.

Você não passa de um monstro,
um possessivo e controlador monstro humano,
fazendo de tudo para quê eu seja só sua.
Sem respirar,
sem falar e sem pensar,
apenas sua.

Me disse quê só existo por sua causa.
Assim como Eva só existe por causa de Adão.
Mas te digo quê eu sou lilith,
me libero de toda a sua falta de noção.

Eu fui feita igual a te,
não tem o porquê ser melhor que a mim.

Talvez esse seja o propósito de tudo,
fazê-las enxergar que já são inteiras,
que o seu caminho é você quem trilha,
que a sua natureza é ser mulher,
não submissa.
e isso,
se quiser.

Eu sou livre para escolher a quem amar.
E no início de tudo,
como só existia eu e você,
eu preferi ficar sozinha,
porque no final de tudo,
a escolha ainda é somente minha.

. . . . . . . . .

Aquelas Pessoas E Suas (Malditas) PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora