Pesadelo

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Isabella... Hehe....

A mulher estava completamente perturbada com seus pesadelos constantes. Em seu último, seu filho estava completamente desfigurado e acorrentado. Ela tentava o salvar, mas sempre que chegava perto da criança ela era lançada para longe.
Ela continuava tentando queda após queda, mas a cada vez que ela era arremessada ouvia uma risada medonha que ficava cada vez mais alta...
Essa voz sussurrava seu nome, era um sussurro malicioso e demoníaco.
Dessa vez, a mesma conseguiu ver uma criatura estupidamente alta, colorida e de nariz pontiagudo. Parecia ser um palhaço e possuía um jeito infantil... Mas a medida que ele se aproximava, suas cores iam derretendo e a risada que antes parecia distante, agora estava fazendo seus ouvidos sangrarem de tão alta.

O palhaço já sem cor agora estava parado olhando para ela com um sorriso sujo e debochado. E então, ele se vira em direção a criança acorrentada e chorando.

A mãe entra em desespero.

Ela tenta se jogar em direção ao seu filho para o defender daquela criatura monstruosa, mas é em vão. Novamente ela é lançada na direção oposta, é como se houvesse uma barreira ali. Tudo o que a mesma pode fazer é assistir àquela cena de um show macabro de horrores.

O palhaço preto e branco se abaixa e olha para a criança por um tempo, mas logo ele agarra seu rosto com violência e usa sua unha pontuda e afiada para cortar a face da pobre criança.

Isabella observava seu filho sendo torturado e ouvia seus gritos em agonia e sofrimento, mas não podia fazer mais nada. Ela continuava se jogando em direção a barreira mesmo sabendo que era inútil.

O rosto do seu menino que antes era angelical e delicado, agora havia sido grotescamente arrancado e lá só havia carne e sangue. O garoto gritava cada vez mais alto em desespero:

Mamãe! Mamãe! Socorro!

Mas ninguém veio.
A mamãe dele não podia fazer nada a não ser observar em desespero e profundo sofrimento.

O palhaço então coloca a pele da face do menino em seu próprio rosto, se transformando no garoto.

O "filho" de Isabella caminha em direção a ela. A mulher já estava completamente sem forças, não sabia como reagir, estava paralisada pelo terror e pela brutalidade que havia acabado de presenciar. Aquele ser era a personificação de todas as coisas horríveis que ja existiram.

O garoto então a tocou em sua face, passando a mão suavemente como em uma carícia.

Agora está tudo bem, mamãe. Vamos para casa.

A mulher então acorda, ela suava frio, mas sabia exatamente o que fazer.
Isabella correu em direção à cozinha e pegou duas facas, correu em direção ao quarto de seu filho que antes dormia tranquilamente, mas acordara com a brutalidade que sua mãe havia aberto a porta.

Mamãe? Está tudo bem?

A mulher então avança naquele monstro, o esfaqueando diversas vezes.

Aquele ser antes com os olhos cheio de vida, agora estava com os olhos cheios de sangue. Sua barriga havia sido brutalmente aberta, deixando alguns órgãos a mostra.

A mulher agora estava aliviada.

O monstro se foi, os pesadelos constantes acabaram, estamos livres.

Querido? Onde você está? Pode aparecer, a mamãe se livrou do monstro malvado.

De dentro do armário então sai uma criança, essa criança a aparência de seu filho, mas possuía os olhos vermelhos escarlate.

Mamãe, me abrace.

Ela o agarrou, o abraçando fortemente, como se estivesse com medo de ele simplesmente evaporar. Isabella então fecha seus olhos, aliviada, tudo havia acabado.

Então, pôde ouvir os sons das sirenes.
A mulher sentiu a pele de suas costas sendo rasgado por algo que pareciam garras. Ao abrir os olhos, sua suposta criança havia sumido. Tudo o que havia sobrado naquele quarto ensanguentado era seu filho morto e uma gargalhada demoníaca.

Louca
Louca
Enlouquecida
Furiosa
Confusa.

Os vizinhos haviam escutado gritos de criança, ficaram assustados e chamaram a polícia.

Isabella os alertou sobre um palhaço preto e branco.

Ele matou minha criança, não eu.

Riram dela e a internaram, ela era louca segundo eles. Talvez eles não estivessem tão errados assim.
Até hoje, dentro de uma sala completamente branca e usando uma camisa de forças, Isabella ouvia aquela risada.

Ela ouvia aquela risada todas as noites, tinha pesadelos dela mesma matando seu próprio filho todas as noites e sentia uma ardência insuportável em suas costas.

Ninguém conseguia explicar o porquê de ela amanhecer todos os dias com suas costas arranhadas e banhadas de sangue, eles suporam que de alguma forma ela havia conseguido se cortar... Mas Isabella sabia a verdade.

Ela sabia a sombria verdade, pois ela era a única quem conseguia ouvir aquela risada demoníaca que a atormentou até os últimos dias de sua enlouquecida vida.

Um dia, Isabella amanheceu morta. Sua barriga havia sido aberta e dentro de seu estômago exposto, haviam variados doces.

Curtas CreepypastasOnde histórias criam vida. Descubra agora