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A Aposta — Capítulo 17 — capítulo 18

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Hatsu não acreditava que já estava em seu quarto mês de gravidez e em como o tempo havia passado rápido. Ele pensou que seria o mês mais longo de sua vida depois das recomendações de Totsou, que culminou em um corte de meio período de expediente de trabalho, ordens de Hokuro, entretanto, ele não estava preocupado, pois sabia que Campbell era capaz de cuidar muito bem de tudo sozinho, mas mesmo assim era chato voltar para casa na hora do almoço e passar o restante do dia deitado em sua cama ou sentado pelos cantos da casa, sendo mimado por Hysteria que o paparicava e alimentava de duas em duas horas.

Querido... Trouxe chá e bolinhos para você. – Falou Hysteria, entrando no quarto. – Não quero sua avó falando que não cuidamos bem de você.
Hatsu, que estava deitando vendo televisão, ergueu-se franzindo o cenho, não estava com fome, porém o chá parecia uma boa pedida.
– E eu não quero engordar mais do que já estou, por isso vou recusar os bolinhos, mas aceito o chá. – Falou Hatsu passando a mão pela volumosa barriga. - Acho que as minhas cinco refeições por dia estão ótimas, Hysteria, por favor, não traga comida para mim de duas em duas horas.
– Mas querido... Você não está gordo! Está lindo. – Falou Hysteria.
– Eu concordo. – Ditou Hokuro entrado no quarto. – Está lindo, Hatsu, quase tão lindo quanto Hysteria ficou quando estava grávida, mas quanto à questão da comida eu concordo com Hatsu, querida, comida em excesso não vai fazer bem.
– Com certeza. - Sorriu o ruivo agradecido ao homem moreno.
– E, Hatsu, acho melhor vocês descerem um pouco, pois vamos fazer a maior bagunça aqui em cima. – Ordenou Hokuro. - As obras nos quartos de hospedes ao lado que virão a ser o quarto dos bebês vai começar.
– O quarto dos bebês? Eu posso ver e... Opinar?
– Não, ver a obra não pode, mas não se preocupe, não vamos montar o quarto apenas expandir, colocar uma porta de ligação com o quarto de vocês e pintar, a parte de decorar, escolher os móveis e tudo mais deixo com vocês papais, sei que querem fazer isso.
Hatsu concordou, sendo ajudado a ser erguer da cama por Hysteria, ficando surpreso quando ao descer acompanhando da mesma viu vários pessoas subindo para o segundo andar.
– Nossa! De onde saiu tanta gente? Vai caber todo mundo naquele quarto?
– São nossos empregados, nossa “família” quase toda. Você não os conhece, pois apenas os cinco mais fiéis e confiáveis trabalham dentro de casa mais temos muitas pessoas na nossa família, algo em torno de cinquenta pessoas e todos eles se ofereceram para ajudar na obra do quarto, que deve ficar pronto hoje mesmo.
Hatsu fiou surpreso, mas não falou nada enquanto tentava não pensar no que aquilo significava. Seriam todos esses cinquenta membros assassinos? Logo, ele não pôde nem sequer cogitar a possibilidade quanto Hokuro entrou na sala, estendendo um catalogo a ele.
– O que é isso? – Perguntou o ruivo curioso.
– Cor de tinta para as paredes. – Respondeu Hokuro. – Escolha uma.
– Mas são todos azuis. – Reclamou Hatsu.
– Sim azuis, mas em tons diferentes. Qual prefere? – Esclareceu o homem.
– Mas e se forem meninas? – Questionou o Ominaga.
– São meninos. – Falou Hokuro com certeza em suas palavras.
Hatsu riu incrédulo, olhando Hysteria que deu de ombros e cochichou em seu ouvido que Hokuro adivinhou nas suas duas gestações o sexo das crianças, mas mesmo que o pai de Dante estivesse certo novamente sobre o sexo dos seus filhos para Hatsu aquilo era o de menos, a única coisa que ele queria era que seus filhos fossem saudáveis e futuramente felizes.
– Esse, então. – Falou Hatsu, apontando um azul clarinho, por um momento ele pensou em escolher um tom mais escuro, quase da cor dos olhos de Dante, porém mudou de ideia, os filhos não precisavam ter o quarto com a cor dos olhos do pai, pois Dante seria presente na vida deles mesmo que não estivesse sendo tão presente agora. O moreno estava trabalhando demais, tanto em suas “missões” de família quanto em seus negócios pela cidade e tudo por causa de Hysteria, que havia descoberto a proibição de Totsou sobre sexo e resolveu afastar o filho de Hatsu um pouco. O ruivo aprovou, contudo, nunca pensou que sentiria tanta falta assim do outro. Prova disso era que só conseguia dormir quando Dante chegava e deitava ao seu lado, envolvendo seu corpo com os braços e sussurrando o quanto o amava, logo caindo no sono exausto enquanto ele finalmente podia adormecer, embalando pela respiração ritmada de Dante a qual ele tinha aprendido a conviver e gostar.

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