Meu primeiro dia de trabalho foi entediante, pra piorar eu ainda estava naquela de ignorar Scarlett. Acordei bem cedo, tomei meu café e saí para trabalhar.
-Olá, Eliza. Bom dia.- Disse ao passar pela recepção.
-Bom dia.- Ela disse sorrindo.
Pensei em puxar assunto, mas não quis me atrasar no primeiro dia do meu emprego novo. Fui direto para o estacionamento, peguei meu carro e dirigi sem demora para o trabalho.
Assim que cheguei no banco fui falar com minha chefe para saber o que deveria fazer. Fiquei esperando na recepção até que ela chegou para me cumprimentar.
-Bom dia, Srta...- Ela pausou sua fala pois não sabia meu nome.
-Lane Morris, senhora.- Fiquei de pé em um pulo e estendi minha mão para cumprimentá-la.
-Seja bem-vinda, Srta. Morris.- Ela apertou minha mão.
-Obrigada.- Sorri e esperei que ela me designasse uma primeira tarefa.
-Você pode começar organizando as gavetas com as fichas dos nossos clientes.
Ela me levou até uma sala onde haviam inúmeros armários e mais de trezentas gavetas. Tentei segurar meu ar de desespero ao ver aquilo. Pus minha mochilas em um sofá. Assim que ela saiu eu respirei fundo e murmurei:
-É sério isso?!
Só de olhar ao meu redor eu ficava exausta.
O lado bom disso tudo foi que passei o dia inteiro com algo para me concentrar, ou seja, minha mente estava ocupada, eu não havia pensado em Scarlett... Até aquele momento.
Meu horário do intervalo chegou e eu fui almoçar.
Enquanto comia fiquei pensando se eu voltaria a vê-la logo, meu plano era continuar a ignorando na esperança de que ela fosse me procurar dizendo que me amava e que sentiu falta da minha companhia e queria casar e ter filhos comigo...
No fundo eu sabia que era uma coisa impossível de acontecer, caí nas armadilhas da minha mente e acabei ficando depressiva.
Ao fim do meu expediente sai sem demora. Fui pra casa, dirigi velozmente até chegar lá. Subi pela garagem mesmo, nem Eliza eu quis ver.
Entrei em meu apartamento, tomei um banho quente chorando e depois alguns comprimidos para dormir.
Duas semanas... Foi o tempo necessário pra arrumar toda aquela bagunça no trabalho. Quem trabalhava lá antes de mim era um incompetente, não havia uma ficha sequer no lugar. Mas neste curto período de tempo eu me sentia feliz, não via a hora de voltar ao trabalho. Ele me ajudou muito a não piorar meu estado, eu estava enlouquecendo por causa... Dela.
Ela não ligou, não mandou mensagem, nenhum sinal de vida da parte dela. Eu queria ela, mas não iria mais corre atrás para ser ignorada. Apesar de já saber que ela não me procuraria, acabei ficando mais triste.
Em uma sexta-feira comum eu cheguei do trabalho e fiz a mesma rotina semanal que eu acabara de adquirir desde o meu primeiro dia de trabalho.
Fui até o armário da cozinha procurar meus calmantes para dormir e me irritei ao ver que haviam acabado.
-Droga!- Disse alto às paredes.
Me joguei no sofá e liguei a TV. Não havia nada que não me fizesse infeliz nos vários canais da minha TV à cabo. Finalmente achei uma série de super-heróis, comédias românticas me davam enjôo. Acabei cochilando alí mesmo e acordei sentindo meu celular vibrar em cima do meu estômago.
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Vinte Noites com Scarlett
RomancePLÁGIO É CRIME! (Art. 184 - Código Penal) CONTÉM CONTEÚDO ADULTO [+18] (Cenas de sexo explícito; Linguagem imprópria) Uma obra de Nicolas Sousa e Beatriz Lourenço. Vinte Noites conta a história da jovem Lane Morris que por consequência da convivênci...