Apaixonante.

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LIZ ON

     Subir naquele palco foi muito difícil pra mim, eram muitas luzes, e, com certeza  muitas pessoas a minha espera. De fato, tudo muito intimidador. Porém, reuni toda minha coragem e subi, a plateia explodiu em aplausos, eu apenas me curvei meio sem jeito enquanto Hanna tomava a palavra.

— Sim, sim ela merece tudo. – Falava fazendo gestos com as mãos para que as pessoas me dessem a palavra, coisa que eu não fazia muito questão que acontecesse. Depois de quase um minuto  de aplauso, que para mim, parecera mais  de uma  hora,  finalmente pude falar.

— Olá, obrigada Hanna por essa gentil apresentação, porém não sei se sou digna de tanto.- Digo respirando profundamente.

— Para mim, estar na frente de vocês hoje foi um passo muito importante de autocura e eu agradeço a oportunidade.  Espero que todos possamos passar um dia agradável juntos. – Completo ofegante e sentindo meu coração na boca. Hanna então toma a palavra mais um vez.

— A honra é  toda nossa. Bom, vamos começar com as perguntas.

    Vejo várias mãos erguidas no ar e Hanna aponta para um senhor na primeira  fila.

— Sou Jung min suk é um prazer conhece-la finalmente. - Diz o homem de meia idade e continuou. — Minha pergunta é, tudo no livro é  verídico?

     Respiro fundo antes de responder e finalmente digo.

— Cada palavra, cada sensação e cada sentimento descritos ali, são reais. Me atormentaram por muitos anos, na realidade alguns ainda atormentam.

NAMJOON ON

     Linda, ela estava linda, porém eu vi a apreensão  em seus olhos, com certeza aquela não era uma situação  normal em seu cotidiano. Finalmente  ela começava a responder algumas perguntas, seriam poucas pelo cronograma. Senti meu estômago revirar logo na primeira resposta, lembrei da passagem do livro na qual parei, estremeci. Ela responde a mais duas perguntas um pouco mais descontraídas  que a primeira, o que fez com que o clima ali ficasse leve. Então vejo uma senhora na fileira da frente se levantar, sua pergunta me fez ter nojo.

—  Sou Cornélia Smith minha pergunta pra essa distinta  escritora é, Não tem vergonha de expor algo tão sujo e acabar influenciando os jovens que por ventura lerem  sua obra?
Fez-se um grande silêncio no salão a princípio, sendo seguido de um murmúrio entre os presente. Eu estava pronto a me levantar e intervir, porém escuto a voz de Liz.

—  Por muitos anos eu convivi com pessoas de mente pequena, que julgam esse tipo de situação como sendo uma vergonha para a vítima, porém eu não sedo mais a  essa pressão para me sentir mal, sinto pena das pessoas que não entendem o intuito do livro. Lamento que tenha esse tipo de opinião, porém o livro fala por si só. Ele é  um alerta a todas as pessoas. Nunca sabemos com quem realmente convivemos. Espero que ninguém ao seu redor venha a passar o que eu passei, pois a julgar por sua fala, ela não teria o mínimo de apoio de sua parte. Agradeço sua presença e que suas palavras sirvam de lição, para os futuros leitores, que eles possam ser diferentes de você.

     Eu estava completamente  impressionado  com a resposta de Liz, tão firme, porém havia ressentimento nelas e isso, de certa forma me magoou também.

    Vejo a tal mulher contrair o rosto, pegar seus pertences e sair do local. Liz permaneceu sentada sem nenhuma expressão no rosto. Hanna então voltou a falar.

— Bom, lamento por isso... Vamos agora passar para os autógrafo.

      Ouvi as pessoas comemorarem e a fila lentamente começou a andar. Peguei meu livro e começei a folha-lo com calma, iría esperar a minha vez lendo.

𝐴 𝑣𝑜𝑧 𝑑𝑜 𝑆𝑖𝑙𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜  (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora