● Capítulo 67 ●

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Any

Minha cabeça estava cheia, era como se o mundo estivesse entalado em minha garganta e eu não conseguisse tirá-lo de lá.

Tudo que eu queria era um sorvete, mas precisamente da lojinha que havia no shopping. Estava um pouco tarde, mas eu precisava disso.

×××

Entrei no local, já sentindo o cheiro de felicidade. Andei direito e rapidamente para o balcão, que graças a Deus estava sem fila.

- bom dia senhora, o que vai deseja hoje? - ela perguntou sorridente, mas quem não sorriria trabalhando aqui.

- o que você me sugeri? - perguntei retribuindo o sorriso, abri o cardápio.

- o baunilha com chocolate anda sendo bem recebido. - respondeu atenciosamente. - ótimo, quantas bolas? - mantinha o olhar no computador.

- duas... não três. - respirei fundo, quem eu queria enganar. - pode ser cinco moça.

Ela sorriu e digitou o pedido. Eu paguei e fiquei esperando enquanto ela preparava.

- quer sufocar seus problemas com bolas de açúcar? - uma voz, familiar, atrás de mim falou de repente.

Me virei e vi o inesperado: Alana.

Ela estava sentada em uma mesa, com um sorvete e uma sacola, de uma provável compra.

- sufocar não seria a palavra. - respondi pegando o sorvete da atendente. - apenas destruí-los.

Me sentei em sua frente. Ela me olhou com certo deboche, provavelmente pensando em soltar alguma piadinha por não ter me chamado pra sentar, mas deu de ombros e voltou a comer.

- como anda a novela de Any Gabrielly? - perguntou com um tom de desinteresse.

- novela? - questionei.

- novela, filme, fanfic, como você preferir chamar o constante drama que é sua vida. - riu e comeu uma colherada.

- você fala como se a sua não fosse também. - retruquei. - estar com um garoto por anos, mas na verdade apaixonada pelo melhor amigo dele, com certeza já vi algum filme piegas com essa sinopse.

- tem razão, mas posso afirmar com total ciência do que estou falando que nada é mais digno de história de filme adolescente do que... - fez uma pausa. - achar que gosta de um garoto, pedir ajuda a outro e no final descobrir que acaba que gostava da pessoa errada.

Ela alfinetou, era incrível como qualquer conversa nossa era apenas trocas e trocas de farpas.

- mas como você perguntou. - resolvi mudar o assunto.  - minha vida anda uma queda constante.

Coloquei uma grande colher na boca.

- presumo que o motivo seja por que Noah levou a ruivinha novata pra cama? - perguntou e eu apenas assenti com a cabeça.

Ela riu alto e eu a lancei um olhar mortal.

- do que você está rindo? - perguntei seria.

- você acha que está bem com o Noah e logo vem uma garota e o tira de você. - pude sentir a indireta em sua fala, mas decidir ignorar.

- a questão não é essa. - foquei o olhar no sorvete.

- então qual é? - perguntou. - aproveite que hoje meus conselhos estão de graça, apenas com o frete de deboche, mas isso é o mínimo pelo favor.

Revirei os olhos e me ajeitei na cadeira.

- ele me pediu desculpas, disse que está disposto a mudar. - passei por alguns minutos. - eu só não sei se...

- deve confiar? - assenti. - não se confia em homens Any. Você apenas os deixam acreditar que estão com você na palma da mão, e da corda para que eles se enfoquem.

- você é assim com Bailey? - não queria saber sobre o relacionamento deles, mas não pude evitar a dúvida.

- claro. - a olhei incrédula. - ou você achou que depois de anos de ser enganada em um relacionamento, me atiraria de cabeça em outro?

- não, mas você não pretende confiar nele? - comi mais uma colherada.

- essa é a outra parte da metáfora, quando é o garoto certo. - ela começou a subir os dedos lentamente pela barriga. - ele sabe driblar a corda e usá-la para escalar e subir até seu... - parou com a mão no peito.

- coração? - deu risada.

- não quis ser melosa, mas sim. - jogou o cabelo pro lado. - a questão é que quando eu souber que Bailey é o cara certo, eu poderei me entregar a ele.

- você não quer dizer na questão sexual, né? - perguntei receosa.

- claro que não, transamos no primeiro dia. - senti o sorvete engasgar. - quis aquele corpo por muito tempo, não podia desperdiçar a oportunidade.

Concordei, Bailey era realmente gostoso e sabia o que fazer.

- mas você ainda não me disse se acha que devo ou não perdoar Noah... - voltei ao assunto.

Ela me olhou por um tempo, sentia que não gostaria da resposta.

Ela me olhou por um tempo, sentia que não gostaria da resposta

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