● Capítulo 62 ●

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Any

As camas da casa de minha tia eram muito confortáveis, por isso sempre era como dormi em nuvens, todas as noites.

O jantar havia sido bem tranquilo, James contava piadas enquanto minha tia Lena cozinhava uma torta de amora para sobremesa.

Assistimos alguns filmes e resolvemos ir dormir, amanhã acordariamos cedo para ir a cidade vizinha.

Faltavam poucos dias para que eu fosse embora e me causava tristeza de pensar que teria que deixar minha pequena vida aqui, eu havia me apegado aqui, mas estava com saudades de casa.

Eu tinha certa dificuldade pra dormir, a noite fazia muito calor, principalmente em meu quarto. Já tinham um tempo que eu estava me revirando na cama.

Comecei a sentir o sono e senti meu corpo relaxar, finalmente iria conseguir dormir.

Ouvi uns barulhos de algo caindo do chão muito drasticamente, mas estava um pouco desnorteada, então resolvi ignorar.

Alguns segundos depois ouvi a voz de James, gritando meu nome, fazendo com que eu acordasse rapidamente.

Corri até onde ele me chamava e vi minha tia em seus braços.

Naquele momento senti meu coração parar. Eu apenas congelei, não sabia o que fazer.

- pega ela, eu vou ligando o carro, temos que ir pra hospital. - assenti e ele saiu correndo.

- vai ficar bem tia! Não vai acontecer nada. - senti uma lágrima cair, aquilo não podia estar acontecendo.

×××

Depois de ter uma longa noite, indo ao hospital, depois tendo que ser transferida para outra cidade, pois o outro era sem estrutura, pude me sentar.

Fazia horas que eu estava em pé. Eu já não sentia mais minhas pernas, então o alívio de poder para um pouco foi imenso.

Eu estava na cadeira do lado de fora do quarto de minha tia, eu havia ficado algum tempo com ela, que agora estava repousando.

Encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos, só queria uma cama agora. Mas minha tia ficaria um tempo no hospital, então isso iria demorar.

O câncer estava progredindo e eles tentariam alguns procedimentos para prolongação da sua vida ou pelo menos tentar freiar o efeito alastrado que estava em seu corpo.

Ouvi passos se aproximando e olhei.

Era o sr. González, tio de Ben, se aproximando, ele tinha uma cara de preocupado, bem diferente da cara fechada do dia que o vi.

Eu não fazia idéia do que ele estava fazendo aqui. Ele me viu e veio até mim.

- esse é o quarto de sua tia? - foi direto.

- sim... mas o que você tá fazendo aqui? - fiquei confusa.

- James me ligou e disse que Elena estava piorando. Vim correndo. - antes que eu pudesse responder, ele entrou no quarto.

- Marcos? - pude ouvir a voz de minha tia, ainda fraca, mas mesmo assim deu pra perceber a emoção.

- Elena. - ele respondeu.

- o que está fazendo aqui? - ela perguntou. Eu sabia que era errado escutar, mas minha curiosidade era incessante.

- eu sei que estou um pouco atrasado... trinta anos talvez. - ele riu. - mas eu vim ver você, tudo bem se for tarde demais...

- nunca vai ser tarde demais pra você. - eu não imaginava ver, no caso ouvir, minha tia dizer coisas de apaixonada para alguém. - você veio, isso é tudo que importa.

Eles ficaram um tempo em silêncio.

Talvez se abraçando ou se beijando, até que minha tia voltou a falar.

- lembra aquela música que você cantava pra mim? - ela falou baixo.

- claro, escuto a noite antes de dormir, as vezes fecho os olhos, sinto que estou naquela época de novo. - falou calmo.

- canta pra mim.

Ele ficou quieto, mas depois de alguns segundos ele começou.

- you're just too good to be true. Can't take my eyes off you...

Fez uma pausa.

- you'd be like heaven to touch. I wanna hold you so much. At long lost love has arrived... - comecei a reconhecer a música, minha tia ouvia sempre quando eu era criança.

Senti James sentar do meu lado, ele não disse nada. Apenas ouvimos o canto.

- and I thank god i'm alive. You're just too good to be true. Can't take my eyes off you...

- tem amor que nem o tempo destrói. - ele disse calmo, mexendo na blusa com os dedos.

- você teve um? - perguntei.

- tive. - sorriu. - minha falecida esposa Mary. Espero a encontrar na outra vida.

Não disse mais nada, aquilo tinha me deixado sem palavras. Voltei a escutar sr. González cantando.

- oh pretty. Now that i've found you stay. And let me love you, baby. Let me leve you...

Esse lugar repleto de amores, eu havia vindo pra cá, esquecer o meu e a cada minuto eu apenas o lembrava mais.

Parecia que o destino queria me falar algo e estava cada vez mais difícil de ignorar o que ele dizia.

Parecia que o destino queria me falar algo e estava cada vez mais difícil de ignorar o que ele dizia

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