Sexta-feira, 00:45am
Handong carregava Siyeon pelo corredor do oitavo andar, local que abrigava vários quartos de descanso para funcionários do hospital. O quarto de Siyeon era o de número 8, uma coincidência da qual gostava de brincar falando que "o oito é o infinito, o infinito que eu vou passar nesse hospital"
— Maz eu... não Bebwi muito, Dongdooooonngiieeee — finalizava a loira com uma risada, e logo tropeçando nos próprios pés.
— Aham, tá, agora fica caladinha. — respondeu a enfermeira, com uma imensa vontade de soltar a amiga alí mesmo. Siyeon fez uma cara emburrada e encostou o dedo indicador nos próprios lábios.— É pra.... Praaaaaa... fazerSHHHHHHHHHHH
— Mas que caralho, mano, isso. É pra fazer shh, cala a boca pra sempre. — rosnou a outra, revirando os olhos. Assim que avistou as duas, Gahyeon se apressou em segurar Siyeon pelo outro braço, a fazendo entrar no quarto.
— Gente, mas como ela pesa! — resmungou a residente.
— Hey!! — Siyeon ficou totalmente em pé e encarava Gahyeon com uma expressão séria, mirando o fundo de sua alma com os olhos. Um silencio absurdo se instalou no quarto e o rosto de pavor das duas sóbrias se fez presente.
— D-desculpa... Eu não quis of — antes que a mais nova pudesse completar sua frase, Siyeon soltou uma gargalhada nasal e arrastada.
— Tão.... FOFA! — finalizou a loira, dando um beijo demorado e estalado na bochecha de Gahyeon.
— Meu Deus, tá. Coloca ela na cama logo, pelo amor de tudo que é mais sagrado nessa terra. — Gahyeon concordava com Handong e ambas soltaram o corpo da loira em cima da cama. Tiraram seus sapatos e a empurraram para deixar seu corpo no meio do colchão. Ela parecia desacordada. Algumas vezes balbuciava coisas desconexas ou ria baixinho e, logo, voltava a dormir.
— Tem certeza que vai ficar bem, Gahy?
— Tenho sim, pode deixar que eu dou conta.
— ... Ok... Olha, a cabeça dela deve tá girando mais do que os caras do Dead or Alive em You Spin me Round. Se ela passar mal, coloca ela no soro, acho que uma bolsa de 500ml deve resolver. — Handong tirou uma caneta aplicadora de dentro do jaleco, moveu uma pequena engrenagem, levantou a blusa de Siyeon e a espetou sem nem olhar para ela.
— WOW! EITA, LELÊ .... Eeeeeita... Moço, quero tatuagem nova naãããããã~~ — e a loira voltou a apagar. Gahyeon olhava para a cena com uma cara extremamente confusa e aquilo divertia Handong.
— Insulina... Daqui uns 30 minutos cê joga ela debaixo do chuveiro de agua morna. Pode deixar ela de molho lá, normalmente ela acorda depois sozinha. Tem roupa limpa dentro da gaveta do armário.
— Anotado! — respondeu a mais nova. Handong,então,abraçou a amiga e se despediu, tomando seu rumo.
Gahyeon podia aproveitar algumas regalias por ser uma residente, e uma delas, era tempo livre, quando dava muita sorte. Acompanhava todos os enfermeiros e, principalmente, Handong, a quem criou um laço muito forte. A via como uma irmã mais velha de sangue, que por muitas vezes, a salvou de problemas dentro e fora do trabalho.
Enquanto via loira dormindo, seu celular emitiu um alerta que a fez pular no canto do quarto, colocando a mão no bolso da calça rapidamente, tentando abafar o som. Siyeon resmungou algo na cama e se virou, sem nem mesmo abrir os olhos. Gahyeon puxou o celular e deu dois soquinhos leves na tela, a fazendo acender e iluminar o quarto inteiro. A mais nova soltou o aparelho no chão de carpete e cobriu os olhos com as mãos gritando em silencio para o teto. Se pudéssemos descrever o que a jovem falou nesse momento, certamente seria algo como "FILHA DA POWKDPKOQHAOLKSNBQPANIOJ GRUUUWWWEEEEEWWW". Depois que se recuperou do choque, a moça se sentou no chão do quarto e puxou o celular com o pé, se certificando de colocar no modo silencioso e diminuir a claridade da tela. Rolando as notificações, chegou em uma lembrança do instagram: "Aqui está uma lembrança sua de 1 ano atrás!"
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My Heart Skip a Beat || Suayeon
RomanceLee Siyeon tinha uma vida corrida dentro do hospital e mal lhe sobrava tempo para respirar. Acabava gastando o resto de sua liberdade isolada ou em coisas triviais. Até descobrir que, por ironia do destino, em uma batida de coração tudo poderia fic...