FUEGO (JJ maybank & Rafe Cameron)

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- Jess Routlegde -

Os últimos dia nunca foram tão horríveis quanto agora, tudo que aconteceu ficava se repetindo na minha cabeça, não entendia como as coisas chegaram nesse nível, porra no mesmo dia que o meu sogro me ameaça o meu namorado me machuca, eu disse que rafe nunca encostaria um dedo em mim e no mesmo dia tudo aconteceu, deveria lavar minha boca com sabão mas no fundo eu ainda não acreditava em como tudo acabou, como uma história de amor acaba assim? Eu sei que tudo com o rafe começou de uma forma horrível mas nunca achei que acabaria da mesma forma, agora eu não sentia meu coração doendo ou se quebrando mas eu sentia ele lentamente se fechando, talvez tudo tenha acontecido seja para abrir meus olhos, amor existe é fácil de ver isso nos cantos mas claramente não é pra mim. Rafe foi o único e agora o último.

Eu não me sentia mais viva, passava os dias no quarto o tempo todo, deitada olhando pela janela o sol caminhando conforme as horas corriam, Johnny ficava comigo sempre mas não que eu desse muita atenção, ele ficava lá sentado no quarto fazendo carinho em mim, mexendo no celular e as vezes conversando sobre coisas irrelevantes, dava pra ver que ele tinha um medo gigantesco de me deixar sozinha, na noite que tudo aconteceu em meio ao meu choro me lembrei das ideias horríveis que eu tinha sobre acabar com minha vida, Johnny não gostou nenhum pouco e dobrou sua guarda sobre tudo, ele foi a pessoa mais cuidadosa, insistiu que eu fosse em um psicólogo e agora ele estava me ajudando com as drogas, ele fazia de tudo para me demonstrar carinho mas nem isso eu me sentia merecedora. Noites acordando com pesadelos, lembrando de todas as vezes que me machucaram, as cicatrizes cobertas por tatuagens agora ardiam como se tivessem acabado de se formar, sabe o momento que você acorda e não entende porque acordou? Não vê propósito na sua própria existência e mesmo se visse não se sente capaz de poder cumpri-lo, os dias perderam cor e a graça que eu via em pequenas coisas agora não tinha mais sentido nenhum, depois de tudo que eu passei eu me mantive forte me reergui e me forcei a ser uma pessoa feliz e otimista, passado é passado você não deve viver nele, mas parece que quando finalmente eu o esqueci ele se voltou para mim, talvez não seja pra mim esquecer talvez eu iria viver neste inferno de traumas para sempre e está ideia estava me machucando mais que qualquer coisa, eu tinha medo de tudo, sabia que não era mais forte como antes e até medo do jj eu cheguei a sentir, meu corpo estremecia sempre que alguém se aproximava imaginando qual eram as verdadeiras intenções e se não era eu quem estava dando liberdade ou se estava atraindo isso. Se sentir indefesa é uma merda, odeio ser um fardo para o Johnny e de certa forma para o jj e para Kiara que estão tendo que me aguentar no castelo.

Tudo era sem cor e sem graça mas era engraçado que nós momentos horríveis do meu dia, os momentos que o jj estava eram os únicos que iluminavam meu dia, dava pra ver nos olhos azuis como ele estava preocupado mas eu já sou um fardo grande suficiente para o john, não preciso dar mais trabalho pra ele, mesmo excluindo ele de tudo ele continuou insistindo em me fazer bem e as poucos o medo que tive dele foi embora, ele sempre me passou conforto mas quando se está machucada até a pessoa mais fofa te assusta, é ridículo mas ele realmente estava me fazendo sentir segura, mesmo que estivesse falando algumas coisas bestas eu estava no meu momento mais indefesa e mais uma vez desabando nós braços do garoto que eu jurava odiar, de todas as pessoas nunca imaginei que o jj fosse quem iria ficar do meu lado, ouvir ele dizer a falta que eu fazia me fez sentir saudades das coisas como eram antes, ele tinha razão eu não falava mais, não ria mais, eu não era eu.

Eu estava lá, sendo abraçada pelos braços fortes do garoto dos olhos azuis e os loiros cabelos macios, é engraçado como eu e o jj nós odiamos sempre mas sempre acabávamos abraçados em horas ruins

— Você está melhor? — os sussurros na minha orelha me faziam arrepiar

— Vou ficar... — afastei minha cabeça do seu peito para olhar em seus olhos