- Jess Routlegde -
Jj acaba de sair daqui e eu voltei a minha cela, o primeiro dia na prisão é o pior, quando você anda pelos corredores sendo arrastada feito um animal e outras prisioneiras te vaiam da cela delas te julgando e te assediando como se te conhecesse, acho que o intuito desse lugar é um tipo daquelas lições como só os fortes sobrevivem e sinceramente.. não sei se sou forte o bastante .
As chaves me trancam aqui mais uma vez e logo em seguida as luzes do andar se apagam, são 22:00 e somos todas obrigadas a dormir, me encolho na minha cama aonde abraço meu corpo e choro como um bebê, ficar sem ver o jj me mata, sem poder toca-ló, sem poder beija-ló e sem poder saber como foi o seu dia mas é pior ainda ter que encara-ló, queria que ele entendesse como é humilhante estar presa e ter que olhar no fundo dos olhos do seu namorado e do seu irmão, acho que se ele entendesse iria respeitar e não viria mais me visitar, acho que doeria bem menos do que ter que me humilhar a ficar de algemas na frente dele, não o julgo, sei que ele e os pogues também estão sofrendo com isso do lado de fora mas eu posso falar, é muito pior ser humilhada do que ficar sozinha.
[...]
A noite silenciosa e escura acaba com os gritos dos guardas, arrastam cacetetes pelas grades obrigando todos acordarem e saírem das celas, nos obrigam a fazer fila e a comer está comida que parece mais uma papinha de bebê, é um lugar desumano mas acho que terei que me acostumar a chamar de casa, Vanessa é minha última esperança, preciso que ela me tire daqui ou irei viver este inferno por toda minha vida, fico a pensar em como cheguei a isto, em que momento eu estava tranquila no útero da minha mãe e algum ser poderoso me fardou a viver tanta desgraça em apenas uma vida, como é possível que toda a felicidade tenha preços tão altas que acabem com a minha sanidade, ser sequestrada, maltratada e agora presa? Sei que na minha próxima vida vou nascer como uma deusa porque está foram apenas desgraças e a cada segundo que passo aqui dentro... sinto que essa vida já está chegando ao fim.
— Ei patricinha — escuto alguém falar mas não sei se é comigo então continuo a andar
— Ei, do cabelo colorido, vem aqui menina — agora sei que é comigo então me viro, a cinco mulheres sentadas juntas em minha mesa, todas me encaram da cabeça aos pés com sorrisos nojentos e olhares cerrados
— Vem aqui patricinha... — a mulher que tem uma tatuagem estranha no pescoço e tem o corpo bombado me chama gesticulando sua mão
Ergo meu queixo e cerro meus olhos, como jj diria minha "cara de marrenta" se instala e cruzo os braços sem mover um músculo, as mulheres me encaram por longos segundos e a mesma que me chamou se levanta vindo até mim, ela ri assim se aproxima e sua mão pesada derruba a bandeja com comida que eu estava a segurar
— Tá aqui por que patricinha? Roubou um óculos do shopping? — ela debocha e as companheiras riem
— Matei 3 homens... e você tá aqui por que roubou cigarro de um mercadinho? — debocho e a mulher me cerra os olhos, ela se aproxima ficando centímetros do meu rosto, posso sentir seu mau hálito e escutar a sua ameaça
— É o seguinte sua mimadinha...sou eu quem mando aqui então se não quiser confusão eu te aconselho ficar na sua.. — dou um leve sorriso quando a mulher se afasta
Ela apenas piora sua reação ao ver meu sorriso e ergue a mão para um possível soco mas devagar demais a seguro girando seu corpo e a prender contra mim
— É melhor não comprar briga comigo... não seria tão ruim assim cometer outro crime dentro dessa merda — rosno contra seu rosto mas antes que eu possa me soltar a mulher usa a força de seus braços para me derrubar no chão, minhas costas batem com força e sinto uma pequena falta de ar causada pela dor
— Você tem muito para aprender sobre a prisão — ela ri antes de subir em cima de mim me acertando um soco no olho
Tento usar minha força para sair de cima da mulher mas é inútil já que ela tem quase o dobro do meu tamanho, me esforço para acertar um soco no seu rosto e então começamos a trocar socos enquanto rolamos pelos chão, as outras presidiárias gritam falando para a briga continuar e aparentemente todas estão do lado da mulher que está me batendo, policiais gritam e em alguns segundos eles separam a briga me afastando da mulher e segurando meus braços com uma força absurda, meu olho lateja e sinto o gosto do sangue na minha boca pelo lábio cortado
— Brigas na primeira semana Routlegde... tá claro que não irá sair tão cedo — o policial me arrasta pelos braços
Me fazem descer uma escada longa e enferrujada com portas de ferros aparentemente bem pesadas, chego ao fim de um longo corredor e o homem coloca a própria digital para que a porta se abra, uma sala muito menor que minha cela, não tem cama, nem janela, é a apenas uma sala que tem 3 paredes e uma porta de ferro gigante, o homem me empurra me fazendo cair aqui dentro e logo que me olha ele ri
— Bem vinda a solitária — ele fecha a porta me deixando presa aqui
Solitária, é um nome bem ruim e vago demais para quem já está solitária desde a primeira noite nesse lugar, não é um lugar menor e mais nojento que vai me fazer sentir mais solitária, já estou no inferno ficar ao lado do capeta não piora minha situação.
Levo minha mão até o bolso do macacão laranja, a uma papel e um lápis que Vanessa me entregou, preciso escrever os meus argumentos para o tribunal, se essa é minha única chance de sair desse lugar preciso agarra-lá com toda a força.
- JJ Maybank -
[...]
Já fazem cinco dias e eu não pude mais visitar a jess, a Vanessa disse para evitarmos as visitas até o dia do julgamento e assim fizemos, o único que tem visitado ela é o john b, ele sempre vai nas visitas que a Vanessa faz a jess, o john b está animado já que pelo que ele nos contou a jess finalmente fez sua lista com argumentos, a Vanessa montou um caso muito bom e até chamou alguns de nós para testemunhar no julgamento, ela vem fazendo uma lavagem cerebral em cada um de nós, disse que por mais que tenhamos muitas chances não podemos ficar nos enchendo de expectativas e que nas mãos do juíz tudo pode acontecer, acho que isso é direcionado a mim que vem andando... tenso demais com isso, preciso que o tribunal funcione ou terei que bolar um dos meus planos maculos para tirar jess de lá. Não vou deixar a minha namorada naquele inferno.
— Ela só tá preocupada com a briga.. fora isso tem tudo para dar certo — sentados na varanda estamos todos meio agitados por que amanhã é o dia da audiência
— Ela ainda tá na solitária? — Kiara pergunta em baixo tom, trago o máximo que consigo do meu cigarro e foco no cacarejar das galinhas, pelo que john b nos contou jess teve uma briga na prisão e tá passando os últimos 4 dias dessa semana na solitária, não dá nem pra imaginar como seja um lugar desses mas só de saber que jess está lá todos meus pelos se arrepiam junto com a dor no meu peito.
— Vai dar certo pessoal... não esquentem — pope passa os braços pelos meus ombros e os dos john b
O clima sem a jess continuou pesado, saber que nossa amiga está presa não é um motivo para estamparmos sorrisos no rosto mas estamos tentando levar, estamos todos juntos e é isso que importa, Vanessa e john b estão confiantes e torço para que jess ainda tenha as poucas esperanças que eu passei a ela, fecho os olhos e respiro fundo quando Sarah e Kiara se juntam ao nosso pequeno abraço.
— Pela jess... — john b sussurra
— Pela jess! — todos falamos juntos quando nosso abraço se aperta mais
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🖤🖤
Eu tinha alguma coisa pra falar mas esqueci🤡
Próximo cap só deprê
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FUEGO (JJ maybank & Rafe Cameron)
FanfictionJess Cheng, como ela mesmo diria uma garota de personalidade forte, como qualquer pessoa diria uma garota problema... Em meio a toda a tristeza e solidão dentro de uma reabilitação, Jess encontrou seu primeiro amor.. o garoto dos olhos e cabelos cla...