O que vos conto aqui, é sobre a minha primeira vez.
Desde muito pequena eu estudei em um internato, Internato Saint-Laurent. Ele ficava distante da cidade, e ironicamente a coisa mais próxima que tinha era outro internato, que na verdade era uma segunda sede sendo o meu só de mulher e essas segundo só de homens.
Todas as minhas memórias de infância estão lá, eu só estava em casa durante as férias e feriados, e nem eram todos os feriados. Também tinha o direito de sair em meus aniversários e de meus pais.
O internato é religioso, e meus mais religiosos ainda. Santo pai, sem brincadeira alguma, eles devem querer virar santos para ser como são, naquela época não entendia, até admirava, hoje tenho pena. Tenho pena e raiva porque toda essa devoção me privou de muitas coisas. Quando isso aconteceu, eram eles - meus pais - e o instituto que controlavam a minha vida. E acredita que minha mãe queria que eu virasse freira? Oh, coitada! Nada contra quem decide seguir uma vida assim, mas para que forçar seus filhos a também seguir o mesmo caminho? Não foi uma escolha minha, mesmo que hoje seja um pouco grata por isso. E logo vai entender o porquê.
Voltando a história, aconteciam muitos eventos lá, todos eles religiosos, toda semana tinha missas. Os domingos eram ambos institutos, o feminino e o masculino juntos na missa, era até engraçado um lado só mulheres e no outro só homens. Não podíamos nos misturar. Mas foi em uma dessas missas de domingo que conheci Will. Nós nos conhecemos quando tínhamos apenas 8 anos, duas crianças que curiosamente escolheu se esconder no mesmo lugar para não participar da missa de domingo.
Não era um dos lugares mais seguros. Atrás da capela tinha uma árvore, que dava para uma barreira. Nós descemos a barreira e passamos a manhã toda brincando.
Com o passar do tempo mudamos nosso esconderijo, e não faltavam mais as missas. Aos 14 anos, a nossa fuga passou a ser na calada da noite.
Entre os dois internatos havia um lago, e todas as noites íamos para lá, ele levava o Nintendo dele e passamos horas jogando videogame, às vezes estudando (muito raramente) ou apenas conversando como foi nosso dia foi.
Sabíamos tudo um sobre a vida do outro, éramos de fato melhores amigos. Nunca me senti tão confortável com alguém como me sentia com ele, a gente não precisava ficar presos nas doutrinas, apenas queríamos um tempo junto e fazer qualquer besteira.
Então, és o que acontece. Tínhamos 17 anos na época. Era aproximadamente 1h da madrugada, era uma noite fresca de primavera, tínhamos forrado nossa habitual manta no gramado próximo do lago, abaixo de uma árvore. A iluminação era provida de luminárias a pilhas. Não podíamos pegar grandes coisas, porque podia chamar atenção na escapada, o combinado era sempre levar o mínimo, apesar que às vezes arrisco a levar um chá e alguns biscoitos.
Estávamos deitados um do lado do outro, porém em direções opostas porque naquela noite ele disse que tinha que fazer a leitura de um livro de uma aula de história. Então enquanto ele lia, eu estava jogando, tentando não tomar sua atenção para não lhe atrapalhar.
Éramos assim, a gente só gostava de estar perto um do outro. Mas nunca houve muito toque íntimo, eu achava que era errado porque éramos educadas dessa maneira. Uma abstinência sexual absurda.
Até aquela noite, onde despretensiosamente suas mão direita pousou em minhas coxas desnudas. Era a primeira vez que eu tinha ido usando um pijama onde era um shorts, ao invés de uma calça.
Senti todo meu pelo se arrepiar, sua mão estava tão quente comparada a minha pele fria.
Eu olhei para ele e ele ainda estava focado em sua leitura, mas sua mão me acariciava, apenas a ponta de seus dedos deslizando delicadamente para cima e para baixo. Eu estava sem reação, e estranhava aquele simples toque ser tão bom.
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Très excité - Contos Eróticos
RomanceColetânea com 30 Contos de romance eróticos para que apenas relaxe em meio a leitura. Contos de uma parte. 1. Casamento em Dobro 2. Amor de Verão em Lockdown 3. Entre Amigos 4. Vizinhos 5. Espelho, Espelho 6. Amor à Distância 7. O toque 8. Viag...