Trè excité

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Eu não imaginei que aquele final de semana fosse tomar tais proporções. Tão excitante só de lembrar. 

Eu e minha melhor amiga Renata tínhamos decidido tirar um final de semana na casa de praia da minha família. A casa na verdade foi construída por minha mãe e sua prima Rebeca, como as duas não tinham irmãs nem irmãos, sempre foram muito unidas  As duas nem chegam a ser primas de primeiro grau, mas têm uma relação tão bonita que considero Rebeca como uma tia mesmo. 

A casa em si não é tão grande, na verdade tem apenas três quartos, os dos meus pais, o de Rebeca e seu esposo, e um que costumava ser meu com o filho de Rebeca quando crianças. Como esse quarto tem duas camas de solteiros, eu e Renata optamos por ficar nele. 

Fazia muito muito tempo que eu não ia para aquela casa, e tínhamos planejado um dia só de mulheres. 

Assim que chegamos fomos para uma feirinha da cidade e compramos algumas comidas para o final de semana. Como minha amiga é vegana, ela gosta de tudo natural e eu não me queixo mesmo sendo carnívora porque ela faz refeições divinas. 

Depois de guardar as compras passamos toda a tarde tomando banho de mar e de sol, rindo de coisas ambíguas da vida.  Estava a ser divertido ter aquele dia juntas.  Ela me falava muito sobre seu relacionamento, e eu sobre minha vida de solteira. 

Eu conheci Renata quando ainda estávamos no ensino médio, faz uns 7 anos e desde então nos tornamos inseparáveis com tantos momentos e histórias compartilhadas juntos. Com tantos desabafos e choros, desde os fracassos amorosos às coisas da vida, quando ambas aos 15 anos se descobriu bissexuais. Não tenho como afirmar, mas sinto que nossa união naquele período com tanto medo do desconhecido fortaleceu nossa amizade. Renata também esteve junto no meu primeiro coração partido e desde então já aguentou ouvir muitas decepções amorosas. Diferente de mim, ela teve a sorte de encontrar o amor da sua vida aos 17 anos. São poucos que conseguem isso, e eu sabia que daqui há uns anos eu estaria no altar ao seu lado, como madrinha presenciando sua união com Fernando. Os dois formam um casal tão bonito.

Renata era a irmã que eu queria ter tido, do mesmo jeito que Rebeca é pra minha mãe. A diferença é que Rebeca e minha mãe ainda tem um grau de parentesco mesmo que primas de segunda grau, já eu e Renata é apenas uma união dada do cosmo. Entre tanta gente nesse mundo, nós nos encontramos e não nos desgrudamos mais.  

Já desacostumada de passar o dia na praia, acabou sendo bem exaustivo. A gente voltou para casa quando viu o céu ficando rosado. 

Tomamos um banho e ela tomou conta da cozinha, iria preparar um macarrão vegano. Eu lhe ajudei no preparo, enquanto bebíamos uma taça de vinho. Eu gostava da maneira leve que o dia era com ela, sempre foi assim desde o primeiro dia. 

Ríamos bobagens com o celular tocando músicas como The Weeknd, Zayn e outros, deixando uma atmosfera gostosa no ambiente. Eu usava apenas uma calcinha daquelas que parecem um short com uma camisa fininha de pijama, já Renata usava apenas um conjunto de lingerie muito bonito. O clima estava tão agradável, não fazia nem frio nem calor, bem ameno nos permitindo ficar daquela maneira confortável. 

Ela estava bonita, não nego. Naquela noite eu estava reparando mais em minha amiga do que de costume. 

Me era estranha essa sensação, sempre lhe achei bonita, e apesar de ambas sermos bi, nunca rolou nada, exceto um selinho quando ambas confessamos uma à outra nossa orientação. Éramos nova na época e apenas rimos. Sempre nos vimos apenas como melhore amigas, nada mais que isso. 

Comecei a culpar as duas taças de vinho que tomei e um pouco a carência que tenho estado quando comecei a reparar em como sua pele estava brilhosa do bronze que tomou hoje. Não estava vermelha ou seca, parecia até macia. Ou como ela mesmo às vezes parecia insinuar para mim. Talvez eu só esteja bêbada e vendo coisas que não existem. 

Très excité - Contos EróticosOnde histórias criam vida. Descubra agora