Uma CEO inalcançável.

9

Martín

— Bom, este local completa todos os itens de sua lista, senhor Martín.

— Sim, é verdade. — Digo olhando ao redor, no meio da sala de estar do apartamento. — E eu gostei muito dos valores e mesmo querendo ficar um bom tempo aqui, ele rende bem para uma possível venda. — Observo a papelada em minhas mãos.

— É verdade, além disso, a localização dele é uma das melhores. — A  corretora de imóveis afirma.

— Sim,sim. Acho que podemos fechar o negócio. — Digo após finalizar a leitura do contrato, concordando com as cláusulas. — Esse contrato foi muito bem escrito, como advogado diria que abrange a todos, até um leigo consegue compreender bem. Muito bem pensado. — Pontuo.

— Muito obrigada, Vamos nos sentar? — Ela me aponta uma pequena mesa e eu a acompanho. — Uma pergunta, como vai decorar? Caso precise, conheço uma ótima designer de interiores. — Ela diz solicita.

— Ah, quanto a isso eu já tenho uma pessoa em mente, mas muito obrigado. — Digo gentil e ela afirma.

— Bom tudo bem, vamos recapitular: temos este belo apartamento de 300m², cujo possui três suítes, um lavabo, um escritório, hall, elevador interno, cozinha, área gourmet, terraço, sacadas, lavanderia, sala de jantar, sala de estar e duas garagens. Tudo certo? — Giordana, a corretora, confirma e eu assinto.

— Tudo certíssimo.

— Certo, o pagamento será feito em três vezes anuais, sendo uma neste momento, uma daqui doze meses e mais uma depois de doze meses. Pode assinar o contrato e o cheque, por favor. — Ela me passa os documentos novamente depois de lê-los e eu os assino, puxando uma folha de cheque do talão.

— Muito bem! Parabéns pela nova casa, senhor Martín! — Giordana se levanta, depois de fechar sua pasta e ficar com uma via do contrato.

— Muito obrigado! — Digo cumprimentando ela.

— Aqui estão as suas chaves, novamente, parabéns! — Ela sorri e vai em direção a porta.

Olho ao redor com uma grande animação dentro de mim, fazia um bom tempo que eu queria um lugar só meu e finalmente encontramos um com o conforto que eu queria.

Por enquanto, tudo está em tons brancos, um pouco sem graça e sem vida, mas na próxima semana vem uma construtora colocar os pisos, portas e azulejos que eu escolhi.

E por fim, depois que a construtora terminar, o designer de interiores começa, tomara que seja em pouco tempo todo esse serviço.

Dou mais uma olhada nos cômodos, a sala é bastante arejada com um lindo e grande terraço, a cozinha é bem espaçosa, podendo colocar uma ilha com banquinhos, os quartos são bem grandes e os banheiros muito bem equipados. Até a lavanderia é bonitinha, menor que tudo, mas com um espaço de sacada só dela, para as roupas poderem secar ao vento também, vai ser uma boa economia de energia.

Pego as chaves, carteira e meu celular no balcão, aproveitando para a ver as horas.

Droga! Quase uma hora da tarde, Juli vai me matar!

Saio correndo, entrando no elevador e descendo para a garagem, entro no meu carro dirigindo em direção ao shopping de Milão.

Será que ela está brava? Penso um pouco ansioso.

Por sorte, quase quinze minutos depois, eu caminho a passos largos pela praça de alimentação do shopping, que por ser dia de semana, está razoavelmente vazia.

Encontro Julieta, distraída com seu tablet e uma caneta, provavelmente anotando alguma coisa.
Decido dar um susto nela e contorno o ambiente indo por trás.