5

79 16 187
                                    

Enrico

Domênico, Donatella e eu descemos pelo corredor frontal da mansão, indo ao subsolo com olhares cúmplices.

Ao chegarmos na adega, observo os tonéis com certo vislumbre, sempre gostei de vinhos e Domênico também, por isso competimos com as adegas carregadas de vinhos saborosos.

- Que bela adega, amigo! - Digo observando cada detalhe das paredes rústicas e do piso de madeira escura.

A adega dos Pallavicini é dividida em duas partes, uma com os vinhos e tonéis e outra com uma grande mesa de degustação, com queijos em maturação. É realmente fantástico.

- Eu e Donatella estamos cada vez mais apaixonados por vinho, investimos muito nesse espaço. Há uma tecnologia de ponta para manter esses vinhos. - Ele diz orgulhoso, olhando ao redor.

- É um espaço muito bonito também. - Digo observando o ar rústico e amadeirado que há no local.

- Vamos falar do que importa! - Donatella diz ansiosa. - Acho que ele está bem interessado nela, vocês notaram? - Ela olha de mim para Domenico

- Quem não notou? - Domênico ri e nós acompanhamos - Ele parecia um adolescente provocando-a, pareceu que esqueceu-se de nós.

- É verdade! - Dou risada - Mas o que será que ela está pensando? Julieta é bastante tímida, todos nós sabemos. É ótima na empresa, mas nós que somos família sabemos que por trás dessa casca, ela é muito acanhada.

- Acho que a timidez pode fazer esse relacionamento que tanto esperamos caminhar de modo lento, mas não impossível. Vocês notaram que ela não ignorou ele? - Donatella anda pela sala como se analisasse a situação. - Ela devolveu algumas provocações e tive a impressão que ela gostaria de brigar com ele, ela fazia umas carrancas, sabem? - Diz rindo.

- Sim! - Digo pensativo. - a Juli é um tanto introvertida, mas ela não deu um gelo nele. Eu nesse momento gostaria de ser uma mosca para saber o que conversam! - confesso a eles.

- E eu? Juli precisa ser minha nora! - Donatella diz de modo dramático.

- O que preocupa é se eles descobrirem que essa ideia de uni-los não foi totalmente pela expansão, pois todos nós seríamos capazes de ir e vir do exterior, mas queremos um casório propriamente dito - Domênico suspira - E se ficarem bravos conosco?

- Ah, Domênico! O amor precisa ser vivido! Dou risada - Fui cupido de todos os meus filhos, nunca errei! Serei das minhas netas e dos seus filhos - Aponto com o dedo fazendo ambos rir.

- Você é sempre romântico, Enrico! - Donatella diz sorrindo. - Lembra-se quando eu e Domênico brigamos no colégio? E você fez bilhetinhos fingindo ser eu para Domênico e fingindo ser Domênico para mim e nos encontramos e nos acertamos? - Recorda emocionada me tirando risadas.

- Vejam só? Tenho muita experiência nessa carreira, vamos casá-los! - Afirmo fazendo-os rir.

- Vamos sim! - Dizem juntos.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Uma CEO inalcançável.Onde histórias criam vida. Descubra agora