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Martín

Depois de um bom banho, roupas leves e duas horas de sono, decido que é um bom momento para descer ao buffet do hotel e comer algo, além de poder admirar essa noite bonita e abafada. Desço ao buffet, mas o ambiente quente e um tanto barulhento me leva a pequena lanchonete/bar na área externa próximo a piscina. 

Olho ao redor e noto Julieta em uma espreguiçadeira, próximo a piscina comendo algumas bruschettas que parecem deliciosas. Sem que eu perceba, meus pés me guiam até ela e logo estou sentado na espreguiçadeira ao lado.

— Olá, senhorita. — Digo brincalhão e pego uma bruschetta de seu prato. 

— Eii! — Juli se revolta, mas ao me ver seu semblante muda. — Ah, é você. 

— Nossa obrigada pela recepção. — Ironizo, olhando atentamente e observando seu maiô azul marinho com flores brancas e uma delicada saída de praia branca bordada. — Uau! Você está um espetáculo! — Elogio um tanto surpreso e ela encolhe um pouco os ombros. 

— Desejam pedir algo, senhores? — um garçom aparece ao nosso lado.

— Eu quero! — Digo animado. — Panino con prosciutto e tomates confitados, e para beber limonatta

— A senhorita? 

— Ah, eu quero o mesmo! — Juli sorri fechando o cardápio. 

— Ai sim! — faço um jóia com as mãos. — Juli, como você está? Descansou? 

— Estou bem, Martín. — afirma com a cabeça, mas demonstra pensar longe. — descansei sim, cochilei algumas horas e desci para um lanche. 

— Igual eu! — Dou risada e ela também. — A noite está muito bonita não é? — Olho para o céu. 

— Está mesmo, muito bonita. — Ela acompanhou meu olhar e ficamos em silêncio por um momento. 

O garçom aparece e em silêncio também, deixa nossos pratos em uma mesinha que há entre nossas espreguiçadeiras.

Pegamos nossos sanduíches e começamos a comer tranquilamente, observando o ambiente. 

Ambiente este que estava praticamente vazio, com as águas cristalinas da piscina e poucas luzes ao redor, passava uma sensação de calmaria e tranquilidade. 

Depois que comemos a parte salgada, Juli decide pedir uma taça de gelato de chocolate e eu a acompanho saboreando o doce e aproveitando a brisa da noite. 

— Hmm e a senhorita comilona ataca novamente! — Faço piada, cutucando sua cintura, assim que ela termina sua taça 

— Lá vem você! — Resmunga me empurrando de leve — Seu chato!

— Sua linda! — Digo rindo e ela faz uma careta. — Ué, cada um oferece o que tem. — desdenho rindo. 

— Você é muito galinha, Martín. — Julieta diz rindo e faz uma cara de surpresa ao perceber o que disse.

— Não é questão de ser galinha. São apenas elogios para lindas mulheres. — Eu tentei me explicar, foi isso mesmo? Reflito enquanto dou risada. — E claro alguns beijos...— Reflito que não sou tão galinha a ponto de dormir com uma e com outra, sou mais um ficante beijoqueiro. — Mas aposto que você sabe como é isso. 

— Eu? — Julieta diz em um tom agudo incrédulo. 

— Sim, aposto que você já foi ou é muito beijoqueira! — Dou risada mas noto seu ar de suspense. 

— Se você diz, mas não é bem assim. — Dá de ombros e eu me sinto totalmente no ápice da curiosidade. 

— Não vai me dizer que nunca beijou alguém, Julieta? — Elevo o tom um tanto surpreso. 

Uma CEO inalcançável.Onde histórias criam vida. Descubra agora