26. Passado no meu presente

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Abri meus olhos com dificuldade por conta do sono, o despertador estava me irritando, o barulho estridente nos meus ouvidos, não queria acordar

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Abri meus olhos com dificuldade por conta do sono, o despertador estava me irritando, o barulho estridente nos meus ouvidos, não queria acordar.

Lembrei que havia dormido na casa do Alex, Josh vai me matar.

Me levanto rápido e olho para Alex, ele estava do lado do celular desligando o alarme, ele estava como eu, morto de sono.

-Bom dia. -Ele diz sorrindo.

-Bom dia nada, você me deixou dormir, a bronca que vou levar do Josh, Alex!! -Falo e ponho sua blusa.

Já estava de shorts, então tudo tranquilo, pego meu celular no criado mudo e vou até a porta saindo.

-Ei Sofya, nem um beijo de bom dia? -Ele pergunta.

Bufo e vou até ele.

-Você tá é merecendo umas porradas. -Bato no seu braço.

Fico na pontinha dos pés e lhe dou um selinho, não ia dar um beijo por que eu estava brava com ele e com bafo.

Vou até a porta e abro, desço as escadas e vejo os pais de Alex na mesa sentados tomando café, eles me encararam e eu acenei.

Constrangedor, eles literalmente me pegaram toda bagunçada e saindo do quarto de seu filho. Certeza que estou que nem um pimentão agora.

-Sofya, por que não se senta conosco? -A senhorita Mandon pergunta.

-Am... -Passo a mão no cabelo pra ajeitar. -E-eu preciso ir, meu irmão está me esperando.

Eles sorriem. Nossa, que vergonha.

-Tudo bem então, deixa para a próxima. -Ela sorri.

Prendo meu cabelo em um coque e aceno para eles, quando abro a porta escuto Alex me gritar.

-Não vai sozinha pra escola, me espera na porta de casa. -Ele diz me dando um casaco.

-Para que isso? -Pergunto.

-Está frio lá fora. -Alex sorri colocando o casaco em mim.

Ele desliza suas mãos até às minhas e as segura puxando para frente.

-Estão geladas. -Diz.

Fico olhando para ele, eu nem sabia o que se passava na cabeça dele para ser tão atencioso comigo, eu gosto disso, gosto que ele cuide de mim.

Eu amo esse garoto, num nível que ninguém me entenderia, eu tenho um pouco de medo de ele desistir da gente, mas sinto que devo arriscar.

Meu coração me leva a isso, a arriscar.

-Preciso ir Alex. -Digo e sorrio.

Ele me dá um beijo na bochecha e quando saio fecha a porta, vou caminhando até minha casa, realmente estava frio.

Mas acho que seja pelo horário, mas estamos em Los Angeles né, não deveria fazer tanto frio assim.

Entro em casa de vagar mas a porta acaba rangendo, sabia que Josh acorda tarde, então talvez nem perceba que não dormi em...

-Aonde você estava? -Escuto a voz do mesmo.

Viro meu rosto para o sofa e ele estava encostado lá com os braços cruzados.

-Am... -Pensei em algo. -Dormi na casa da Sabina.

Josh me olhou por alguns segundos e depois relaxou os braços.

-Da próxima vez avisa, eu nem consegui dormir por sua culpa. -Ele diz e vai em direção a porta.

-Vai sair?

-Tenho que ir para o trabalho esqueceu? -Ele diz e sai fechando a porta atrás de si.

Por um momento tinha achado que ele não ia acreditar em mim, mas que bom que acreditou, eu precisava mentir, por que se ele descobrir que Alex tirou minha virgindade o mesmo está morto.

Mesmo que ele seja um de seus melhores amigos, se ele quisesse algo comigo não poderia passar de beijos, se não iria ter a cabeça arrancada.

Esse é o meu irmão, psicopata e ciumento.

Subo as escadas e entro no banheiro, como tinha uma toalha lá, nem precisei ir pegar no meu quarto. Entrei no chuveiro e o liguei.

Depois do meu banho, fui para o meu quarto e procurei pelo secador de cabelo, Sabina havia o deixado em algum lugar, só não lembro onde.

Nas pontas do pé tento alcançar a prateleira de cima do meu guarda roupa, mas não consigo pegar.

Puxo uma cadeira e subo nela, olho ali em cima e acho o secador ao lado de uma caixinha rosa, essa caixa pertencia a minha avó, já havia esquecido dela ali em cima.

Desci da cadeira e sentei na cama, abri a caixa e vi que haviam várias fotografias.

Peguei uma foto que parecia ter sido feita em uma polaroide, a foto preta em branco mostrava uma moça jovem com um menino que também era jovem.

A moça parecia bastante comigo, acho que era minha vó. Olhei atrás e tinha a seguinte escrita.

"Ao nosso amor eterno...
Liam e Nivera 1927"

Eram minha avó com o namorado, que saudades dela, lembro-me de quando ela contava histórias de seu relacionamento com ele, eram tão jovens nessa foto, não a vejo desde que saí da Rússia, queria muito poder vê-la.

Como estava cheio de objetos e fotos não olhei tudo, mas achei um objeto que me deixou curiosa.

Era a bandana que a vovó usava na foto, ela usava uma bandana vermelha com várias bolinhas brancas.

Fechei a caixa e deixei a bandana em cima da cama, peguei o secador e conectei na tomada secando meus fios loiros.

Assim que terminei, fiz um penteado, prendi em cima deixando atrás solto, amarrei a bandana no rabo e a deixei com as duas pontas para baixo, soltei dois fios na frente e já estava pronta.

Sorri ao ver como estava, coloquei um vestido florido e branco, soltinho, coloquei meu tênis preto da vans e peguei o moletom de Alex.

Iria combinar com a roupa, por que o moletom era o do toma de futebol e era vermelho, então, dei sorte hoje.

Desci as escadas e preparei algo para comer, comi tudinho, ao ouvir a campainha tocar, corri para atender e Alex estava lá, pleno na porta me encarando.

Não havia sorriso no seu rosto como sempre, mas só os seus olhos fixados em mim, já me diziam tudo, Alex sempre me olhou com intensidade, e sempre percebo seus olhos brilharem, não achem que me iludo, eu realmente vejo isso.

Ele me dá um selinho e me puxa para sair.

-Minha mochila Alex. -Digo e ele para.

-Aonde está? -Vai entrando na minha casa.

Ele volta com minha mochila em uma mão enquanto a outra entrelaça junto com a minha.

-Que tal irmos caminhando? -Meu sorriso murcha na hora.

-Alex, está louco? -O encaro. -Está muito frio, e a escola é longe.

-Qual foi Sofya, só quero caminhar com você como se fossemos pessoas normais, vamos admirar as coisas, ver o que tem por aí para nós, por favor. -Fala.

-Tudo bem. -Me dou por vencida.

Começamos a caminhar, e até que estava bom, fomos o caminho todo falando sobre nossas vidas.

Voltei, demorei, mas postei.
Que saudades que sentia de escrever...

Bad boy ||SoflexOnde histórias criam vida. Descubra agora