12°

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Ele soltou a minha mão e foi para frente da sua carroça, e logo ela começando a andar

Enquanto eu segui do ponto que eu tava em frente, segurava na barra da minha capa para não acabar com ela em instantes andando por toda aquela mata

Até que eu ouvi pessoas, homens, melhor, gritando, um pouco distante de mim, mas suas voz aumentavam o tom cada vez mais, o desespero tomou conta de mim, tinha medo de ter que voltar para o Castelo, ou até pior, para uma jaula e acabar morta, não era mais uma criança, era uma mulher como todas as outras que foram mortas enquanto eu estava enjaulada

Corri, e por incrível que eu pareça, apesar do desespero, estava amando correr, como se não houvesse amanhã tinha o vento batendo ao meu rosto, fazendo meus cabelos voar, e plantas me arranhando, mas eu tava amando

A Liberdade

Foi quando avistei um lago, um longo lago, que eu perdia a visão do outro lado, me joguei dentro de uma só vez, a água estava fria, refrescante

Nadei, não nadava a muitos anos, então no início parecia que eu estava era me afogando, mas depois fui pegando o ritmo, sentia a sujeira que estava colada em meu corpo a tempo, saindo com aquela água, ficando para trás

Mergulhei, nadando com ainda mais vontade, tinha medo de acabar encontrando animais selvagens como cobra e jacaré, mas preferia me arriscar a morte do que continuar prisioneira de alguém

Eu prefiro a liberdade

Minutos se passaram e meus braços já estavam até dormentes das braçadas quando finalmente cheguei ao outro lado da margem do lago

Ao sair, minhas roupas que já eram pequenas demais, grudavam no meu corpo, fazendo parecer ainda menor, fechei a minha capa que grudava também em volta do meu corpo e retornei a andar

Olhei em volta, e só tinha o som do meus passos, a solidão e a sensação de liberdade, combinavam de uma forma estranha

A mata ia se finalizando e iniciando um pasto bem grande, que olhando pro lado direito, dava para a praia, o caminho que passei para chegar até aqui, enjaulada, e fechando os olhos dava pra ver o castelo, bem menor, por estar de longe

Ouvi som de passos um pouco mais pra frente, e era um cavalo, me aproximei e era toda branco, com sua crisna branca também, em cima dele havia um arreio de cor preta, que quebrava o todo branco do cavalo

Me aproximei dele lentamente, com as mãos pra cima até poder tocar sua crisna, acariciei e depois encostei minha testa na dele

Dei a volta e subi nele, puxando as rédeas, para ele começar a andar, puxando novamente para acelerar, o vento ficando ainda mais forte conforme o calvagar depressa, me fazia sentir ainda mais frio, por estar molhada

Eu não sabia como ir até meu reino ainda, mas sabia que precisaria de equipamentos para viajar, e principalmente de roupas novas, não aguentava mais aquelas roupas que me tornava extremamente vulgar por estarem pequenas demais

Passei odia-lás cada segundo em que aquele asqueroso olhava para elas me imaginando nua, só de lembrar me dava um arrepio na espinha de completo nojo

Teria que chegar a cidade daquele Reino, para comprar com o ouro que me foi dado do Malakay, nem sabia como chegar mas uma hora teria que chegar, em qualquer cidade que seja

Teria que chegar a cidade daquele Reino, para comprar com o ouro que me foi dado do Malakay, nem sabia como chegar mas uma hora teria que chegar, em qualquer cidade que seja

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Elementares: Bruxa De Gelo [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora